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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Nova desgraça na ONU

Já se estava à espera, mas é sempre triste ver, uma vez mais, a ONU a alinhar com aqueles que querem limitar a liberdade de expressão em nome do respeito por todos:

 

Une commission de l'ONU a adopté lundi une résolution appelant les Etats à empêcher, y compris par la loi, le dénigrement des religions, et affirmant que l'islam est souvent et faussement associé aux violations des droits de l'Homme et au terrorisme.

 

Esta resolução foi patrocinada pelos países islâmicos, Bielorrússia e Venezuela, tudo democracias excelentíssimas.

 

A reolução apela a que se impeça pela lei que se denigra a religião, mas, depois, desmascarando a sua verdadeira intenção, só fala nos mulçumanos que, segundo esta resolução, seriam falsamente acusados de terrorismo:

 

La résolution "note avec une vive inquiétude que la campagne globale de dénigrement des religions et l'incitation à la haine religieuse en général, notamment la discrimination ethnique et religieuse à l'égard des minorités musulmanes, se sont intensifiées depuis les événements tragiques du 11 septembre 2001".

 

L'Assemblée se déclare "profondément préoccupée par le fait que l'islam est souvent et faussement associé aux violations des droits de l'Homme et au terrorisme."

 

É claro que, casos como os que aconteceram no Cairo não entram no vocabulário desta resolução. Nâo, são os muçulmanos é que têm direito a ser mencionados como falsamente acusados e vítimas da intolerância dos outros. Quanto a intolerância dos muçulmanos contra as minorias nos países em que são maioritários, nada, nada consta, desconhecem.

 

Razão tem a ONG UN Watch:

 

"C'est la dernière salve d'une série de résolutions de l'ONU qui cherchent dangereusement à introduire les interdits islamiques contre le blasphème dans le vocabulaire du droit international", a déclaré son directeur, Hillel Neuer, dans un communiqué.

"Les droits de l'Homme ont été conçus pour protéger les individus, pour garantir à chaque personne la liberté d'expression et la liberté de culte, mais certainement pas pour protéger quelque croyance que ce soit, religion comprise", a-t-il ajouté.

Mas, enfim, esperar bom senso da ONU é algo como estar à espera das calendas gregas.

Dizem que não existe... (II)

Depois da censura a palavra "faggot", a BBC 1, depois das muitas críticas recebidas, decidiu passar a música Fairytale of New York sem  o irritante "beep", segundo  no diz  esta notícia BBC reverses decision to censor The Pogues.

Só um comentário ao final da notícia que reza assim:

But gay rights campaigner Peter Tatchell said that Radio 1’s U-turn was evidence of double standards.


He said: “I doubt that the BBC would take the same relaxed attitude if this song included the n-word" or other ethnic slurs.


“For the sake of consistency, the f-word should be deleted.


“The BBC and other media urgently need to agree a consistent policy covering all forms of prejudiced language so that homophobic, racist, anti-Semitic and sexist words are all treated in the same way,” he said.


Provavelmente este activista gay tem razão numa coisa: se fosse a temida "n-word" eu também duvido que a BBC voltasse atrás. Mas o problema está mesmo em haver palavras proibidas: por que é que há palavras que são mais interditas do que outras? Por que é que as palavras cristofóbicas também não têm que ser censuradas? Qual o critério para se saber que palavras devem ser censuradas ou não, ou que minorias (ou maiorias) podem ser ofendidas e aquelas que não o podem ser.

Toda a censura tende a ser injusta. Haverá sempre alguém que não se ache protegido pelos direitos que outros têm...

O activista diz que as palavras homofóbicas, racistas, anti-semíticas ou sexistas sejam tratadas da mesma maneira (suponho que ele quer dizer que se as censure a todas). E as palavras cristofóbicas, islamofóbicas, etc, etc? Também? A lista não teria fim. A certa altura, haveria sempre um grupo de ofendidos e clamar por um tratamento igual. O ciclo não teria fim.

Haverá sempre limites, mas esses devem ser estabelecidos pela lei (enfim, esperando que esta seja razoável e não comece a inventar "hate speechs").

Dizem que não existe...

Por várias vezes lê-se em alguns blogs de esquerda críticas aqueles que criticam o "politicamente correcto". Segundo estes blogs o politicamente correcto não existe. O problema é que ele, insiste em desmenti-los e, vezes sem conta, aparece bem à vista de todos.

Uma dessas aparições deu-se agora na inanarrável BBC, que decidiu censurar Fairytale of New York, a conhecida canção de Natal dos The Pogues com Kirsty MacColl. Porquê? Para não ofender os homossexuais, pois há um verso da canção reza assim:

"You scumbag, you maggot you cheap lousy faggot, Happy Christmas your arse I pray God It's our last."

Claro que se fosse ofensivo para cristãos, não haveria problema algum para a BBC. Mas, ofensivo para homossexuais, muçulmanos ou qualquer outra minoria, não, isso na passa no infalível lápis azul da BBC.

Enfim, e depois ainda há alguns que nos querem dar lições e andam sempre a falar no Index.

Malefícios do politicamente correcto

Para aqueles que têm dúvidas quanto à dimensão totalitária e de limitação de pensamento que o politicamente correcto estabelece, este caso é bastante esclarecedor  Gay couple left free to abuse boys - because social workers feared being branded homophobic.

A homosexual foster couple were left free to sexually abuse vulnerable boys in their care because social workers feared being accused of discrimination if they investigated complaints, an inquiry concluded yesterday.

[...]

The report, following an independent review of the case, said: "One manager described the couple as 'trophy carers' which led to 'slack arrangements' over placement.

"Another said that by virtue of their sexuality they had a 'badge' which made things less questionable.

"The sexual orientation of the men was a significant cause of people not 'thinking the unthinkable'.

"It was clear that a number of staff were afraid of being thought homophobic.

"The fear of being discriminatory led them to fail to discriminate between the appropriate and the abusive."

O medo de serem classificados como homófobos fez com que os assistentes sociais negligenciassem o bem-estar das crianças.

Isto é resultado de uma mentalidade que torna certos grupos isentos de qualquer escrutínio e quem ousa criticá-los é logo rotulado de homófobo, islamófobo ou racista ou outro rótulo qualquer. Ora, assim, é impossível discutir seja que assunto for.

Ninguém deve estar isento de escrutínio. Caso contrário, são sempre os mais fracos que se lixam. Como agora. Poor Albion...

(via Michele Malkin)

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