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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Comemorações

Hoje, foi festejada a malfada revolta republicana de 31 de Janeiro de 1891 no Porto, no âmbito das comemorações do centenário da república. Sendop eu republicano por princípio, embora não preocupasse muito se vivesse num país com uma monarquia constitucional,a Primeira República é algo que não me diz muito, pois foi uma república feita só para alguns e como um grau de liberdade inferior ao da monarquia constitucional que derrubara (embora a monarquia estivesse muitíssimo fragilizada e, até, desacreditada).

 

Pela minha parte, não festejarei essa república,

Cada tiro, cada melro

No seguimento da falsa afirmação de que os glaciadors dos Himalaias derreteriam até 2035, (meu post anterior), agora o Telegraph vem dizer que a redução do gelo nos Alpes, Andes e África devida ao aquecimento global afirmada pelo relatório de 2007 do IPCC foi baseada num artigo de uma revista e numa tese de mestrado que recolheram opiniões de montanhistas e guias de montanha, mas sem dados científicos.

 

Sinceramente não sei se o gelo está em retracção ou não nas mais altas montanhas do mundo, mas o que se pode concluir daqui é que o IPCC está é mais interessado em fazer política.

Ciência de trazer por casa

Nesta coisa do aquecimento global ou das alterações climáticas, como lhe quiserem chamar, sou naturalmente céptico, embora admita rever a minha opinião se me pudrem provar do contrário. Obviamente, haverá quem diga que a ciência já provou para além das dúvidas que o aquecimento global antropogénico é uma realidade. Peço desculpa, mas discordo. E discordo porque o que vejo é relatórios do IPCC cada vez mais politizados e verdades contadas a metade e um Climategate que, embora não invalide muito do que os cientistas afirmam, demonstra uma vontade de ocultar a verdadeiras verdades incovenientes.

 

E, depois, vêm notícias como esta em que o IPCC vai verificar se a aquela previsão sobre os glaciares do Himalaias derreterem até 2035 é fiável ou não. Esta previsão foi baseada numa entrevista telefónica a um cientista indiano que depois foi retomada num relatório do WWF de 2005, que o IPCC, preguiçosamente, incorporou no seu relatório de 2007 sobre os glaciares, sem se preocupar em seguir o rastro da informação original para verificar se ela tinha alguma base científica, coisa que não tinha, pois o cientista indiano que então disse isso, veio depois dizer que era apenas uma especulação. Tudo isto vem descrito nesta notícia do Times.

 

Isto é verdadeiramente ridículo e afecta, e muito, a credibilidade do IPCC. Isto não é ciência. Como é que não se vai procurar uma afirmação tão espectacular e verificar a sua sustentabilidade científica. Por estas e por outras é que me parece que o IPCC não pode ser levado muito a sério.

 

 

Ainda a Red Bull Air Race

Embora sendo portuense de nascimento e senhorense por residência, nada me preocupou a Red Bull Air Race ter ido para Lisboa, pois a empresa organizadora tem toda a liberdade de querer procurar outras paragens. Quanto à transparência do processo, isso aí é outra coisa, e pela notícias entretanto sabidas, parece-me ue a negociação não foi, particularmente, um sucesso.

 

Digo isto, porque entretanto têm-se sabido alguns pormenores que, a serem verdade, deveriam preocupar os munícipes lisboetas e oeirenses. Primeiro, a notícia de que a câmara de Lisboa e, em menor medida, a de Oeiras, assumiram o risco financeiro se não houver patrocinadores, coisa que não acontecia com o Porto e Gaia, depois, a câmara de Lisboa tem dúvidas quanto à correcta interpretação do contrato, sendo que pode haver o risco de a Red Bull ter o exclusivo da publicidadena área da prova, inviabilizando a angariação de patrocínios, fazendo com que as duas câmaras mais a ATL tenham que pagar os 3,5 milhões de euros.

 

Isto parece uma autêntica trapalhada. Vamos lá ver se não serão os munícipes a pagarem toda esta sede de protagonismo (se calhar pensarem que a Red Bull deixava Porto e Gaia só pelos lindos olhos de Lisboa - parece-me lógico que o que eles queriam era melhorar o contrato).

