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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

França, está na hora

Bom, não será exactamente o "É a hora!" que Pessoa gritou no seu poema "Nevoeiro", mas a França está mesmo na hora de cortar com a herança de Mitterrand e do seu nepotismo e de Chirac e da sua política errática.

Dos candidatos que podem vencer, só Sarkozy pode de algum modo fazer isso. Não que  eu ponha muitas esperanças nele. Ma, comparando-o com Bayrou (que seria mais do mesmo) e Ségolène (um verdadeiro vazio e exemplo de impreparação), Sarkozy está muito acima.

Por isso, espero que Sarkozy seja o próximo presidente de França.

"Les jeux sont faits"

Boas memórias

Leio no Expresso que os pais e professores da escola secundária Garcia da Orta, no Porto (para quem não saiba); estão contra os atrasos nas obras.Segundo se lê:

A chuva entra nas salas, o betão está a desfazer-se e a instalação eléctrica é tão antiga que pode provocar um incêndio, mas a Escola Secundária Garcia de Orta, Porto, não integra o programa de modernização do parque escolar.
"A escola tem 30 anos e nunca teve uma manutenção que ajudasse a suportar a degradação natural", afirmou hoje Fernanda Robalo, vice-presidente do Conselho Executivo, em declarações à agência Lusa.
Fernanda Robalo salientou que as instalações "estão muito degradadas", referindo especialmente o mau estado do recinto exterior onde decorrem as aulas de educação física, mas também a situação em que se encontra o piso do pavilhão desportivo, onde ocorrem frequentemente acidentes envolvendo alunos.

Eu andei no Garcia, e chamo-lhe o Garcia porque no meu tempo aquilo tinha o nome de Liceu (não de escola secundária) do 7.º até ao 12.º ano, tendo entrado no ano lectivo de 1975/76 (a escola tem mais de 30 anos, se não me engano foi inaugurada em 1969).

Quando lá andei a escola era relativamente nova, mas começava a sofrer do excesso de população estudantil (penso que eramos bem mais do que os 1500 alunos que a escola tem actualmente).

Tenho boas memórias do tempo que lá passei,. No plano escolar, fiz um percurso sem grandes sobressaltos apesar de ter apanhado todas as reformas daquela época: apanhei o primeiro 7.º ano unificado, o primeiro 8.º unificado e por aí adiante.

Já o ambiente geral foi muito agitado, principalmente entre 1975 e 1978; desde confrontos logo em Novembro de 1975 (nós, os do 7.º ano, tínhamos começados as aulas só no início de Novembro, estavamos portanto na escola só há 2/3 dias), quando da independência da Angola, desde ao "sequestro" de professores na sala deles por parte de elementos da direita nacionalista (numerosa na escola naqueles tempos), quando andava eu no 9.º ano, para além de confrontações físicas na parte de fora da escola por questões ideológicas. Também há aquele episódio do Mário Soares, durante um congresso do PS efectuado no pavilhão do Garcia, ter ficado escandalizado com as inscrições nas paredes dos lavabos (palavras de ordem de extrema-direita, cruzes gamadas, etc). Na verdade, naqueles anos, a esquerda não era muito popular por aqueles lados.

Mas é triste saber que o Garcia está degradado. É certo que, devido à sobrelotação, tive aulas em pré-fabricados (só no 9.º ano), construídos de propósito para albergarem mais algumas turmas. Mas, mesmo nesses pré-fabricados não chovia lá dentro. Por outro lado, o pavilhão era, no quadro das escolas do Porto desse tempo, muito bom, e tinha mais condições e material desportivo do que a escola básica/secundária onde hoje anda a minha flha mais velha (eu sei, porque pertenço à Associação de Pais da escola há já dois anos e sei bem as carências delas e a falta de soluções de um Ministério que tudo quer controlar, mas que não tem nem os meios nem o saber para o fazer).

De magnólias e camélias... e não só

Hélder Pacheco, no Jornal de Notícias, sobre uma exposição de camélias no Porto, tem um texto, De magnólias e camélias, verdadeiramente inspirado (destaques meus):

E no alvoroço de Verão antecipado com que, este ano, o malfadado Inverno se despediu, foi a cidade brindada com a Exposição de Camélias que, após anos de vil apagamento, parece ter regressado, espero que definitivamente. Não podia ser de outro modo na terra proclamada "a "pátria delas" e tornara-se incompreensível o desleixo, desinteresse e menosprezo por tão brilhantes tradições portuenses - a flor e a sua exposição anual.

Aliás, por não ser, talvez, cosmopolita conforme os padrões pós-provincianos que nos regem, a camélia não teve lugar nessa cintilante manifestação de eruditismo chamada Porto 2001. E arriscou-se a cair em tanto esquecimento que os nossos vizinhos do lado já andavam a fazer mais, num par de anos, pela divulgação e protecção da "rosa japónica", do que a sua pátria adoptiva, em muitos.

Desmentindo as vozes catastróficas e cemiteriais sobre a abulia, o deserto e o quase zero de energia com que ornamentam os discursos sobre a cidade, a Exposição valeu como referendo sobre o que atrai, interessa e motiva o público. De facto, associando as camélias ao Palácio do Freixo, há muito que não se juntavam multidões assim, para visitar um local soberbo e contemplar a flor irresistível. O que significa a apetência e a disponibilidade de milhares de pessoas para manifestações para elas atractivas. E também que os comissários para as minorias activas e subsidiadas nada entendem sobre os gostos do público nem sobre o que se entende por oferta cultural para a democracia (quero dizer, para a maioria).

De facto, eu não diria melhor...

 

Domingos de Ramos

Es el último domingo de la Cuaresma, a pesar de que da paso ya a la Semana Santa. [...]

La procesión de los ramos, rito de entrada de la misa, se empezó a celebrar en Jerusalén; de forma que la peregrina gallega Egeria la describe en su Diario de viaje, escrito hacia el año 380. Después se extiende a todo el Oriente, a España (siglo VII, a las Galias y, finalmente, a Roma (siglo XI o XII). La procesión está precedida de la bendición de los ramos y de la proclamación del evangelio de la entrada de Jesús en Jerusalén [...].

Julián López Martin, El año liturgico, Madrid: BAC, 1984.

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