Ontem o Papa Bento XVI
baptizou um conhecido jornalista italiano de origem egípcia, Magdi Allam, um ex-muçulmano. Não poderia haver acto litúrgico mais apropriado, pois, desde o seu início, a Igreja considerou que o melhor meio de celebrar o Mistério pascal era baptizar, na Vigília Pascal, os seus catecúmenos e fazer com que os baptizados reafirmassem a sua fé.
No entanto, parece que alguns muçulmanos não acharam grande piada, a acreditarmos nesta notícias da
Yahoo:
Still, Allam's highly public baptism by the pope shocked Italy's Muslim community, with some leaders openly questioning why the Vatican chose to shine such a big spotlight it.
"What amazes me is the high profile the Vatican has given this conversion," Yaha Sergio Yahe Pallavicini, vice-president of the Italian Islamic Religious Community, told Reuters. "Why could he have not done this in his local parish?"
Mas, porque não haveria o Papa dar relevo a esta conversão e baptismo? Por medo de ofender os muçulmanos? Porque haveria esta conversão de ofender os muçulmanos? Não é um direito individual ter uma religião da sua escolha ou, por outro lado, não ter religião alguma?
É claro que o tema da apostasia no mundo muçulmano é problemático, sendo que, frequentemente, os convertidos a outras religiões são perseguidos e, por vezes, mortos. Aliás, aconselho a leitura desta entrada no blog Povo de Bahá sobre a proposta lesgislativa de introduzir a pena de morte para os apóstatas no Irão.
De qualquer modo, recomendo a leitura da carta de Magdi Allam, hoje no Corriere della Sera explicitando um pouco a questão da sua conversão. Eis alguns passos:
Il miracolo della Risurrezione di Cristo si è riverberato sulla mia anima liberandola dalle tenebre di una predicazione dove l’odio e l’intolleranza nei confronti del «diverso», condannato acriticamente quale «nemico», primeggiano sull’amore e il rispetto del «prossimo » che è sempre e comunque «persona»; così come la mia mente si è affrancata dall’oscurantismo di un’ideologia che legittima la menzogna e la dissimulazione, la morte violenta che induce all’omicidio e al suicidio, la cieca sottomissione e la tirannia, permettendomi di aderire all’autentica religione della Verità, della Vita e della Libertà.
Mas, a seguir, ele diz algo que me parece verdadeiramente importante (destaques meus):
E lo sarò ancor di più dopo il gesto storico e coraggioso del Papa che, sin dal primo istante in cui è venuto a conoscenza del mio desiderio, ha subito accettato di impartirmi di persona i sacramenti d’iniziazione al cristianesimo. Sua Santità ha lanciato un messaggio esplicito e rivoluzionario a una Chiesa che finora è stata fin troppo prudente nella conversione dei musulmani, astenendosi dal fare proselitismo nei Paesi a maggioranza islamica e tacendo sulla realtà dei convertiti nei Paesi cristiani. Per paura. La paura di non poter tutelare i convertiti di fronte alla loro condanna a morte per apostasia e la paura delle rappresaglie nei confronti dei cristiani residenti nei Paesi islamici. Ebbene oggi Benedetto XVI, con la sua testimonianza, ci dice che bisogna vincere la paura e non avere alcun timore nell’affermare la verità di Gesù anche con i musulmani.É realmente tempo da Igreja deixar de ter medo. O gesto do Papa foi mais uma mensagem de que a Igreja não deve ter medo de afirmar a sua fé e de cumprir a missão que lhe foi dada por Cristo (Mt 28,19-20):
"Ide, pois, fazei discípulos de todos os povos, baptizando-os em nome do Pai, do Filho e do Espirito Santo, ensinando-os a cumprir tudo quanto vos tenho mandado. E sabei que Eu estarei sempre convosco até ao fim dos tempos."