Para quem tinha dúvidas quanto à verdadeira natureza dos chamados "insurgentes" iraquianos (que não passam de "terroristas", mas que muita imprensa tradicional tem medo de utilizar a palavra), esta notícia deveria abrir-lhes os olhos.
Eu sou um confesso apaixonado pelos automóveis (sobretudo pelos carros de F1 e Grand Prix) pelo que nunca poderia estar contra a ideia de Rui Rio de reavivar o Circuito da Boavista, ainda por cima tão pertinho da minha casa.
Logo por azar, este fim-de-semana tive que trabalhar, pois tenho trabalho para entregar amanhã, pelo que nem sequer tive oportunidade de ir dar uma espreitadela ao circuito. Fiquei-me por ver as imagens da SIC-Notícias e ouvir os motores (que se ouviam distintamente em minha casa).
Mas ver todos aqueles carros fantásticos na televisão foi bastante bom, só foi pena o realizador não perceber nada sobre automóveis (que pobreza de realização - fazer cobertura de corridas automóveis não é o mesmo que fazer o Caras Notícias).
De manhã, tinha lido no Jornal de Notícias a oposição do Bloco de Esquerda a este evento:
BE acusa Rio de brincar aos carrinhos
O Bloco de Esquerda contestou, ontem, a realização do Circuito da Boavista, que "Rui Rio utiliza para colar à sua anunciada recandidatura à Câmara do Porto".
"Nada temos contra os automóveis, mas estamos contra a utilização de dinheiros públicos nestas iniciativas. Aliciam-se as pessoas com pão e circo. Como não há pão, dá-se-lhes circo", afirmou João Teixeira Lopes, do BE.
O BE, embora não veja com bons olhos o "cerco" da Parque da Cidade, sublinhou que "o circuito até poderia merecer o nosso apoio se organizado com dinheiros privados".
Não sei porquê, mas estas declarações do Bloco fazem-me rir. O Bloco de Esquerda é apoiante da iniciativa privada? Isso também se aplicará à "Cultura"? E se não, porquê?
Por um lado, eles lá devem saber do que falam quando referem o circo. Actividades circenses é aquilo a que o Bloco mais nos habituou seja à porta de tribunais, ou passearem de traineira para barcos ao largo da costa portuguesa, lenços palestinianos no Parlamento, etc., etc., etc.
No entanto, esta preocupação com os dinheiros públicos do Bloco é muito selectiva. Nunca os vi protestar contra o apoio que a Câmara de Lisboa de Sampaio e Soares dava, por exemplo, ao Festival de cinema "gay" de Lisboa ou o apoio que essa mesma câmara deu à Fundação Mário Soares (fazer fundações com dinheiro público também eu faço).
O Bloco gosta que os dinheiros públicos financiem as actividades de que eles gostam, a "Cultura", por exemplo. Só que a concepção de cultura bloquista (e esquerdista, em geral) não é muito abragente e dirigida apenas para um público minoritário e elitista. Os bloquistas são tal e qual como Horácio quando dizia "odi profanum uulgus". Se é para muita gente já não estão de acordo. Mas se os dinheiros públicos forem para subsidiar as pessoas "certas", nem que não haja mais ninguém a ver aquilo, então já não gritam ao "panem et circenses".
Não se espantem por eu comparar "cultura" com "eventos desportivos". Tudo depende do conceito de "cultura". Além do mais, Rui Rio disse que o evento estava projectado para ter um ligeiro lucro ou um ligeiro prejuízo (espero que se cumpra o primeiro). Para além da enorme promoção da cidade que o evento criou junto dos entusiastas dos automóveis antigos de competição estrangeiros (sobretudo ingleses), que é gente que quando faz turismo não é propriamente turismo de pé descalço.
Só que recordar aquilo que se passou há 50 anos não será também "cultura"? (seja isso lá o que for). A minha filha mais velha (a mais pequena não tem idade para isso) e os meus sobrinhos (que tiveram a sorte de poder ir) deliraram com o que viram, ficaram maravilhados com os carros diferentes que viram. Deu-lhes a conhecer coisas diferentes daquelas que conhecem.
Virem agora armar-se em defensores dos dinheiros públicos (quando estão sempre prontos a gastá-lo em tudo e mais alguma coisa, desde que se enquadre na sua mundovisão) e falarem em circo, quando são os maiores criadores de espectáculos circenses políticos é ter lata.
Post scriptum. E eu até não tenho nada quanto à chamada "cultura", afinal até sou de Letras e conheço melhor o neo-realismo literário (e nessa matéria a minha professora até foi a Isabel Pires de Lima) do que o Mises ou o Hayek (espero que os meus colegas insurgentes não levem a mal esta heresia).
A Madeira, é bem certo, bem muito deve a João Jardim pelo desenvolvimento conseguido nos últimos 30 anos, mas isso não lhe dá autorização para dizer todos os dislates que lhe vêm à cabeça.
No caso actual das suas declarações sobre os chineses, que ele acaba de reiterar, mais do que xenófobas, as suas declarações são um autêntico disparate. O desporto de acusar os estrangeiros pelos problemas que se têm em casa é muito perigoso e normalmente dá asneira (é só olhar para o passado).
