A face oculta da ONU
Há para aí muita gente a pôr todas as esperanças das relações internacionais num organismo internacional mastedôntico e burocrático chamado ONU. Não percebo como é que a gente inteligente que anda sempre com a ONU na boca, como se fosse o Santo Graal ou coisa que o valha.Quando um organismo tem a Líbia como presidente da Comissão de Direitos Humanos, quando na sua Assembleia Geral há ditaduras genocidas com direito de voto igual ao das democracias, quando há uma democracia que não tem assento na ONU porque o seu poderoso vizinho na a reconhece, etc. etc., não se pode pôr grandes esperanças nessa organização e, muito menos, torná-la numa espécie de governo mundial.
É talvez por haver essa idealização da ONU que têm passado em claro, pelo menos nos meios de grande difusão, alguns dos escândalos mais recentes que por lá aconteceram. Um deles é o caso do programa "petróleo por alimentos" que durante anos, com a cumplicidade da ONU, enriqueceu os bolsos de Saddam e empobreceu o Iraque. Mas para saber alguma coisa sobre a evolução deste escândalo é preciso estar atento as informações que aparecem em sítios como o Drudge Report ou o Instapundit.
Agora, por este último, descobri mais um possível escândalo na ONU: "porque está na ONU fechada a sete chaves a caixa preta do avião que caíu em 1994 e matou os presidentes do Ruanda e do Burundi?"
Como se sabe, na sequência desta queda, houve um genocídio nestes países que matou cerca de 600 000 pessoas. Toda a história aqui.
Sempre considerei que a palavra da ONU não é verbum Dei, nem legitima seja o que o for, pelo que esta minha convicção sai cada vez mais reforçada com os dados que se vão sabendo.
A ONU tem mesmo uma face oculta e não é nada bonita.