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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Maravilhas do multiculturalismo

Segundo o Daily Telegraph 40% dos jovens muçulmanos ingleses querem a sharia no Reino Unido.

O inquérito realizado pela Policy Exchange mostrou ainda, por exemplo, que:
Turning to issues of faith, 36 per cent of the young people questioned said they believed that a Muslim who converts to another religion should be "punished by death." Among the over 55s, the figure is only 19 per cent.
A utopia multiculturalista acredita que é possível criar o paraíso na terra através de uma sociedade cheia de "diversidade". A verdade é que a política multiculturalista apenas tem conseguido fechar as comunidades sobre si mesmas, aumentar o grau de conflitualidade e a intolerância.

Um sociedade plural é uma sociedade mais rica. Um sociedade "multicultural" é uma sociedade dividida, cheia de acusões acabadas em "-fobia" e "-ista" que impedem qualquer tentativa séria de diálogo e de auto-avaliação das comunidades.

Além disso, o modelo multicultural anglo-saxónico tende a rotular as pessoas, esperando-se que essa pessoa se comporte dentro dos padrões expectáveis para a sua comunidade. Mais racista do que isto não conheço. É o completo negar da individualidade de cada ser humano.

O estudo da Policy Exchange Living apart Toghether: British Muslims and the paradox of multiculturalism pode ser descarregado aqui.

(Des)informação

Leio no Bicho Carpinteiro (já tem alguns dias, mas, que querem, ando com as minhas leituras blogosféricas atrasadas):

Estava em Paris quando li no Le Monde uma pequena notícia sobre o assassinato em Timor de duas mulheres tidas por feiticeiras.O jornal acabava com a indicação que nessa ex-colónia portuguesa a população é maioritariamente católica.Há cruzes pesadas.

José Medeiros Ferreira diz que "há cruzes pesadas", mas neste caso, não estou bem a ver porquê. Não li o Le Monde que trouxe essa notícia, pelo que não posso avaliar a que propósito a notícia acabava com a  indicação de a populaçãos ser maioritariamente católica. Mas, suspeito que não era uma referência elogiosa.

É que, pelo menos desde do séc. XVI, os casos de caça às bruxas eram mais coisa de protestantes do que de católicos. Para a Inquisição as bruxas não eram um alvo de preferencial interesse, sobretudo para a Inquisição portuguesa.

É por isso que às vezes informações que, aparentemente, são  apenas descritivas ou factuais, estão longe de ser inocentes e antes têm implícitos muito significativos.

Para além de tudo, é ao facto de serem maioritariamente católicos que os timorenses são independentes, pois deu-lhes uma identidade relativamente ao invasor indonésio.

Enfim, os pequenos odiozinhos de estimação dos jornalistas vêem-se nestas pequenas coisas.

Recomendação

Quem estiver pelo Porto até 4 de Fevereiro, recomendo uma visita ao mercado Ferreira Borges, pois a feira “O Mundo dos Livros” é mesmo de aproveitar, havendo livros para todos os gostos e feitios e a preços mais do que razoáveis.

Por exemplo, eu hoje comprei 15 livros e gastei apenas 23 euros. É lógico que ninguém vai lá encontrar peças raras, mas, no meu caso, comprei livros que, não sendo propriamente a minha primeira prioridade nas compras a fazer, pela oportunidade e pelo preço a que estavam, não pude deixar de aproveitar.

Entre os livros que comprei estão Marcial (Epigramas vol. I, II e IV) e Séneca (Fedra) das Edições 70 ou ainda as Obras de Cruz e Silva (3 volumes) das Edições Colibri, por exemplo.

Mas, a escolha é grande, penso que está melhor do que recentes edições e que o difícil é ir lá e, mesmo que se tenha uma boa bilbioteca, não trazer pelo menos um livro.

Nova tentativa...

Leio no Público que o IPPAR  analisa segundo pedido para abertura do túmulo de D. Afonso Henriques.

Antes de mais, espero que desta vez não se passem as poucas vergonhas acontecidas com a primeira tentativa, em que parece ter havido erros de procedimento a mais. Mas, se agora tudo estiver devidamente salvaguardado, nos aspectos técnicos, científicos e de segurança, não compreendo outro resultado que não a concessão da devida autorização por parte do IPPAR e da ministra.

Bem fez também a ministra em reduzir o prazo para apreciação do IPPAR de 90 para 45 dias. Afinal este tipo de operações não são nada de desconhecido em todo o mundo. Afinal, por exemplo, em Itália, ainda recentemente se tentou descobrir o verdadeiro rosto de Dante.

