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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

800 anos

Não é por nada, mas hoje, comemoram-se os 800 anos de uma das mais importantes batalhas travadas na Península Ibérica, a batalha de Navas de Tolosa, que foi o princípio do fim para a presença de um reino muçulmano na Hispânia.

 

E a história da Europa mudou...

1.º de Dezembro

Parece que hoje é o última vez que este dia é feriado. É pena, pois embora a maioria da população portuguesa desconheça actualmente o que ele representa, facto é que é pelo que aconteceu em 1 de Dezembro de 1640 que nós somos ainda Portugal, para o bem e para o mal. Apesar de todo o mal que Oliveira Martins e restantes comparsas da segunda metade pensavam dos Braganças, de toda a decadência do país que eles também atribuíam à casa real, foram os conjurados e D. João IV (que tinha muito mais a perder com a revolta contra os Áustrias do que a ganhar) que nos permitiram chegar ao século XXI como nação independente. Veja-se o caso da Catalunha que, ainda um pouco antes de nós, se revoltou mas perdeu a guerra.

 

Não sei se é muito importante ou não eliminar alguns feriados ou se tínhamos muitos feriados (provavelmente, sim), mas de qualquer modo o 1.º de Dezembro é muito mais importantes do que muitos dos feriados que ainda ficaram por ái.

Sá Carneiro

Para assinalar o  desaparecimento do fundador do Partido Social Democrata, Dr. Francisco Sá Carneiro, irão decorrer as seguintes iniciativas na cidade do Porto, com o seguinte programa:

 

16h00 – Deposição de uma coroa de flores na Praça Dr. Francisco Sá Carneiro

(Pç. Dr. Francisco Sá Carneiro | Porto)

 

17h00 – Sessão Evocativa

Oradores:

Dr. Paulo Rios (Coordenador da Comissão Organizadora das homenagens);

Dr. Rui Rio (Presidente da C. M. do Porto);

Dr. Amândio de Azevedo (Fundador do PSD);

Dr. Marco António Costa (Vice-Presidente da CPN/PSD e Presidente da CPD/Porto);

(Hotel Vila Galé | Av. Fernão Magalhães, 7 | Porto | junto ao Campo 24 de Agosto)

 

19h00 – Missa em memória do Dr. Francisco Sá Carneiro

(Igreja das Antas | Porto)

Nos cem anos da República

Celebra-se hoje o primeiro centenário da República Portuguesa e, sinceramente, não sei o que se vai celebrar: se a Primeira República, se a forma de governo "República". Por mim, sem dúvida republicano, não encontro muito que celebrar na 1.ª República, que se tornou, muito rapidamente, num feudo das várias facções republicanas e com um conceito de democracia muito discutível.

 

Um país não é mais ou menos democrático por ser uma monarquia ou uma república, como abundantemente demonstram os vários exemplos europeus de monarquias democráticas (Reino Unido, Bélgica, Noruega, Suécia, Holanda, etc.). De qualquer modo, parece-me que a ideia da monarquia, por boas ou más razões, já não tem uma grande base de apoio em Portugal. A monarquia caiu com muito poucos a defendê-la (e a 1.ª República, em 1926, também). Agora, ainda haverá menos a defendê-la e, por vezes, as manifestações monarquicas que se vão fazendo parecem, frequentemente, foclóricas.

 

A Atenas do século de Péricles orgulhava-se de possuir a isonomia ("igualdade de direitos"), isegoria ("igualdade no falar") e isocracia ("igualdade no acesso aos cargos"). Embora nenhuma destas características possam ser absolutas, a república é aquela que melhor pode cumprir a isocracia, até porque, para mim, a ideia de alguém ser chefe de estado apenas por uma questão de nascimento não me agrada muito.

 

Deste modo, prefiro antes celebrar (celebrar não será bem a palavra certa) o facto de sermos uma república, até porque esta nossa 3.ª República não é (felizmente, apesar de todos os seus defeitos), uma descendente directa da 1.ª República.

 

Mas, se pensarmos bem, nem há muito para celebrar, nem esta 3.ª República nem a 1.ª República de há 100 anos.

Dia da Independência

Hoje, Israel celebra o seu Dia da Independência, o 62.º aniversário. O primeiro-ministro de Israel, dirigindo-se aos judeus da diáspora, Benjamin Netanyahu disse que este dia celebra um duplo milagre: o da soberania (dois milénios depois) e o desenvolvimento (Israel é um país de desenvolvimento de tecnologias de ponta). É também, para mim, um milagre de sobrevivência, pois é, talvez, o único país do mundo que não pode perder uma guerra, pois isso significaria a sua destruição. Ao longo destes 62 anos, a sua existência foi constantemente ameaçada pelos seu vizinhos que não suportam a existência de um estado não árabe (e, sobretudo, judeu) naquela zona. A tudo resistiu e resiste.

 

Longa vida a Israel!

O Insurgente

Apesar de ser também um elogio em causa própria (embora seja um participante irregular), não queria deixar de dar os parabéns aos 5 anos d'O Insurgente, um blog de gente livre que diz o que pensa e não está à espera de um qualquer tacho conseguido por amizades políticas ou cunhas.

Comemorações

Hoje, foi festejada a malfada revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 no Porto, no âmbito das comemorações do centenário da república. Sendop eu republicano por princípio, embora não preocupasse muito se vivesse num país com uma monarquia constitucional,a Primeira República é algo que não me diz muito, pois foi uma república feita só para alguns e como um grau de liberdade inferior ao da monarquia constitucional que derrubara (embora a monarquia estivesse muitíssimo fragilizada e, até, desacreditada).

 

Pela minha parte, não festejarei essa república,

O muro...

Faz hoje 20 anos que o muro de Berlim caiu e os alemães celebraram condignamente a data. Só o sujeito que ganhou o Nobel da Paz deste ano achou que tinha coisas mais importantes para fazer do que ir até Berlim. A sorte dele é que maior parte dos europeus continuam a ser totós e não vêm quanto ele despreza a Europa.

 

Por outro lado, ouvi durante todo o dia muita gente a falar da queda do muro para, logo a seguir, falarem de outros muros que ainda estão de pé e, está bom de ver, traziam à baila o muro construído por Israel. Certamente para tentar uma equivalência e para dizerem que também esse deveria ir abaixo. Como se houvesse qualquer equivalência...

 

O muro de Berlim, ao contrário, por exemplo, da muralha de Adriano ou da muralha de China que queriam impedir a entrada de invasores, era para manter o seu povo dentro do país, para que ele não fugisse para a Alemanha Ocidental. Aqui, em Portugal, ouvi muitas vezes cantar os louvores dessas sociedades que estavam para lá da cortina de ferro e, especificamente, da Alemanha Oriental, mas o que era verdadeiramente estranho é que as pessoas quisessem fugir desse paraíso.

 

Enfim, digam o que disserem, o facto é que o mundo mudou para melhor com a queda do muro. Celebremos, pois.

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