TSU, IRS e outros contos de terror
Desde que Passos Coelho, muito desatradamene, veio anunciar o aumento de TSU para os trabalhadores e a descida da mesma para a parte patronal o país parece que entrou em histeria colectiva. Estava-se a roubar aos trabalhadores para se dar aos patrões. Ninguém se lembrou de contestar, por exemplo, o verdadeiro roubo que a própria TSU é ao levar 34,5 % do salário. Fizeram-se manifestações, grandes comunicações ao país, quase se rasgaram as vestes, etc. Resultado: recuo na TSU, provável aumento no IRS. Por isso, não posso deixar de recomendar o texto do meu amigo Hélder Ferreira no Diário Económico: Escolhas. Como muito bem resume o Hélder:
O eventual aumento do IRS não tem nenhuma das potenciais virtudes da medida proposta nem sequer na redução da despesa do Estado com os salários e provavelmente aumenta os efeitos nocivos:
1. A reposição de salários líquidos será improvável, dado que aumentaria os custos da empresa;
2. Despedimentos (ou falência) será a única solução para empresas em precária situação financeira, não sendo, portanto, líquido que a receita do IRS aumente;
3. Reduz o corte na despesa do Estado;
Posto isto resta-nos, a todos, agradecer encarecidamente ao Tribunal Constitucional, à iliteracia dos media, à inabilidade política do PSD e à irresponsabilidade do PS e do CDS por mais esta insanidade.
Enfim... voltem a manifestar-se, s.f.f.