Vindo do porta-voz de um partido que apoia um governo que, despudoradamente, se intrometeu (utilizando como ponta de lança o Banco de Portugal) na escolha do novo conselho de administração de um banco privado (é de relembrar que Filipe Pinhal ia candidatar-se), é preciso ter lata.
Mas lata é coisa que não falta a estes socialistas que (des)governam Portugal.
Boa lição me deu meu bisavô em não ter frequentado escolas públicas e ter beneficiado de bons mestres ao domicílio; e ter compreendido que para tal é mister gastar bom dinheirinho.
Marco Aurélio, Pensamentos, Lisboa: Editorial Verbo, 1971, versão portuguesa de João Maia
A lista que Carlos Santos Ferreira está a preparar para o conselho de administração do Banco Comercial Português (BCP) inclui dois dos actuais administradores da Caixa Geral de Depósitos (CGD), apurou a agência Lusa de fontes ligadas ao processo.
«Santos Ferreira, que esta quarta-feira comunicou ao ministro das Finanças a sua intenção de liderar uma lista ao conselho de administração do BCP, convidou os administradores do banco estatal Armando Vara e Vítor Fernandes para integrarem a lista para a administração do maior banco privado português».
... bem pode o PS ou o governo negar, mas, ninguém fica com dúvidas do que se está a passar no BCP é uma espécie de OPA informal, com o beneplácito de certos accionistas, talvez demasiado comprometidos com o Estado.
Na manjedoura de Belém tocam-se o céu e a terra. O céu desceu à terra. Por isso, dali emana uma luz para todos os tempos; por isso ali se inflama a alegria; por isso, ali nasce o canto. No final da nossa meditação natalícia, queria citar umas palavras extraordinárias de Santo Agostinho. Interpretando a invocação a Oração do Senhor: “Pai nosso que estais nos céus", ele pergunta: que coisa é isto – o céu? E onde é o céu? Segue-se uma resposta surpreendente: “…que estais nos céus – isto significa: nos santos e nos justos. Os céus são, sim, os corpos mais altos no universo, mas ainda assim corpos, que não podem ser senão um lugar. Porém, se se acreditar que o lugar de Deus seja nos céus como nas partes mais altas do mundo, então os pássaros seriam mais afortunados do que nós, porque viveriam mais próximos de Deus. Mas não está escrito: 'O Senhor está perto de quantos habitam nas alturas ou nas montanhas’, mas sim: ‘O Senhor está perto dos corações contritos’ (Sal 34[33],19), expressão que se refere à humildade. Como o pecador é chamado ‘terra’, assim, pelo contrário, o justo pode ser chamando 'céu’” (Serm. do monte II 5, 17). O céu não pertence à geografia do espaço, mas à geografia do coração. E o coração de Deus, na Noite Santa, desceu até à manjedoura: a humildade de Deus é o céu. E se formos ao encontro desta humildade, então tocamos no céu. Então torna-se nova também a terra. Com a humildade dos pastores, ponhamo-nos a caminho, nesta Santa Noite, em direcção ao Menino na manjedoura! Tocamos a humidade de Deus, o coração de Deus! e tornará mais luminoso o mundo. Amen.
No princípio existia o Verbo; o verbo estava em Deus; e o Verbo era Deus. No princípio Ele estave em Deus. Por Ele é que tudo começou a existir; e sem Ele nada veio à existência. Nele é que estava a Vida de tudo o que veio a existir. E a vida era a Luz dos homens. A Luz brilhou nas trevas, mas as trevas não a receberam. Apareceu um homem, enviado por Deus, que se chamava João. Este vinha como testemunho da Luz e todos crerem por meio dele. Ele não era a Luz, mas vinha dat testemunho da Luz. O Verbo era a luz verdadeira, que, ao vir ao mundo, a todo o homem ilumina. Ele estava no mundo e por Ele o mundo veio à existência, mas o mundo não o reconheceu. Veio para o que era seu, e os seus não o receberam. Mas, a quantos o receberam, aos que nele crêem, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus. Estes não nasceram de laços de sangue, nem de um impulso de carne, nem da vontade de um homem, mas sim de Deus. E o Verbo fez-se homem e veio habitar connosco. E nós contemplámos a sua glória, a glória que possui como Filho Unigénito do Pai, cheio de graça e de verdade.
E do acabamento do liuro eu dey encomenda ao leçençeado frey Ioham uerba meu conffessor, fazendo per outrem o q de acabar per my entonçes era embargado. E elle tomou aquelle liuvro que eu tynha feyto. E também outro, que fez seneca en q me eu fundara, e apanhou o q achou em elles q fosse bem dicto ou bem ordenado. E corregendo e acreçentando o q entendeo seer compridoyro, acabou o liuro adeante scripto, o quall he dictado em alguũs logares, quanto quer scuro, e em outros bem claro, e parte troncado e em pausas curtas, que ao dictar som de gram trabalho. E outra parte em pausas compridas q de rrazoar he mais chaã maneyra. E tall deferença he em elle feita porque aynda q prinçipalmente o liuro aos prinçipes seia aderençado, a outros muytos daa geeral doutrina. E porque antre muytos ha desuayramento, assy de entenderes como de uoontades, desuayradamente foy a obra composta, pera o engenhoso e sotill achar delectaçom a seu entendimento. E ao simprez porem nom minguasse a tal clareza per q aprender podesse as cousas que a elle conuem. E tambem aquelles q filham prazer em nouas maneyras de curto fallar achassem hi alguũ comprimento, do que em esto quer o seu deseio. E os q chaaõ fallam e querem ouuyr achassem scriptura segundo seu geyto. E porque senhor o uosso mandado ffoy prinçipal aazo de seer acabada aquesta obra he grande rrazom auerdes della o primeyro uso, porem aenvyo aa uossa merçee.
