Dizem que não existe... (II)
Só um comentário ao final da notícia que reza assim:
But gay rights campaigner Peter Tatchell said that Radio 1’s U-turn was evidence of double standards.
He said: “I doubt that the BBC would take the same relaxed attitude if this song included the n-word" or other ethnic slurs.
“For the sake of consistency, the f-word should be deleted.
“The BBC and other media urgently need to agree a consistent policy covering all forms of prejudiced language so that homophobic, racist, anti-Semitic and sexist words are all treated in the same way,” he said.
Provavelmente este activista gay tem razão numa coisa: se fosse a temida "n-word" eu também duvido que a BBC voltasse atrás. Mas o problema está mesmo em haver palavras proibidas: por que é que há palavras que são mais interditas do que outras? Por que é que as palavras cristofóbicas também não têm que ser censuradas? Qual o critério para se saber que palavras devem ser censuradas ou não, ou que minorias (ou maiorias) podem ser ofendidas e aquelas que não o podem ser.
Toda a censura tende a ser injusta. Haverá sempre alguém que não se ache protegido pelos direitos que outros têm...
O activista diz que as palavras homofóbicas, racistas, anti-semíticas ou sexistas sejam tratadas da mesma maneira (suponho que ele quer dizer que se as censure a todas). E as palavras cristofóbicas, islamofóbicas, etc, etc? Também? A lista não teria fim. A certa altura, haveria sempre um grupo de ofendidos e clamar por um tratamento igual. O ciclo não teria fim.
Haverá sempre limites, mas esses devem ser estabelecidos pela lei (enfim, esperando que esta seja razoável e não comece a inventar "hate speechs").