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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Fazer fila para votar...

... era coisa que já não me acontecia há uma data de tempo, fosse eleição presidencial, lesgislativas ou autárquicas. Bom, hoje na Distrital do Porto do PSD estava muita gente para votar às 22,30 H.

Lá deixei o meu voto. Agora sento-me no sofá para o resultado e, francamente, seja quem for que ganhe, não sei se hei-de rir ou chorar.

Esperemos.

Guerra das línguas

Antonio de Nebrija (1444-1522), no seu Prólogo a la Gramatica de la Lengua Castellaña escreveu que "siempre la lengua fue compañera del imperio". E, pelo menos, desde essa altura, muitos entenderam que o avanço de uma língua é uma consequência natural do avanço do império que a fala.

E, ao ler esta notícia no Le Monde, parece-me que muitos deputados franceses também acreditam nisto (claro que, neste caso, o "império" é o americano). O caso é simples de contar: trata-se de um projecto lei a ser votado na Assembleia Nacional francesa que permitirá a ratificação do Protocolo de Londres sobre patentes europeias. E, porquê tanta contestação? Porque o dito projecto de lei permitirá, se adoptado:

au déposant d'un brevet européen de ne plus avoir à traduire sa partie "description" dans les trois langues actuellement obligatoires (français, anglais et allemand), mais dans une seule d'entre elles.

Isto é, quem registar uma patente na Europa passaria a poder fazê-lo em apenas uma das três línguas oficiais, não precisando de fazer a tradução que, como refere a notícia, fica bastante cara.

Ao que parece, apenas 7% das patentes são apresentadas em francês, originalmente. Não sei quantas serão em alemão, mas, certo é, a grande maioria serão apresentadas em inglês. Por isso "les défenseurs de la francophonie redoutent aussi que le protocole ne marque une nouvelle étape vers le " tout anglais".

Chegamos ao busílis da questão: o inglês. Os franceses aceitam mal a perda de influência que a sua língua regista em relação ao inglês nos últimos 50 anos. Não sei é se eles poderão fazer alguma coisa para inverter a situação. De qualquer modo, considero que o Protocolo de Londres é uma boa ideia.

Penso, no entanto, que muita gente sobrestima este perigo da colonização pelo inglês. E a ironia de tudo isto é que muitos americanos pensam que o castelhano está progredir de um modo demasiado veloz nos Estados Unidos.

Poremos concluir que a diversidade linguística da Europa é um dos seus maiores atractivos, mas também uma fonte de problemas. No entanto, seria uma pena se essa diversidade se perdesse. Mas há muitas maneiras de proteger esta diversidade que não passam propriamente por o caso aqui em discussão.

Guerra de civilizações

Quando leio Vasco Pulido Valente, normalmente, acontece-me uma de duas reacções: ou estou totalmente de acordo ou estou radicalmente em desacordo. Hoje, estou de acordo. Vasco Pulido Valente, no Público (sem link), discorre sobre "a guerra de civilizações, que a "inteligência" ocidental persiste em pretender que não existe".

VPV fala dos objectivos da Al-Qaeda e da declaração de guerra que esta organização fez ao Paquistão, com intenções de influenciar as eleições neste país, impedindo a formação de um governo forte que apoie a América. Mas a conclusão do artigo é que me faz concordar totalmente com VPV.

Depois do Paquistão, a Al-Qaeda também quer o Magrebe "limpo dos filhos da Espanha e da França". Não há, neste momento, muitos filhos da Espanha e da França no Magrebe, mas mesmo esses não são toleráveis para al-Zawahiri. Nem os filhos, por assim dizer, espirituais do Ocidente, que sustentam o estado "laico" ou "semilaico", na Líbia, na Tunísia, na Argélia e em Marrocos. Contra esses, guerra santa. E guerra santa, enfim, contra os presentes proprietários do al-Andalus, por outras palavras, contra Portugal e a Espanha. Quem achar isto retórica, que se lembre de Madrid em 2004. Os políticos que se dedicam a louvar e a mimar os "moderados" do islão não percebem uma realidade básica: o extremismo é único caminho para um civilização falhada e o extremismo ganha.

Pois

Em “The Local” pode ler-se:


A cartoon depicting Prophet Muhammad as a dog, published in a local Swedish newspaper in August, did not constitute incitement to racial hatred, Sweden’s justice chancellor ruled on Thursday.

 

Three Swedish Muslim organizations had asked Justice Chancellor Göran Lambertz - the only official in Sweden entitled to indict in cases concerning freedom of the press - to press charges of incitement to racial hatred against the newspaper Nerikes Allehanda and its editor-in-chief Ulf Johansson.

The paper published the cartoon to illustrate a leader on the importance of freedom of speech.

Lambertz noted that for the charge to stick, it needed to be proven that “contempt” was expressed.

“Neither the leader nor the sketch, which has a satirical tone, expresses contempt against any ethnic group,” he said in a statement.


É natural, os muçulmanos não são um grupo étnico.

Empréstimos a voar

Não quero dizer que aos empréstimos aos estudantes em Portugal vai acontecer o mesmo, mas parece que os suecos têm estudantes que recebem empréstimos e depois fogem para o estrangeiro.

The National Board of Student Aid (CSN) is to cease chasing debts owed by borrowers living in the United States and the United Kingdom.

Debt collection in these two countries is considered too expensive, Metro reports.

"It is costly and complicated to take legal action in the United States and England," CSN spokesman Ulf Ståhl told the newspaper.

Some 28,000 Swedes are thought to be hiding abroad to avoid repaying student loans with a combined value of 3.3 billion kronor ($500 million). Most of these are living either in the US or the UK.

Onde para a ética protestante. Para que a tradição já não é o que era nos países nórdicas...

Champions

Os resultados de hoje não saíram da normalidade no que diz respeito ao Porto e ao Benfica.

Quanto ao Porto, fica sabor a pouco. O Porto devia ter vencido o jogo. É claro que o Liverpool fez o que devia e, a partir do momento em que ficou com dez, tratou de jogar como melhor lhe convinha e um ponto é sempre um ponto. O Porto, embora dominador, não conseguiu criar um grande número de jogadas perigosas. Enfim, o dragão teve pouco poder de fogo...

O Benfica teve um resultado mais do que lisonjeiro. O Milan ganhou bem e poderia ter feito mais golos. Houve alturas em que o Milan deu autêntico banho de bola ao Benfica. Mas o Benfica conseguir limitar o estragos e acabou por fazer um golinho. No final, não ficou muito mal na fotografia.

Esperemos agora o que vai fazer o Sporting.

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