Hoje na primeira página do Expresso está a proposta de uma medida, por parte do governo, com a qual eu concordo plenamente: O fim dos subsídios de férias e de Natal e a integração do seu valor nos salários mensais. É isso que acontece em muitos países por toda a Europa.
Na sessão comemorativa do encerramento das comemorações do centenário daRepública, hoje, apenas um discurso valeu a pena: o de Adolfo Mesquita Nunes do CDS. Vale a pena ouvir.
Não sei o que dizer do facto de Mários Soares ter sido recebido aos gritos de "Soares é fixe" na Universidade de Verão do PSD. Mas, pelo menos, uma coisa me vem a idiea: não me parece que a Universidade de Verão do PSD seja um sítio lá muito bem frequentado, nem que os jovens universitários tenham grandes conhecimentos (e que também não é com aulas como Soares que aprendem algo).
Também lamento, profundamente, que o neu partido pense que há ainda alguma coisa a aprender com Soares. Soares é passado, há muito que não diz nada de realmente proveitoso, limita-se a debitar lugares comuns, completamente infundados.
Enfim, mas este tipo de coisas talvez explique por que é que o governo tem tanta dificuldade em romper com o passado e em reduzir verdadeiramente com o défice com cortes que se vejam
Ontem, o governo divulgou o processo de avaliação dos professores. Confesso que não é um assunto a que eu dê uma grande atenção. No entanto, penso que nos últimos anos, primeiro, com Maria de Lurdes Rodrigues, depois Isabel Alçada e agora, pelos vistos, com Nuno Crato se tem dado demasiada atenção e, sobretudo, dispendido muita energia e tempo com um assunto que não é, nem de perto nem de longe, um dos maiores problemas da educação em Portugal.
Vamos ter mais um processo desgastante, de atrito que, provavelmente não vai levar a lugar algum. E para avaliar o quê? A qualidade dos professores ou a progressão na carreira? É que não é exactamente a mesma coisa.
Ontem os jornais diziam que Vítor Gaspar iria hoje anunciar cortes na despesa. Hoje, afinal, o ministro das finanças vem extorsionar mais um pouco os portugueses com um aumento do IVA na electricidade e gás. Começo a perder a paciência com este governo.
O Benfica informou a CMVM que vendeu o Roberto por 8,6 milhões de euros ao Saragoça. Pinto da Costa disse no Porto Canal que isso eram milhões de treta. Não faço ideia se são ou não de treta, mas se for verdade, talvez não seja mal começar a acreditar no Pai Natal. Pode ser que tenhamos sorte...
Leio e (já não) fico espantado com o que diz o Duque de Bragança, pretendente ao trono, sobre a Síria: "Al-Assad é um homem muito bem intencionado".
Como se costuma dizer, "de boas intenções está o inferno cheio". A repressão na Síria tem sido muito intensa, com centenas de mortos. Bem mais violenta do que aquela que levou à intervenção internacional na Líbia. Por motivos geoestratégicos não interessa à Europa Ocidental, Estados Unidos e Israel meterem-se no assunto. O Duque de Bragança, se quer ser levado a sério (já vai um bocado tarde para isso), não pode dizer coisas destas. Um ditador é um ditador. Ainda por cima um que não hesita em matar o seu próprio povo.
Na vida nada há de definitivo, pelo que não sei se alguma vez a monarquia será restaurada em Portugal. Mas parece-me que os monárquicos têm um problema de credibilidade com o actual pretendente.
A renúncia ao mandato de deputado de Fernando Nobre é o terminar de uma manobra política de que eu nunca percebi o alcance nem as putativas vantagens que daí adviriam. Quando se convida um independente é porque se espera que esse independente traga algo mais, uma espécie de vantagem competitiva. Mas com Fernando Nobre, quer pela personalidade quer pelas suas anteriores tergiversões políticas. era difícil ver o que Nobre traria, até porque com a campanha presidencial ficou-se a perceber um pouco melhor quem era Fernando Nobre. Também não ajudou nada a rábula da presidência da Assembleia da República.
Enfim, com a sua renúncia, fecha-se este parêntese político, que mais não for do que um factor de diversão e que, dificilmente, terá rendido qualquer voto suplementar (se é que não fez perder alguns) ao PSD.
Já não escrevia aqui há três meses. Não por falta de assunto (pois foi coisa que não faltou), mas por falte de tempo e paciência. Quando tive algum tempo, não tive paciência. Ainda não recuperei toda a paciência de que necessito para escrever aqui, mas parece-me que três meses sem escrever é muito. Por isso, vou ver se retomo aos poucos a actividade.
Outra era é também o que se passa na política, Sócrates foi-se e já foi tarde. Devia ter-se ido em 2009, mas os portugueses nnão quiseram e agora estão lixados. Mas todos aprendemos com os erros, talvez agora estejam mais atentos aos vendedores da banha de cobra. Passos Coelho não fará milagres e os amanhãs que cantam não estão ali ao virar da esquina (nem nunca estarão), mas pelo vive no mesmo mundo do que o comum dos portugueses e não na realidade alternativa de José Sócrates e apaniguados.
Quanto ao governo, a única esperança que tenho é que será melhor que o anterior (o que não deve ser difícil). A acusação da falta de experiência é absolutamente ridícula. Por esse andar, só os antigos ministros e secretários é que poderiam voltar a ser governantes, pois só esses é que têm experiência. Enfim, tinham que dizer alguma coisa.
Mas, de qualquer modo, comparando a putativa falta de experiência e amadorismo deste governo com o grande profissionalismo e experiência dos governos socráticos que nos levou à bancarrota, venham os inexperientes e amadores que os profissionais e experientes só deram barraca.
José Sócrates demitiu-se! Por mim, não me deixa saudades, não tenho culpa, não votei PS, por mum Sócrates nunca teria ido para S. Bento. Mas, enfim, à custa de muita lábia e banha da cobra, o homem conseguiu moer-nos o juízo durante seis anos.
Agora, que ele se demitiu, só falta uma coisa, nas próximas eleições voltar a mandá-lo para a terrinha dele e deixar o governo a outros que, certamente, pior não poderão fazer.