Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

E depois querem que o levemos a sério

Declaração de interesse: não sou monárquico.

 

Leio e (já não) fico espantado com o que diz o Duque de Bragança, pretendente ao trono, sobre a Síria: "Al-Assad é um homem muito bem intencionado".

 

Como se costuma dizer, "de boas intenções está o inferno cheio". A repressão na Síria tem sido muito intensa, com centenas de mortos. Bem mais violenta do que aquela que levou à intervenção internacional na Líbia. Por motivos geoestratégicos não interessa à Europa Ocidental, Estados Unidos e Israel meterem-se no assunto. O Duque de Bragança, se quer ser levado a sério (já vai um bocado tarde para isso), não pode dizer coisas destas. Um ditador é um ditador. Ainda por cima um que não hesita em matar o seu próprio povo.

 

Na vida nada há de definitivo, pelo que não sei se alguma vez a monarquia será restaurada em Portugal. Mas parece-me que os monárquicos têm um problema de credibilidade com o actual pretendente.

E pur si muove!

Afinal, embora muito a custo, até os cientistas que acreditam no aquecimento global antropogenético reconhecem que a temperatura da superfície da Terra não subiu entre 1998 e 2008, embora não saibam bem porquê.

Através do blog Watts Up With That, cheguei a este artigo “Reconciling anthropogenic change with observed with observed temperature 1998-2008″ (numa publicação com peer review) os autores começam assim:

Given the widely noted increase in the warming effects of rising greenhouse gas concentrations, it has been unclear why global surface temperatures did not rise between 1998 and 2008.

É claro que, no final, eles concluem que o aquecimento global é antropogenético mas que, pelo, caminho, de vez em quando, esse aquecimento é interrompido:

The finding that the recent hiatus in warming is driven largely by natural factors does not contradict the hypothesis: “most of the observed increase in global average temperature since the mid 20th century is very likely due to the observed increase in anthropogenic greenhouse gas concentrations (14).”

[...]

The 1998-2008 hiatus is not the first period in the instrumental temperature record when the effects of
anthropogenic changes in greenhouse gases and sulfur emissions on radiative forcing largely cancel. In-sample simulations indicate that temperature does not rise between the 1940’s and 1970’s because the cooling effects of sulfur emissions rise slightly faster than the warming effect of greenhouse gases.

E é claro que é por esse prisma que a Reuters pega no assunto: “Asia pollution blamed for halt in warming: study“.

De qualquer modo, já não é mau reconhecerem que a temperatura não subiu. Quanto ao resto, penso que estamos muito longe da “settled science” que muitos reclamavam.

 

(Também publicado no Insurgente)

Parêntese fechado

A renúncia ao mandato de deputado de Fernando Nobre é o terminar de uma manobra política de que eu nunca percebi o alcance nem as putativas vantagens que daí adviriam. Quando se convida um independente é porque se espera que esse independente traga algo mais, uma espécie de vantagem competitiva. Mas com Fernando Nobre, quer pela personalidade quer pelas suas anteriores tergiversões políticas. era difícil ver o que Nobre traria, até porque com a campanha presidencial ficou-se a perceber um pouco melhor quem era Fernando Nobre. Também não ajudou nada a rábula da presidência da Assembleia da República.

 

Enfim, com a sua renúncia, fecha-se este parêntese político, que mais não for do que um factor de diversão e que, dificilmente, terá rendido qualquer voto suplementar (se é que não fez perder alguns) ao PSD.

 

Sem dúvida, uma brilhante jogada!

Mais sobre mim

foto do autor

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

Links

Blogs

  •  
  • Notícias

  •  
  • Política e Economia

  •  
  • Religião

    Arquivo

    1. 2020
    2. J
    3. F
    4. M
    5. A
    6. M
    7. J
    8. J
    9. A
    10. S
    11. O
    12. N
    13. D
    14. 2019
    15. J
    16. F
    17. M
    18. A
    19. M
    20. J
    21. J
    22. A
    23. S
    24. O
    25. N
    26. D
    27. 2018
    28. J
    29. F
    30. M
    31. A
    32. M
    33. J
    34. J
    35. A
    36. S
    37. O
    38. N
    39. D
    40. 2017
    41. J
    42. F
    43. M
    44. A
    45. M
    46. J
    47. J
    48. A
    49. S
    50. O
    51. N
    52. D
    53. 2016
    54. J
    55. F
    56. M
    57. A
    58. M
    59. J
    60. J
    61. A
    62. S
    63. O
    64. N
    65. D
    66. 2015
    67. J
    68. F
    69. M
    70. A
    71. M
    72. J
    73. J
    74. A
    75. S
    76. O
    77. N
    78. D
    79. 2014
    80. J
    81. F
    82. M
    83. A
    84. M
    85. J
    86. J
    87. A
    88. S
    89. O
    90. N
    91. D
    92. 2013
    93. J
    94. F
    95. M
    96. A
    97. M
    98. J
    99. J
    100. A
    101. S
    102. O
    103. N
    104. D
    105. 2012
    106. J
    107. F
    108. M
    109. A
    110. M
    111. J
    112. J
    113. A
    114. S
    115. O
    116. N
    117. D
    118. 2011
    119. J
    120. F
    121. M
    122. A
    123. M
    124. J
    125. J
    126. A
    127. S
    128. O
    129. N
    130. D
    131. 2010
    132. J
    133. F
    134. M
    135. A
    136. M
    137. J
    138. J
    139. A
    140. S
    141. O
    142. N
    143. D
    144. 2009
    145. J
    146. F
    147. M
    148. A
    149. M
    150. J
    151. J
    152. A
    153. S
    154. O
    155. N
    156. D
    157. 2008
    158. J
    159. F
    160. M
    161. A
    162. M
    163. J
    164. J
    165. A
    166. S
    167. O
    168. N
    169. D
    170. 2007
    171. J
    172. F
    173. M
    174. A
    175. M
    176. J
    177. J
    178. A
    179. S
    180. O
    181. N
    182. D
    183. 2006
    184. J
    185. F
    186. M
    187. A
    188. M
    189. J
    190. J
    191. A
    192. S
    193. O
    194. N
    195. D
    196. 2005
    197. J
    198. F
    199. M
    200. A
    201. M
    202. J
    203. J
    204. A
    205. S
    206. O
    207. N
    208. D
    209. 2004
    210. J
    211. F
    212. M
    213. A
    214. M
    215. J
    216. J
    217. A
    218. S
    219. O
    220. N
    221. D
    222. 2003
    223. J
    224. F
    225. M
    226. A
    227. M
    228. J
    229. J
    230. A
    231. S
    232. O
    233. N
    234. D