Alimentar o monstro é preciso... Ao que parece temos um governo liberal. Palavra que gostava de ver onde paára essa característica liberal do governo (salvo o Adolfo Mesquita Nunes que ainda vai dando os poucos lampejos liberais deste governo).
Pendant ces inspections, la guerre civile fait toujours rage. Les combats prennent notamment au piège la communauté chrétienne du pays. Les chrétiens, environ 1 million, sont présents en Syrie depuis 1400 ans.
Os cristãos existem na Síria há 1400 anos? Onde é que ele foi buscar esta informação? Será que na TF1 não sabem que a Síria está intimamente ligada à disseminação do Cristianismo por toda a Ásia ainda no tempo dos Apóstolos? Que o Patriarcado de Antioquia foi, durante os primeiros séculos da Era Cristã, mais importante do que o de Roma? Que foi em Antioquia que, pela primeira vez, os Evangelhos foram pregados aos gentios (Act 11, 19-26) e que “Foi em Antioquia que, pela primeira vez, os discípulos começaram a ser tratados pelo nome de «cristãos»” (Act 11, 26)?
Isto já para não falar já na conversão de Saulo no caminho de Damasco (Act 9, 1-18)
Na Síria, Turquia ou Egipto, o Cristianismo antecede o Islão por vários séculos. Não são invasores. Estão lá há quase dois milénios. Mas há jornalistas que não sabem ou fingem não saber.
O título acima é o título do artigo de opinião de Anselmo Borges de hoje no Diário de Notícias. Um excelente texto que recupera a lição de Ratisbona de Bento XVI, para terminar a falar do grande desafio que o mundo islâmico tem pela frente (agora que a Primavera árabe se está a transformar num longo Inverno). Os dois últimos parágrafos sintetizam a questão (destaques meus):
Ainda nesse ano, Bento XVI visitou a Turquia. No regresso, declarou que o mundo muçulmano se encontra hoje, "com grande urgência", perante uma tarefa semelhante à dos cristãos a partir do Iluminismo e que o Vaticano II levou a bom termo. "É necessário acolher as verdadeiras conquistas do Iluminismo, os direitos humanos e especialmente a liberdade da fé e do seu exercício, reconhecendo neles elementos essenciais também para a autenticidade da religião." Mas, por outro lado, não deixou de prevenir para os perigos do laicismo, que quer retirar a religião do espaço público, cortando a relação com a Transcendência. Não é aceitável "uma ditadura da razão positivista que exclui Deus da vida da comunidade e dos ordenamentos públicos, privando assim o Homem de critérios específicos seus de medida".
Por mim, penso que este diálogo, que foi tão difícil para Igreja Católica, o será ainda mais para o mundo islâmico. De facto, enquanto Jesus disse que se deve dar a César o que é de César e a Deus o que é de Deus, mandou Pedro meter a espada na bainha, e os cristãos nunca entenderam a Bíblia como ditado de Deus; o Alcorão, para lá de um livro sagrado, vindo directamente de Deus, é um código civil e penal, e Maomé, para lá de fundador religioso, foi também um líder político e militar.