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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Uma anedota de mau gosto

A ONU e a UNESCO são duas anedotas de mau gosto, quando se trata de direitos humanos. Vezes sem conta estas duas instituições têm dado prova de uma estupidez sem limites. Na semana passada, foi a vez da UNESCO que, na quarta-feira passada, decidiu nomear a Síria de Bashar al-Assad como o representante árabe no comité que trata da implementação dos direitos humanos. Logo agora que a repressão da Síria se desenvolve a todo o vapor.

 

A informação foi divulgada pelo jornal israelita Maariv. Estranhamente ou não, não consegui obter uma outra fonte sobre esta informação. Será que os meios de comunicação social não querem revelar a hipocrisia da ONU e, neste caso, da UNESCO sobre este assunto. Estas entidades, sempre tão lestas em condenar Israel por dá cá aquela palha e sempre tão lentas em condenar verdadeiros violadores em massa dos direitos humanos, são verdadeiras anedotas sem piada nenhuma.

 

Entretanto, segundo o Israel Today, o governo de Israel já respondeu (destaques meus):

 

Israeli officials on Wednesday said a decision by the UN Education, Science and Culture Organization (UNESCO) to name Syria as the Arab representative to a committee on implementing human rights at a time when the Syrian regime is massacring its own citizens further demonstrates the total irrelevance of the world body.

 

Enfim, da ONU e adjacências nada de bom se pode esperar.

Estranho silêncio

A repressão na Síria continua a todo o vapor e novas cidades começam a ser vítimas da fúria assassina do governo sírio. Agora foi a vez de Latakia, que foi atacada até por mar. Nesta região há um campo de refugiados palestinianos que também foi atacado, provocando a fuga de 5 000 a 10 000 pessoas, segundo a ONU. O mundo continua a associar para o lado, ignorando os já milhares de mortos provocados por essa repressão e nem os auto-intitulados defensores dos direitos dos palestinianos vieram protestar por esta última acção síria. É claro que se fosse Israel a fazer o bombordeamento outro galo cantaria e já estariam para aí a falar do genocídio. Mas enfim, sírios a matar sírios ou sírios a matar palestinianos não é coisa que lhes interesse muito.

O Conselho de Direitos Humanos da ONU outra vez...

Uma vez mais o Conselho de Direitos Humanos da ONU, alegremente controlado por países africanos muçulmanos e com a colaboração da Rússia e China, mostrou o seu facciosismo em relação a Israel, através do seu relatório de peritos "independentes" sobre a questão da flotilha de Gaza. Como não poderia deixar de ser, o relatório conclui que Israel é culpado. Ora bolas, já se sabia que essa comissão iria chegar a conclusão, nem sei para que se deram ao trabalho de escrever 56 páginas.

 

No tempo de Bush, os EUA mandaram às malvas este Conselho, digno sucessor na sua famigerada e desgraçada actuação da Comissão das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Claro que com o Obama os EUA lá voltaram a este conselho de opereta. Enfim, mas o que é que se poderia esperar do Obama. Afinal ele é um segundo Carter e, como acontece com as cópias, de pior qualidade do que o primeiro (até os democratas nos EUA já começam a fazer essa comparação).

 

Enfim, não seria de esperar outra coisa de um organismo que tem feito gala de uma perseguição contínua a Israel, como se não houvesse outros países violadores dos direitos humanos no mundo (aliás, muitos deles estão no próprio Conselho - é só olhar para a composição do Conselho).

 

A ONU e os seus organismos em toda a sua inutilidade.

Isto é uma guerra

Não posso deixar de sublinhar a lucidez de Ferreira Fernandes sobre os acontecimento de ontem:

 

Mas o melhor, mesmo, era darmo-nos conta do essencial. Que é: ali está-se em guerra. De um lado, Israel. Do outro, quem quer (sabendo, ou não, que quer) que Israel desapareça. Dar conta dessa guerra poupa-nos conversas baratas

 

De facto, isto é verdade. Israel enfrenta uma guerra desde da sua independência em 1948. Essa guerra assume aspectos militares e não militares. Mas não nos iludamos, as pessoas que seguiam naquela suposta "frota humanitária" nada tinham de pacifistas. Elas são combatentes, que querem a destruição de Israel e, por isso, para todos os efeitos, inimigas. Foram lá exclusivamente para provocar, nada mais.

 

Se não se compreender isto, não se compreende nada (há quem compreenda, mas como o que querem, sabe-se lá porquê, é a destruição de Israel, ainda para aí aos berros de "assassinos", "nazis", mas calando todos os massacres cometidos por insurgentes islamitas, guerrilhas marxistas, etc., etc., etc.).

Dia da Independência

Hoje, Israel celebra o seu Dia da Independência, o 62.º aniversário. O primeiro-ministro de Israel, dirigindo-se aos judeus da diáspora, Benjamin Netanyahu disse que este dia celebra um duplo milagre: o da soberania (dois milénios depois) e o desenvolvimento (Israel é um país de desenvolvimento de tecnologias de ponta). É também, para mim, um milagre de sobrevivência, pois é, talvez, o único país do mundo que não pode perder uma guerra, pois isso significaria a sua destruição. Ao longo destes 62 anos, a sua existência foi constantemente ameaçada pelos seu vizinhos que não suportam a existência de um estado não árabe (e, sobretudo, judeu) naquela zona. A tudo resistiu e resiste.

 

Longa vida a Israel!

