... ou, para usarmos o inglês tão em voga, "double standards", foi acusada a Grã-Bretanha por parte do presidente do Equador, Rafael Correa, poresta, segundo ele, ameaçar invadir da embaiaxa do Equador em Londres relativamente ao caso Assange.
No entanto, estes mesmo dois pesos e duas medidas poderá Correa estar a aplicar no caso de um capitão bielorrusso asilado no Equador e que, agora, segundo conta o Le Monde, pode ser extraditado para a Bielorrússia. Aliás, ao que parece Correa tornou-se muito amigo de Luckachenko em nome do anti-americanismo.
Parece que Mitt Romney já terá escolhido o seu candidato a vice-presidente. Se as notícias se confirmarem, o escolhido é o congressista Paul Ryan. Outros possíveis candidatos eram Marco Rubio, Tim Pawlenty e Rob Portman.
Ryan é uma escolha mais arriscada, pois ainda este ano apresentou uma proposta de orçamento que fazia severos cortes em muitos programas (sobretudo de saúde), sendo ainda considerado um ideólogo da facção conservadora do Partido Republicano. Mas é uma boa escolha, pois alguém que diz: "Simply put, I do not believe that the preferential option for the poor means a preferential option for big government", ou seja, a opção preferencial pelos pobres não tem que significar, obrigatoriamente, mais Estado (algo que, em Portugal, tanto a direita como a esquerda - embora no caso desta não seja de espantar - se esquecem muitas vezes).
Vamos esperar mais um par de horas para ver se as previsões se confirmam.
O Brasil decidiu imitar o EUA no pior que eles têm e aprovou o estabelecimento de quotas raciais nas entradas para as universidade, numa altura em que nos próprios Estados Unidos isso pode terminar, pois o Supremo Tribunal vai apreciar o caso de novo. Discriminação é discriminação, pois se alguém é favorecido, outro alguém será prejudicado só e apenas por uma questão de pele.
Na Venezuela, a brilhante política de preços controlados está a deixar as prateleiras vazias. Nada que não se soubesse já. Mas não há maneira de aprenderem. Por cá, também há gente a advogar preços controlados. Pois...
A ONU e a UNESCO são duas anedotas de mau gosto, quando se trata de direitos humanos. Vezes sem conta estas duas instituições têm dado prova de uma estupidez sem limites. Na semana passada, foi a vez da UNESCO que, na quarta-feira passada, decidiu nomear a Síria de Bashar al-Assad como o representante árabe no comité que trata da implementação dos direitos humanos. Logo agora que a repressão da Síria se desenvolve a todo o vapor.
A informação foi divulgada pelo jornal israelita Maariv. Estranhamente ou não, não consegui obter uma outra fonte sobre esta informação. Será que os meios de comunicação social não querem revelar a hipocrisia da ONU e, neste caso, da UNESCO sobre este assunto. Estas entidades, sempre tão lestas em condenar Israel por dá cá aquela palha e sempre tão lentas em condenar verdadeiros violadores em massa dos direitos humanos, são verdadeiras anedotas sem piada nenhuma.
Entretanto, segundo o Israel Today, o governo de Israel já respondeu (destaques meus):
Israeli officials on Wednesday said a decision by the UN Education, Science and Culture Organization (UNESCO) to name Syria as the Arab representative to a committee on implementing human rights at a time when the Syrian regime is massacring its own citizens further demonstrates the total irrelevance of the world body.
Enfim, da ONU e adjacências nada de bom se pode esperar.
Dá sempre gosto ver que há gente que nunca desilude e Hugo Chavez é um desses. As suas últimas declarações sobre a Líbia reportadas pelo Diário de Notícias são mesmo um mimo:
"Montaram em Qatar uma praça verde fictícia e a tomaram, e essa foi a mentira que difundiram ao mundo", disse.
O presidente da Venezuela, falava durante um concelho de ministros, transmitido em directo pela estação estatal Venezuelana de Televisão, onde voltou a questionar as intenções do "império".
"Vejam a capacidade de manipulação mediática do império, em especial dessas horas que estão destruindo um país irmão como a Líbia e por sua vez a desmontagem mediática que trouxe à luz pública um meio de comunicação russo, na [montagem] da suposta tomada da Praça Verde, em que até actores profissionais teriam actuado", disse.
Enfim, como comentador de política internacional Chavez continua igual a si próprio.
É claro que nesta luta contra o "imperialismo" Chavez não está sozinho, o PCP também nunca desilude como se pode ver por esta notícia do Sol. Enfim...
A repressão na Síria continua a todo o vapor e novas cidades começam a ser vítimas da fúria assassina do governo sírio. Agora foi a vez de Latakia, que foi atacada até por mar. Nesta região há um campo de refugiados palestinianos que também foi atacado, provocando a fuga de 5 000 a 10 000 pessoas, segundo a ONU. O mundo continua a associar para o lado, ignorando os já milhares de mortos provocados por essa repressão e nem os auto-intitulados defensores dos direitos dos palestinianos vieram protestar por esta última acção síria. É claro que se fosse Israel a fazer o bombordeamento outro galo cantaria e já estariam para aí a falar do genocídio. Mas enfim, sírios a matar sírios ou sírios a matar palestinianos não é coisa que lhes interesse muito.
Estes sionistas são mesmo tramados; imaginem que já usam abutres para espiar a Arábia Saudita. Quem nos diz tal é o Daily Mirror, que nos informa que:
A vulture tagged by scientists at Tel Aviv University has strayed into Saudi Arabian territory, where it was promptly arrested on suspicion of being a Mossad spy, Israeli and Saudi media reported Tuesday.
The bird was found in a rural area of the country wearing a transmitter and a leg bracelet bearing the words 'Tel Aviv University', according to the reports, which surfaced first in the Israeli daily Ma'ariv.
A mesma notícia diz-nos que no Egipto há quem pense que os israelitas treinaram tubarões para prejudicar a indústria do turismo egípcia. Bem, os egípcios até são capazes de ter razão, pois sumidades como o "cientista" social Boaventura Sousa Santos pensam que os sionistas são tão poderosos que até conseguiram que o Assange não publicasse nada que prejudicasse Israel:
Mas o WikiLeaks tem algumas debilidades. Uma que é conhecida é que Israel foi poupado. Toda a gente esperava que, havendo uma libertação de documentos, Israel fosse o país mais embaraçado. Suspeita-se hoje que havia um acordo entre o Julian Assange e o primeiro-ministro israelita. Por vontade de Julian Assange? Porque a Mossad é uma agência de serviços secretos que não olha a meios para destruir os seus inimigos? Nunca saberemos.
É longo o braço do poder sionista, não é? Será que não se fartam destas teorias da conspiração ridículas?