Ironia
Segundo a TLEBS (ED. 2007), mas também aqui, a definição de «ironia» é a seguinte (destaques meus):
Figura retórica de pensamento que consiste na produção de um enunciado – ou de um texto – com um significado literal que diverge ou é mesmo contraposto ao significado que corresponde à intenção do emissor e que o receptor pode e deve interpretar mediante a análise do co-texto e sobretudo do contexto, isto é, sobretudo mediante razões de ordem pragmática em que a enciclopédia desempenha uma função central. Sem a cooperação, a cumplicidade e a sagacidade do interlocutor ou do leitor, o sentido irónico de um enunciado ou de um texto esvai-se ou perde-se, sobretudo quando a ironia é subtil ou velada.
No discurso oral, ou oralizado, a entoação e vários elementos de natureza cinésica podem assinalar e tornar óbvia a ironia.
Ora bem, parece que neste post do 5 Dias esta «sagacidade do interlocutor ou do leitor» se ausentou para parte incerta, pois de outra maneira não se percebe o comentário que nele se faz sobre este post do João Miranda. Acontece...