Shmuel Rosner entrevista por escrito Robert Solomon Wistrich, autor de “Lethal Obsession”, em que este explica o que é o novo anti-semitismo:
The new anti-Semitism is a somewhat unsatisfactory term often used to denote extreme hostility to Israel a hatred which aims to demonize its actions, defame its character and delegitimize its existence. In fact, there is no clear or neatdividing-line between old and new anti-Semitism beyond the greater focus today on the negation of Israels right to exist and the fact that contemporary anti-Semites more frequently tend to be Muslim rather than Christian or that they come from the Left as much as they do from the Right. The new anti-Semitism often claims to be no more than justified criticism of Israels policies. There are, however, a number of ways to test this. The critics will usually be covert or overt anti-Semites if they engage in any of the following manoeuvres:
a.) They will blame Israel for all the problems of the Middle East and of the contemporary world from the financial crash to global terrorism.
b.) They ignore virtually all infringements of human rights around the globe except for those allegedly perpetrated by Israel against the Palestinians. Naturally Palestinian Jihadism and terror is downplayed.
c.) They firmly believe or assume that there is a Jewish/Israeli Lobby which controls American foreign policy or manipulates the West especially against the Islamic world and the Palestinians.
d.) They systematically turn Israelis into Nazis and Palestinians into Jews.
e.) They apply classic antisemitic myths and stereotypes about Jewish greed, rapacity, cruelty, exploitation, bloodthirsty vengefulness and racial superiority to the behavior of the Jewish State. The result is to portray Israel as a fusion of Samson, Joshua and Shylock.
Por fim, a Igreja Católica está a deixar para trás toda uma cultura de encobrimento que, obviamente, muito mal lhe fez. Esta atgitude vem com pelo menos 20 anos de atraso.
Mas, mais vale tarde do que nunca. Não sei é se será suficiente.
Não poderia estar mais de acordo com este post de Jorge Costa. Há coisas que não se discutem, mesmo que venham disfarçadas, por exemplo, de anti-sionismo (que não é mais do que anti-semitismo encapotado).
Quando um primeiro-ministro é apresentado numa cerimónia pública pelo nome que lhe é dado no Contra-Informação, certamente muito é dito sobre o respeito com que o dito primeiro-ministro é considerado (penso que ninguém acredita que tal não foi dito de propósito, não sendo por isso um lapsus linguae).
O caso contado por José Mendonça da Cruz sobre a legendagem do filme Estado de Guerra em que "oil tanker" é traduzido como "petroleiro" é apenas, mais do que a demonstração da incompetência de quem fez a legendagem, a enésima demonstração de que para traduzir não basta saber línguas. E o contexto também ajuda... entre outras coisas.
Mas o mal que este tipo de erros tem é que o resto da legendagem pode estar impecável, mas um erro destes põe uma mácula indelével sobre a mesma, pois é um erro demasiado grosseiro.
Através do Público fiquei a saber que os realizadores e produtores de cinema portugueses fizeram um Manifesto pelo cinema português, onde alegam que "nunca como hoje ele esteve tão ameaçado".
E por esse motivo, e após vários considerandos, rematam a petição da seguinte forma:
O cinema português, que vale a pena, tem hoje em dia, apesar da paralisia, quando não da hostilidade, dos poderes públicos, um indiscutível prestígio internacional. Os seus realizadores, actores, técnicos, produtores, não deixaram de trabalhar apesar de tudo o que se tem vindo a passar. Está na altura de os poderes públicos assumirem as suas responsabilidades.
É necessária uma nova Lei do Cinema, mas é urgente uma intervenção de emergência no cinema português.
Para mim não está em causa a qualidade ou falta dela do cinema português, tal como me é indiferente se fazem filmes para o público ou não (no cinema, nunca andei atrás dos blockbusters), pois, mais uma vez o que está aqui em questão é haver uma actividade subsidiada por dinheiros públicos. Por que raio é que o pessoal das actividades ditas culturais pensa que tem que ser subsidiado pelo Estado? Por ser culto e ilustrado? Enfim...
A Dona Pilar del Rio acha que a polémica acerca da instalação da Fundação José Saramago é "rasca, absurda e estúpida". Pelos vistos, a senhora acha que questionar o modo como os dinheiros públicos são utilizados é rasca, absurdo e estúpido. É preciso ter lata.
O que está em causa é que a Fundação é uma entidade privada que quer viver (ou receber) à custa de (montantes avultados) de dinheiros públicos. Assim é fácil fazer uma fundação. Não há nada de mesquinhez ou inveja querer saber como é gasto o dinheiro dos contribuintes. Não está em causa a qualidade literária do escritor, tem é que se saber é se o dinheiro públiclo vair ser bem aplicado. E, para mim, neste caso, não!
"(...) a Casa estará aberta a Lisboa e à Cultura, que será um centro de debates de ideias, encontros literários, apresentações de livros, recitais, projecções de cinema não comercial, exposições e todas aquelas propostas que a sociedade vá procurando. Cinco andares para a cultura e para o debate cívico no centro de Lisboa: esse é o projecto da Fundação José Saramago para a Casa dos Bicos, desta forma restituída ao uso público."
E para fazer isto é preciso o dinheiro dos contribuintes? Será que a "cultura e debate cívico" que aí se fará será de todos os quadrantes políticos, ou defenderá apenas a visão política e cultural esquerdista e esquerdizante do Senhor Saramago? É que o dinheiro dos contribuintes é de contribuintes que vão da extrema-direita à extrema-esquerda.
Eu acho muito bem que Saramago queira contribuir para a cultura e o debate cívico, mas, de preferência, que o faça com o seu dinheiro.
É impressionante como um certo tipo de gente, normalmente ligada à esquerda ,consegue ter fundações pagas pelos contribuintes. Este caso da fundação de Saramago é paradigmático. Independentemente da qualidade de escritor (que não é por ser prémio Nobel que é bom) do mesmo Saramago (qualidade que não posso apreciar por ainda não ter lido qualquer livro dele - as minhas prioridades de leitura não passam, verdadeiramente, por ele), por que raio temos que ser nós a pagar a fundação dele (e, já agora, a de Mário Soares, por exemplo)?
Há pessoas que fazem fundações com o seu próprio dinheiro e há outras que fazem fundações com o dinheiro de todos nós. Será isto a tal de ética republicana?