A falta que os clássicos fazem
Estava eu a ver sossegadinho no AXN a série "Mentes Criminosas", quando a certa altura vejo escrito na legendagem um tal de "Charon", barqueiro do Aqueronte, rio que delimitava as regiões infernais na mitologia grega.
É claro que "Charon" em português nada nos diz, pois há muito que, na nossa língua, ele se chama Caronte. E o engraçado é que isto é o tipo de erro que até é fácil de evitar. O meu velhinho dicionário Porto-Editora Inglês-Português (que não é propriamente um portento de dicionário) regista a entrada "Charon" e o seu equivalente português "Caronte". É certo que o inglês até está mais perto do original grego Χάρων, mas isso não é chamado ao caso.
Não sendo um erro que dê, por si só, avaliar a qualidade da legendagem da série (seria uma injustiça fazer isso), demonstra, antes, um certo défice cultural de quem fez a tradução.
Mais uma prova de que para traduzir não basta saber línguas.
É claro que "Charon" em português nada nos diz, pois há muito que, na nossa língua, ele se chama Caronte. E o engraçado é que isto é o tipo de erro que até é fácil de evitar. O meu velhinho dicionário Porto-Editora Inglês-Português (que não é propriamente um portento de dicionário) regista a entrada "Charon" e o seu equivalente português "Caronte". É certo que o inglês até está mais perto do original grego Χάρων, mas isso não é chamado ao caso.
Não sendo um erro que dê, por si só, avaliar a qualidade da legendagem da série (seria uma injustiça fazer isso), demonstra, antes, um certo défice cultural de quem fez a tradução.
Mais uma prova de que para traduzir não basta saber línguas.