O "dia da Raça"
Uma pequena declaração de Cavaco, mais um "lapsus linguae" e, pronto, lá temos a extrema-esquerda a dizer que se trata "de uma afirmação grave" ou então "se trata de um lamentável equívoco ou existe outra explicação para a utilização do termo", pelo que pedem esclarecimentos.
O outro grupo de extrema-esquerda com representação parlamentar diz que o Presidente da república recuperou "a terminologia racista e segregadora do estado Novo".
E pronto, lá querem eles fazer disto uma "questão política que merece discussão". Enfim...
Se o presidente disser que se enganou, que foi um lapso, tudo bem. Eu acredito. Mas, se eu fosse a ele, já não diria mais nada. Com todos os seus defeitos, Cavaco Silva não tem que receber lições de democracia de marxistas, estalinistas, trostkistas, maoístas e quejandos.
Podem-me dizer que as pessoas que lutaram contra a ditadura salazarista poderão ficar ofendidas. Acredito e tenho que respeitar isso, Mas, também acredito que a maioria dos opositores saídos de movimentos comunistas e de extrema-esquerda não queriam implantar em Portugal um regime democrático e parlamentar, mas sim, uma ditadura, só que desta vez de extrema-esquerda. Isto é, Portugal continuaria a não ser um país democrático.