Picuinhices...
Estou a ver um interessante documentário na RTP2 intitulado em português "No rasto dos fenícios" (original: "National Geographic: Quest for the Phoenicians") e, a certa altura, fala-se dos "sea peoples" a que, quem legendou, foi dado o nome, em português, de "gentes do mar".
Claro que "gentes do mar", para quem sabe alguma coisa de história da Antiguidade do Médio-Oriente, soa a muito estranho, pois, em todos os livros de história em português o termo utilizado é "povos do mar". Mesmo a Wikipedia acerta neste caso (ver "sea peoples" e "povos do mar").
Pode-se dizer que é uma picuinhice, que não afecta o entendimento geral do documentário, nem sobre a qualidade geral da tradução (isto é, legendagem).
Um tradutor profissional, independente, por norma geral, nunca poderá ser especialista em tudo o que traduz, mesmo que especialize em algumas áreas. Deparar-se-á sempre com coisas que nunca viu. Mas isso não deve ser um problema inultrapassável (muito mais problemático, frequentemente, são os ridículos prazos que os clientes impõem, por desconhecimento completo do que é uma tradução). Para além de saber as duas línguas em questão e, também, ter conhecimentos nas áreas em que traduz, um tradutor deve apurar uma competência essencial para a tradução: a pesquisa. Se não tiver uma grande capacidade em pesquisar, em encontrar recursos, em procurar, então nunca poderá ser um grande tradutor.
Por outro lado, deve ter sensibilidade para saber reconhecer um termo técnico quanto encontra um. Há palavras, que em determinado contexto ou área do conhecimento, adquirem o estatuto de termo técnico e que, por vezes, se afastam bastante da sua utilização em linguagem geral.
Muito mais hilariante e grave, demonstrando uma total incultura (e também, como nos jornais, se pensa que qualquer pessoa que saiba línguas pode traduzir notícias) é o contado por JVC sobre um tal de São Janeiro.
Claro que "gentes do mar", para quem sabe alguma coisa de história da Antiguidade do Médio-Oriente, soa a muito estranho, pois, em todos os livros de história em português o termo utilizado é "povos do mar". Mesmo a Wikipedia acerta neste caso (ver "sea peoples" e "povos do mar").
Pode-se dizer que é uma picuinhice, que não afecta o entendimento geral do documentário, nem sobre a qualidade geral da tradução (isto é, legendagem).
Um tradutor profissional, independente, por norma geral, nunca poderá ser especialista em tudo o que traduz, mesmo que especialize em algumas áreas. Deparar-se-á sempre com coisas que nunca viu. Mas isso não deve ser um problema inultrapassável (muito mais problemático, frequentemente, são os ridículos prazos que os clientes impõem, por desconhecimento completo do que é uma tradução). Para além de saber as duas línguas em questão e, também, ter conhecimentos nas áreas em que traduz, um tradutor deve apurar uma competência essencial para a tradução: a pesquisa. Se não tiver uma grande capacidade em pesquisar, em encontrar recursos, em procurar, então nunca poderá ser um grande tradutor.
Por outro lado, deve ter sensibilidade para saber reconhecer um termo técnico quanto encontra um. Há palavras, que em determinado contexto ou área do conhecimento, adquirem o estatuto de termo técnico e que, por vezes, se afastam bastante da sua utilização em linguagem geral.
Muito mais hilariante e grave, demonstrando uma total incultura (e também, como nos jornais, se pensa que qualquer pessoa que saiba línguas pode traduzir notícias) é o contado por JVC sobre um tal de São Janeiro.