2009 não deixa saudades
Este ano que acabará em breve não deixa muitas saudades. Aliás todo este início de séc. XXI é um perfeito desastre para Portugal, pelo que a crise apenas que rebentou no ano passado apenas veio acrescentar um pouco mais de miséria.
O problema vem desde o consulado de Guterres, tempo em que as reformas deveriam ter sido feitas, mas em que o governo socialista de então preferiu gastar alegremente e em festa o dinheiro então chegado.
Acabada a festa guterrista, tivemos os governos de coligação PSD/CDS e, mais uma vez, uma oportunidade perdida. Durão Barroso nada fez, nada reformou e Santana Lopes também . É cerrto que não o deixaram, nunca saberemos do que seria capaz, mas a acumulação de episódios infelizes, uma má imprensa e um presidente socialista interromperam a experiência (de qualquer modo, Santana já reconheceu que foi um erro ter aceitado o governo naquelas condições).
Desde 2005 que somos (des)governados por Sócrates (não pelo PS). É para mim claro que este senhor tem um projecto de poder pessoal, comportamentos autoritários e pouco dado a aceitar críticas. Sócrates desperdiçou a sua maioria absoluta em guerras estúpidas e em pseudo-reformas que não chegaram a lado nenhum. Como bons socialistas que são aumentaram a despesa e fizeram a "consolidação" orçamental à base de impostos (tendo a carga fiscal aumentado), tendo aumentado o peso do Estado na economia.
Agora, depois de ter perdido a maioria absoluta, o governo Sócrates parece cansado e não irá, de modo algum, tomar as medidas necessárias. Irá é, certamente, inventar mil artifícios para sacar mais dinheiro dos contribuintes, porque se há coisa que não sabe fazer é cortar na despesa, para além de ir insistir na quimera do investimento público.
Enfim, 2010 também não augura nada de bom.