E a saga continua
A ministra da "cultura" continua a fazer fracas figuras. Agora foi no parlamento que decidiu continuar a fazer queixinhas sobre o anterior director-geral das artes: o homem foi tão mau que gastou o dinheiro todo para o apoio a projectos pontuais no primeiro semestre, não havendo agora dinheiro para concursos no segundo semestre. Perguntada por uma deputada porque é que não o demitiu, sendo ele tão mau e incompetente, disse que só não o fez porque tinha que lhe pagar 44 000 euros de indemnização.
Argumento absolutamente extraordinário. Se bem percebi, alguém incompetente (no dizer da extraordinária ministra) é nomeado para um lugar de director-geral e, depois, pode fazer tudo o que lhe vem à cabeça, porque não há 44 000 euros para o indemnizar. Não importa se gastou num semestre (no dizer da ministra) o que deveria ser para dois semestres. Não importa todo o mal que esse incompetente (no dizer da incomparável e, provavelmente, competentíssima ministra) possa fazer. O ex-director-geral já subiu um bocadinho na minha consideração: não esteve agarrado ao tacho.
Mas, ainda ouvi na TV (já não sei em qual) uma afirmação mais extraordinária da ministra nesta comissão parlamentar. A certa altura ela falou de "estruturas independentes dependentes da DGA".
"Estruturas independentes" que são "dependentes"? Não ouvi o contexto, nem sei de que estruturas se tratam, mas que a frase é, no mínimo,estranha, é.
E parece que a saga ainda não fica por aqui.