. Tempo novo, totalitarismo...
. A habitual arrogância dos...
. Desinformação ou ignorânc...
. Ratisbona, laicidade e la...
Enquanto vejo o Portugal - Brasil na final de sub-20, decidi dar uma volta pela net, pois neste sábado não tive muito tempo para irsso. E, ao passar pelo i, vi um título que muito surpreendeu: Défice de 3% do PIB em 2013 é "intangível", diz primeiro-ministro francês. Não é por nada, mas isto soou-me logo a má tradução. É que é uma frase que a maioria das pessoas terá dificuldade em interpretar.
Mas, foi ler a notícia, assinada pela Lusa, e que lá diz é o seguinte:
“Foi definida uma trajetória de finanças públicas que prevê o retorno a um défice de 3 por cento em 2013 e isso é intangível”, escreveu Fillon.
Bem, por aqui se percebe que a palavra que melhor traduziria o que Fillon disse, e que seria muito mais compreensível para o leitor (sobretudo no título), era "intocável". Claro que me poderão dizer que intagível também pode significar o que não pode ser tocado, o que é intocável (consultar, p. ex., o Houaiss), pelo que, formalmente, a tradução está correcta. Mas, facto é, que, sobretudo num título, ela não é muito clara, e o leitor tem que pensar um pouco sobre o significado da palavra. Aliás, nem sequer foi original na minha estranheza, pois os comentários à notícia reflectem a mesma estranheza e o entendimento que eu tive.
Quando se traduz, têm que ser fazer escolhas e ssas escolhas podem depender de diversos factores e, até, da forma com abordamos teoricamente uma tradução (ou a tradução em geral). Nas notícias, penso que se deve traduzir, sem tentar fazer interpretações autênticas do que está escrito, do modo mais claro possível para o leitor, para que este não se ponha a fazer conjecturas do que estaria escrito no original. E, francamente, isso acontece-me muitas vezes quando leio notícias. Dou comigo a pensar o que estaria no original, o que me leva, quando tenho tempo para tal, a procurar na Web, a notícia que poderá ter dado origem aquilo que eu estou a ler.
Neste caso específico, a minha escolha recaíria em "intocável", pois penso que ela transmite da melhor forma em português a ideia que Fillon escreveu em francês. Por vezes, isto parcerá uma picuinhice, mas as traduções estão cheias destes pequenos nadas.
P.S.: Já agora, só para que fique registado, em francês, Fillon disse:
. aborto
. ambiente
. blogs
. ciência
. cultura
. desporto
. diversos
. ecologia
. economia
. educação
. eleições
. ensino
. europa
. frança
. futebol
. história
. israel
. justiça
. língua
. liturgia
. livros
. música
. poesia
. política
. porto
. portugal
. religião
. tradução
. Também escrevo em
. Blogs
. 5 dias
. Abrupto
. Althouse
. Ambio
. Arrastão
. Crítico
. Fiat Lux
. Fumaças
. Instituto Ludwig von Mises Portugal
. It's a perfect day... Elise!
. Jugular
. No Mundo
. O intermitente (reconstruído)
. ProfBlog
. Reformar a Educação Superior
. Retórica
. Rititi
. Traduction technique, interprétariat et coaching en anglais
. Notícias
. ABC
. BBC
. Digg
. El Mundo
. El País
. Haaretz
. Hot Air
. i
. International Herald Tribune
. La Croix
. Le Monde
. Le Soir
. Lusa
. Memri
. Público
. Reuters
. RTP
. SIC
. The Christian Science Monitor
. TSF
. TVI
. Zenit
. Política e Economia
. Freeman Center for Strategic Studies
. Jerusalem Center for Public Affairs
. Michael Oakeshott Association
. Observatoire du communautarisme
. Religião
. EBIOR
. Enciclopedia Católica (espanhol)
. Enciclopédia Católica Popular
. Liturgia
. Observatoire de la christianophobie
. Vaticano