O novo anti-semitismo

Shmuel Rosner entrevista por escrito Robert Solomon Wistrich, autor de “Lethal Obsession”, em que este explica o que é o novo anti-semitismo:

 

The “new” anti-Semitism is a somewhat unsatisfactory term often used to denote extreme hostility to Israel – a hatred which aims to demonize its actions, defame its character and delegitimize its existence. In fact, there is no clear or neatdividing-line between “old” and “new” anti-Semitism beyond the greater focus today on the negation of Israel’s right to exist and the fact that contemporary anti-Semites more frequently tend to be Muslim rather than Christian or that they come from the Left as much as they do from the Right. The “new” anti-Semitism often claims to be no more than justified “criticism” of Israel’s policies. There are, however, a number of ways to test this. The “critics” will usually be covert or overt anti-Semites if they engage in any of the following manoeuvres:

 

a.) They will blame Israel for all the problems of the Middle East and of the contemporary world from the financial crash to global terrorism.

b.) They ignore virtually all infringements of human rights around the globe except for those allegedly perpetrated by Israel against the Palestinians. Naturally Palestinian Jihadism and terror is downplayed.

c.) They firmly believe or assume that there is a Jewish/Israeli Lobby which controls American foreign policy or manipulates the West – especially against the Islamic world and the Palestinians.

d.) They systematically turn Israelis into “Nazis” and Palestinians into “Jews.”

e.) They apply classic antisemitic myths and stereotypes about Jewish greed, rapacity, cruelty, exploitation, bloodthirsty vengefulness and “racial” superiority to the behavior of the Jewish State. The result is to portray Israel as a fusion of Samson, Joshua and Shylock.

Idiotice em estado puro...

Desta vez vem da Grã-Bretanha onde um tribunal britânico ia emitir mas depois não emitiu um mandado de captura contra Tzipi Livni por supostos crimes de guerra ocorridos na ofensiva em Gaza há cerca de um ano.

 

Enfim, se os ingleses se dedicassem mas é a caçar os terroristas que têm em casa é que faziam bem. Agora dar largas a estas fantasias de jurisdições universais, um dia, vai acabar mal para alguém e não sei se os países que detêm estas juridisções não se irão arrepender.

 

Entretanto, em Israel, nega-se que esse mandado tenha existido, mas o facto é que ela não pôs os pés em Inglaterra (e fez bem...).

 

Israel tem sido o país mais cuidadoso, quando em guerra, para com as populações civis, até porque enfrentam assassinos que não têm problemas em se disfarçar junto da população civil, casuando-lhe inúmeras mortes desnecessárias. No entanto, toda a intellegentsia europeia dedica-se a demonizar o único país do Médio Oriente que é uma verdadeira democracia.

 

Problema mal resolvido

O Vaticano tem um problema com Israel, parece que só a contragosto reconhece Israel como um país com direito a existir. Esta relação problemática entre o Vaticano e Israel não é de agora, nem exclusivo deste papa, como se pode ver por este artigo de Sandro Magister, em WWW.Chiesa, em que é feita uma análise à visão da Igreja em relação a Israel. Como aí se escreve (destaques meus):

 

Di certo le autorità della Chiesa cattolica non difendono l’esistenza di Israele – che i suoi nemici vogliono annientare ed è la vera, ultima posta in gioco del conflitto – con la stessa esplicita, fortissima determinazione con cui alzano la voce in difesa dei principi “innegoziabili” riguardanti la vita umana.

Lo si è visto nei giorni scorsi. Le autorità della Chiesa e lo stesso Benedetto XVI hanno levato la loro voce di condanna contro "la massiccia violenza scoppiata nella striscia di Gaza in risposta ad altra violenza" solo dopo che Israele ha iniziato a bombardare in quel territorio le postazioni del movimento terroristico Hamas. Non prima. Non quando Hamas consolidava il suo dominio feroce su Gaza, massacrava i musulmani fedeli al presidente Abu Mazen, umiliava le minuscole comunità cristiane, lanciava ogni giorno missili contro le popolazioni israeliane dell'area circostante.

Nei confronti di Hamas e della sua ostentata "missione" di cancellare lo stato ebraico dalla faccia della terra, di Hamas come avamposto delle mire egemoniche dell'Iran nel Vicino Oriente, di Hamas come alleato di Hezbollah e della Siria, le autorità vaticane non hanno mai acceso l'allarme rosso. Non hanno mai mostrato di giudicare Hamas un rischio mortale per Israele, un ostacolo alla nascita di uno stato palestinese, oltre che un incubo per i regimi arabi dell'area, dall'Egitto alla Giordania all'Arabia Saudita.

 

E, para melhorar, ou seja, piorar, as coisas há na Igreja quem partilha a ideia de que a existência de Israel é provisória (destaques meus):

 

"L'amara realtà è che, nella regione mediorientale, la presenza di Israele è ritenuta 'provvisoria', e la garanzia della sopravvivenza dello stato ebraico è riposta – per quanto sia amaro dirlo – nella sua superiorità militare".

Il problema è che la "provvisorietà" dello stato di Israele è pensiero condiviso da una parte significativa della Chiesa cattolica. Ed è questo pensiero a influire sulla politica vaticana nel Vicino Oriente, a bloccarla su vecchie opzioni prive di efficacia e a impedirle di afferrare le novità che pur sono divenute evidenti in questi giorni, tra le quali la crescente, fortissima avversione ad Hamas dei principali regimi arabi e degli stessi palestinesi dei Territori, oggettivamente più vicini oggi alle ragioni di Israele di quanto non lo sia il Vaticano.

 

Por tudo isso, não surpreendem as palavras do cardeal Renato Martino ao dizer que a Faixa de Gaza se assemelha a um campo de concentração são o reflexo desse problema do Vaticano. É lógico que é uma comparação perfeita e completamente estúpida, mas está dentro da tradição vaticana quando se trata de Israel.

 

Seria bom que o Vaticano ulrapassasse este complexo em relação a Israel e que deixasse de considerar que, sempre que há um conflito, os palestinianos são sempre vítimas e os israelitas sempre os agressores.

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