Bom, penso que desta vez a coisa não vai acabar em complicações burocráticas e que vamos mesmo saber alguma coisa mais do homem que foi D. Afonso Henriques.

Sempre alerta...

... é como devemos estar sempre que vamos à Wikipedia. Não que eu tenha dúvidas quanto a utilidade e quanto à precisão, em geral, dos artigos que por lá se podem ler. Mas, por vezes, podem ter-se algumas surpresas, como aquela quando por lá andava e cliquei em Afonso de Albuquerque. Passei por versões em diferentes línguas e, na versão espanhola, saiu-me isto:

Juan Alfonso de Albuquerque (1453 - 16 de diciembre 1515) fue un político y navegante portugués que viajó a Castilla como miembro del séquito de María de Portugal, esposa del rey Alfonso XI de Castilla. Permaneció en la corte castellana como educador del príncipe Pedro, lo cual se tradujo en una estrecha relación de confianza con el futuro rey. Así, al subir Pedro I al trono, mantuvo a Albuquerque entre sus consejeros más cercanos, con lo cual éste pudo influir de manera decisiva en la formulación de la política exterior de Castilla.

Los planteamientos de Albuquerque, favorables a una alianza con Francia, unidos a su excesivo peso en los asuntos de la corte, terminaron por alejarle del rey, que empezaba a tomar en consideración un acercamiento a Inglaterra. Albuquerque marchó a Portugal, y tomó partido por los Trastámara durante la subsiguiente guerra civil.

Tudo isto, sob o título de "Alfonso de Albuquerque" e com a imagem bem conhecida do Afonso de Albuquerque.

Quem conhece minimamente a história de Portugal sabe que haveria algo de errado com esta descrição dos feitos de Afonso de Albuquerque. Onde está Goa, as desavenças com D. Manuel, a conquista de Ormuz, etc...

O problema deste esboço biográfico em espanhol é que ele não diz respeito ao Afonso de Albuquerque conquistador de Goa, mas sim ao fidalgo português João Afonso de Albuquerque (Wikipedia em português e em espanhol), nobre português do séc. XIV, filho de Afonso Sanches (por sua vez filho bastardo de D. Dinis), mas senhor de Albuquerque (na Extremadura espanhola), e que em 1353 se aliou à facção de Henrique de Trastâmara na revolta liderada por este contra o rei D. Pedro I, o Cruel, de Castela. Após a uma guerra civil que acabou em 1369 com a morte do monarca castelhano, Henrique subiu ao trono.

Como se pode ver pelas hiperligações que eu faço, a Wikipedia, eu até tenho alguma confiança nela, embora possa não concordar com tudo o que lá se escreve sobre determinados assuntos. No entanto, ela não pode ser a base única para se escrever seja o que for.

É que se há erros facilmente detectáveis, outros não os são tanto. Por isso, não há nada como ter os olhos bem abertos.

Voracidade fiscal...

... para não lhe chamar outra coisa mais feia é o que se pode dizer disto: Fisco prepara-se para aplicar coimas de formas retroactivas.

Em Palavras para quê?! e Palavras para quê?! (II) o Pedro e o Carlos demonstram bem quer a imoralidade como a (mais que possível) inconstitucionalidade desta medida.

Por um lado, eu até nem sei que impacto ou qual será a receita que o governo espera com esta medida, mas, para mim, o que fica desta medida é mesmo esta voracidade fiscal de um governo que não olha a meios para sacar ao cidadão todo o seu dinheiro até ao último cêntimo, sob uma capa de justicialismo fiscal (que terá sempre os seus idiotas úteis a baterem palmas e que nem sequer se apercebem que, também eles, estão a ser afectados), enquanto, ao mesmo tempo, não faz as verdadeiras reformas de que o estado precisa.

Está-se a criar uma atmosfera de estado policial fiscal (com uma quantidade de malandros: os bancos, os profissionais liberais, etc.), para aplauso de plebe, não uma cultura de cidadania em que o pagamento dos seus impostos é um dos deveres do cidadão.

Reinício

Costuma-se dizer "ano novo, vida nova". Bem, não será propriamente o caso, mas tenciono, este ano ser mais assíduo neste blog, bem como no meu outro blog individual, o Humanae Litterae.

Para já, comecei a fazer actualizações na listagem de ligações, tendo aumentado significativamente o número de blogues, bem com, começado a colocar ligações para os meios de comunicação social. Espero até ao fim da semana ter este aspecto praticamente pronto. Mas, esta secção de ligações nunca estará fechada.

E, como não poderia deixar de ser, desejo um bom ano para todos!

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