«Dedicatória ao Infante D. Duarte», O Livro da Virtuosa Bemfeitoria do Infante D. Pedro. 3.ª edição, com uma introdução e notas por Joaquim Costa. Porto, Biblioteca Pública Municipal do Porto/Empresa Industrial Gráfica do Porto, 1946, p. 22
Rosto comprido, airosa, angelical, macia, Por vezes, a alemã que eu sigo e que me agrada, Mais alva que o luar de Inverno que me esfria, Nas ruas a que o gás dá noites de balada, Sob os abafos bons que o Norte escolheria, Com seu passinho curto e em suas lãs forrada, Recorda-me a elegância, a graça, a galhardia De uma ovelhinha branca, ingénua e delicada.
Interessante notícia esta no The Washington Times sobre os 400 cientistas que discordam das teorias eco-alarmistas sobre o aquecimento global antropogénico e das resposta que uma porta-voz de Gore deu a estes cientistas (destaques meus).
After a quick review of the report, Gore spokeswoman Kalee Kreider said 25 or 30 of the scientists may have received funding from Exxon Mobil Corp.
Esta é a resposta que, normalmente, os eco-alarmistas gostam de dar. Em vez de discutirem os méritos (ou deméritos) das opiniões dos outros , não, lançam o opróbio, para tentarem desacreditar que se lhes opõem.
Táctica amplamente utilizada à esquerda que, por tudo e por nada, lançam acusações de islamofobia, homofobia, xenofobia, racismo, etc. sobre quem pensa de modo diferente...
Mas, seja em Portugal ou noutro país qualquer, a realidade parece que insiste em desmentir isto. E, se lermos esta notícia do ABC, penso, que temos a certeza que o estado não é uma pessoa de bem.
Carmen Fernández, la mujer que debía ser indemnizada con 1,7 millones de euros por la retirada irregular de sus hijos Iván y Sara, ha fallecido como consecuencia del cáncer que sufría y que, según los jueces, se debía al "calvario" padecido para recuperar a los menores. La Junta de Andalucía le quitó los dos hijos a la mujer en 1996, cuando tenían 4 y 5 años, porque la madre era alcohólica, aunque se recuperó meses después, pero ya era tarde para recuperar a sus pequeños.
[...]
La mujer había ganado las diez sentencias dictadas hasta ahora sobre su caso, pero la indemnización de 1,7 millones de euros sigue paralizada en el Tribunal Constitucional, órgano que había prometido darle celeridad teniendo en cuenta las circunstancias del caso.
Parece-me que, lá como cá, o tempo da justiça não é o dos cidadãos.
Depois da censura a palavra "faggot", a BBC 1, depois das muitas críticas recebidas, decidiu passar a música Fairytale of New York sem o irritante "beep", segundo no diz esta notícia BBC reverses decision to censor The Pogues.
Só um comentário ao final da notícia que reza assim:
But gay rights campaigner Peter Tatchell said that Radio 1’s U-turn was evidence of double standards.
He said: “I doubt that the BBC would take the same relaxed attitude if this song included the n-word" or other ethnic slurs.
“For the sake of consistency, the f-word should be deleted.
“The BBC and other media urgently need to agree a consistent policy covering all forms of prejudiced language so that homophobic, racist, anti-Semitic and sexist words are all treated in the same way,” he said.
Provavelmente este activista gay tem razão numa coisa: se fosse a temida "n-word" eu também duvido que a BBC voltasse atrás. Mas o problema está mesmo em haver palavras proibidas: por que é que há palavras que são mais interditas do que outras? Por que é que as palavras cristofóbicas também não têm que ser censuradas? Qual o critério para se saber que palavras devem ser censuradas ou não, ou que minorias (ou maiorias) podem ser ofendidas e aquelas que não o podem ser.
Toda a censura tende a ser injusta. Haverá sempre alguém que não se ache protegido pelos direitos que outros têm...
O activista diz que as palavras homofóbicas, racistas, anti-semíticas ou sexistas sejam tratadas da mesma maneira (suponho que ele quer dizer que se as censure a todas). E as palavras cristofóbicas, islamofóbicas, etc, etc? Também? A lista não teria fim. A certa altura, haveria sempre um grupo de ofendidos e clamar por um tratamento igual. O ciclo não teria fim.
Haverá sempre limites, mas esses devem ser estabelecidos pela lei (enfim, esperando que esta seja razoável e não comece a inventar "hate speechs").