 

Só mais um pormenor. Sinceramente não compreendo o espanto dos vereadores por o contrato estar em inglês, nem o facto da resolução dos litígios ser em Viena. Se assim está é porque as partes assim o acordaram e são inúmeros os contratos com entidades portugueses que estão noutras línguas e com a resolução de litígios fora de Portugal. Para mim, isso parece-me o menor dos problemas (desde que as pessoas sejam competentes e saibam o questão a fazer e a assinar).

Casamentos de pessoas do mesmo sexo na Antiguidade

O barbudo Calístrato desposou o robusto Afro

segundo a lei que une uma donzela a um homem.

Acenderam-se tochas, cobriu-se o rosto com o véu,

e nem te faltaram os teus cantos, Talassião.

Fixou-se até o dote. Não te parece, Roma,

que já chega? Esperas, se calhar, que ele até dê à luz?

 

Marcial, Epigramas. Vol. IV, Livro XII, 42, p. 123 (trad. de José Luís Brandão)

Cultura, dizem eles

Li n'A Baixa do Porto que o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerdo terá realizado (estava marcada para as 18 H de hoje) uma sessão pública no Teatro Carlos Alberto para ouvir os agente culturais (primeira dúvida: quem são?) sobre o papel do Estado na Cultura (por que raio o Estado havia de ter um papel na Cultura?).

 

Para além de me parecer que ao convocar os soi-disant agentes culturais a discussão (?) deverá ter ficado reduzida a um circuito fechado, provavelmente ninguém, naqueles que lá terão comparecido, se terá lembrado de Frédéric Bastiat e da sua obra Ce qu'on voit et ce qu'on ne voit pas e o seu ponto IV. Théâtres, Beaux-Arts, sobre o que ele pensava sobre o papel do Estado na Cultura.

 

É sem dúvida uma leitura recomendada. Voltarei ao assunto. 

 

 

Outras minorias

Se vivesse em Portugal o Jacob Zuma, presidente sul-africano, não poderia estar casado com três mulheres ao mesmo tempo. Casou-se hoje pela quinta vez, tendo actualmente três mulheres.

 

Zuma é zulu e segundo as leis da África do Sul a poligamia é permitida nas comunidades tribais.

 

De qualquer modo, os polígamos têm azar em Portugal, estes casamentos não são uma causa fracturante.

Outros entendimentos de multiculturalismo

Por cá (quando digo por cá, digo no Ocidente), gosta muito de se falar de multiculturalismo e diversidade cultural, como se isto fosse, per si, uma coisa boa. Não é boa, nem má em si mesmo, é um facto da vida com o qual temos que conviver e aceitar, sendo que este aceitar não inclui a aceitação de práticas que vão contra os direitos humanos dos indivíduos (como, por exemplo, os crimes de honra). Este aceitar não implica estar com pruridos politicamente correctos, sempre com medo de ofender alguém. O respeito é uma estrada com dois sentidos. Se a assim não for, estamos a falar de cobardia.

 

Mas, por outras paragens, não se dão ao trabalho de gostar dessas coisas modernaças como a diversidade e coisas tais. Assim, na Malásia, onde 60% da população é muçulmana, o próprio governo quer recorrer da decisão de um tribunal superior que decidiu que num jornal da Igreja Católica malaia Deus seja mencionado como Alá.

 

Isto explica-se porque a ideia de um Deus único foi primeira introduzida naquelas paragens por comerciantes árabes. Quando os missionários lá chegaram, foi esta palavra árabe que utilizaram para falar do Deus cristão. Há séculos que é assim que os cristão malaios nomeiam Deus.

 

Mas, com o reforço do Islão político na vida malaia, até isto é agora motivo de protesto, com diversos grupos muçulmanos a reclamarem exclusivamente para os muçulmanos o uso da palavra, com o próprio governo ao lado deles.

 

Vamos ver como isto acaba.

Feliz Ano Novo em Espanha

Dizia o ditado popular que "de Espanha nem bons ventos, nem bons casamentos". O que agora se pode dizer é que certamente não queremos imitar a receita espanhola para sair da crise. Zapatero deu uma prendinha para o dia de Reis e, assim, segundo esta notícia de ABC, o ano começa em Espanha com mais impostos sobre a poupança e o trabalho e, em Julho, aumento do IVA.

 

Sem dúvida que os espanhóis estão bem contentes com as perspectivas.

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