Mas o mais divertido (ou neste caso, o mais triste) é o facto de Jardim ter dito a propósito de Marques Mendes (que tinha considerado as declarações como "infelizes"):
O caso dr. Marques Mendes será amanhã apreciado no Conselho Regional. O dr. Marques Mendes é a segunda que me faz. À primeira, todos podem cair; à segunda já é mais grave.
Como muitos leitores deste blogue sabem, eu sou militante do PSD e nem sequer sou fã do Dr. Marques Mendes, mas que outra coisa poderia ter ele dito? Que as declarações eram muito judiciosas? ou oportunas?
O tempo do Dr. Jardim já passou e era tempo do PSD-Madeira se ir renovando, mas de preferência sem ser com um João Jardim de segunda.
Post scriptum. Esta minha opinião não é nenhuma conceção ao politicamente correcto ou às ideias de uma sociedade bem-pensante. É que de facto estas declarações só pura e simplesmente disparatadas.
"O Sr. Blair teve agora o mesmo que o Sr. Aznar". Esta afirmação inacreditável foi feita pelo "senador" Mário Soares (cuja inimputabilidade é bem conhecida e mesmo completamente reconhecida).
Esta afirmação é quase idêntica às declarações de Abdelilah Suisse (que dá aulas na FLUP) que, também na SIC-N, disse que o atentado era consequência das políticas inglesas.
Bem, esta linha de argumentação é, no fundo, tentar justificar o injustificável. A responsabilidade primeira por este atentado de Londres é exclusivamente dos seus autores e mais ninguém.
A Al-Qaeda tem uma visão de mundo em que vê o Ocidente e a sua democracia como inimigos. Ela pretende destruir-nos, não importa como, porque nós somos os infiéis. E quer impor um novo Califado. Quem não compreendeu isso, não compreendeu nada e vai inventando novos "Muniques" até à derrota final.
O Iraque, a Palestina, etc., etc. são apenas argumentos tácticos que estas organizações terroristas vão utilizando para justificar os seus ataques. Quando aconteceu o 11 de Setembro não havia nenhum ataque a países islâmicos. Mesmo que os americanos e aliados saíssem amanhã do Iraque e do Afeganistão, os atentados terroristas não acabariam.
É tempo de acabar com a culpabilização do Ocidente por aquilo que é culpa exclusiva dos seus autores: um terrorismo bárbaro e selvagem que não conhece limites na sua tentativa de alcançar a supremacia.
Opiniões como as destes dois senhores apontam para o acessório, desviando-se do essencial do problema. Assim, nunca se chegará a lado nenhum e o que eles dizem são apenas palavras...
O terrorismo anda novamente à solta pela Europa. Hoje foi em Londres... não que os ingleses não estivessem à espera, só não sabiam quando.
Há gente que não sabe viver na Europa (ou em qualquer outro país civilizado). É preciso que os políticos europeus tenham vontade de os irradicar de veze sejam eles quem forem.
Pensei que o exclusivo de fazer citações de autores franceses em inglês era uma exclusivo de direita blogosférica. Mas, afinal, esta conhecida bloquista também incorreu neste crime lesa-majestade. Ainda para mais com a possibilidade de fazer a citação em francês graças à Internet.
La danse peut révéler tout ce que la musique recéle de mystérieux, et elle a de plus le mérite d'être humaine et palpable. La danse, c'est la poésie avec des bras et des jambes, c'est la matière, gracieuse et terrible, animée, embellie par le mouvement. La Fanfarlo
Um deputado neo-zelandês muçulmano não se opõe, de acordo com a Charia, que em certos países os homossexuais e adúlteros(as) sejam lapidados.
Muslim MP Ashraf Choudhary will not condemn the traditional Koran punishment of stoning to death some homosexuals and people who have extra-marital affairs.
But the Labour MP - who has struggled with his "role" as the sole parliamentary representative of the local Muslim community - is not advocating the practice here. Mr Choudhary once again found himself between a rock and a hard place on questions of Islam when he appeared on TV3's 60 Minutes programme last night.
It was examining warnings about extreme fundamentalism within New Zealand's Islamic community.
Mr Choudhary was asked: "Are you saying the Koran is wrong to recommend that gays in certain circumstances be stoned to death?"
He replied: " No, no. Certainly what the Koran says is correct.
"In those societies, not here in New Zealand," he added.
Ler esta notícia divertiu-me mas, confesso, também me espantou um pouco.
E espantou-me porque se passou num país da "Velha Europa", com problemas com a sua própria comunidade muçulmana com uma minoria fortemente radicalizada, e por a história incluir deputados de esquerda frequentemente sensíveis a questões "politicamente correctas".
Mas para além do lado divertido desta história, há uma outra face mais sinistra: a do totalitarismo islamita que quer impor aos outros, que nem sequer são da mesma fé nem do mesmo país, as suas próprias concepções do mundo. Para esta gente, o ditado "em Roma, sê romano" não faz sentido nenhum.
A compreensão do "outro", como tudo na vida, e já me estou a repetir em relação a esta frase, é uma estrada com dois sentidos. O "outro" também tem que nos compreender, senão estala definitivamente uma "guerra de culturas". Isto é uma coisa que a esquerda do "pensamento único" e "politicamente correcta" tem que aprender de uma vez por todas. Receio é que muita dela continue a não compreender nada, mesmo com episódios como este.