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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Le Canada n'est pas un pays sérieux

O Canadá não é um país que eu muito admire (quem quiser pode verificar aqui, aqui e aqui).

Agora, depois de ler isto, digam-me lá se os Canadá é ou não dirigido por uns bastardos politicamente correctos e se não é uma ditadura disfarçada de democracia. O conceito de liberdade de expressão é qualquuer coisa de completamente desconhecido no Canadá.

Há democracias ocidentais que têm uma tendência terrível para, em nome do politicamente correcto, eliminarem o direito que os cidadãos têm de se expressar livremente. O Canadá, país que pensa que tem que ser o pais mais multicultural do mundo (como se isso por si só fosse uma grande coisa), é dos países que mais tem limitado este direito aos seus cidadãos.

A democracia ateniense, com todos os seus defeitos, permitia aos que eram seus cidadãos três direitos fundamentais: a isonomia ("igualdade de direitos" ou perante a lei), a isegoria (igualdade no falar" a actual liberdade de expressão) e isocracia ("igualdade de poder", ou seja, no acesso aos cargos).

No que se refere à isegoria, diz José Ribeiro Ferreira (in A democracia na Grécia Antiga, Minerva, 1990, p. 175):
Nenhuma democracia moderna, por mais aberta que seja, concede uma liberdade de expressão tão ampla como a que se vivia em Atenas.
É lógico que eu não acredito em liberdades irrestritas e que a liberdade de expressão tem limites. Mas estabelecer esses limites é algo verdadeiramente difícil e é algo que não vousa neste momento. Mas, neste caso canadiano específico, trata-se apenas um caso de "delito de opinião". Pôr na janela de casa "Marriage = 1 man + 1 woman" não é ofensivo seja para quem for. Quem assim o pensar apenas quer eliminar o debate e não passa de um candidato a ditador totalitário (que é o que o politicamente correcto e seus sequazes são).

Numa democracia não pode haver debate sem incomodar os outros, sem mesmo por vezes os ofender (para a malta do politicamente correcto, quando os artistas se metem com a Igreja Católica isso é liberdade de expressão, quando mandam piadas aos gays é homofobia). A divergência de opiniões é inevitável e quando isso não contecer numa democracia, então deixará de ser uma democracia.

Costuma-se dizer, muitas vezes, que "o disparate é livre". Pelo vistos, no Canadá, nem isso, se por acaso algum desse disparate afectar as vacas sagradas dos lóbis LGBT, étnicos, religiosos (sobretudo se forem os muçulmanos, pois no Canadá o Catolicismo é visto como inimigo pela classe política e o sistema judicial), diversidade, multiculturalismo, etc. etc.

Uma análise de discurso de um caso concreto

Recentemente comprei um livro intitulado Da Língua e do Discurso, org. por Fátima Oliveira e Isabel Margarida Duarte. Este livro é resultante de um colóquio de linguistas em homenagem ao Prof. Joaquim Fonseca. Este professor foi o primeiro, na FLUP, já em pleno 3.º ano, a fazer-me gostar de linguística (a culpa não será propriamente dos professores dos 1.º e 2.º anos, os programas é que não ajudavam muito e, de qualquer modo, deram base fundamentais). Depois de estruturalismos e gramáticas generativas, depois de Saussure, Jakobson ou Chomsky, depois fonética, fonologia, morfologia, etc... foi bom estudar uma linguística que abordasse também o discurso (não vou agora discorrer sobre definição deste...).

Entre as 31 comunicações que compõem o livro houve uma, a de Isabel Margarida Duarte (docente na FLUP), que me chamou a atenção. A comunicação tem o título "A citação no discurso de imprensa: uma «amostra» do caso moderna" e deveria ser lido por todos os aspirantes a jornalistas e mesmos por os actuais jornalistas. A comunicação analisa em concreto um texto (uma "notícia") publicado no jornal Público, em 17 de Março de 2003, assinado por Isabel Braga e intitulava-se "A mais amnésica das testemunhas da Moderna".

Logo na introdução, Isabel Margarida Duarte diz o seguinte (destaques meus):
Tentarei mostrar [...] de que modo o jogo das citações num texto de imprensa releva, sobretudo, das intenções comunicativas do autor do texto, isto é, de que modo consiste numa estratégia argumentativa ao seu dispor. A orientação argumentativa, a actividade avaliativa do locutor citador (L1) é visível na forma como cita ourelata palavras do locutor citado (L2). Ao citar, o jornalista está frequentemente a levar a cabo uma imposição subreptícia de avaliações. Mesmo quando, na aparência, é discreta, a voz do discurso citador faz-se ouvir, mais ou menos indirectamente.
No desenvolvimento da comunicação, a autora vai desmonstrar como a jornalista vai tentar descredibilizar a testemunha (o artigo é sobre o depoimento de Jorge de Sá durante o julgamento do caso Moderna) através de vários processos (em que a citação é uma delas), ao mesmo tempo que finge objectividade (através dessa mesma citação das palavras da testemunha). Como diz a autora, o uso da citação serve para (destaques meus):
... fingir que a palavra é o espelho da realidade, que existe objectividade total, quando, como sabemos, estamos perante uma construção fictiva da realidade. A objectividade dos fragmentos citados em directo é aparente, uma vez que a selecção das citações e a respectiva inserção no texto citador revelam a atitude e a subjectividade do jornalista.
Os exemplos acumulam-se, como por exemplo o modo como a jornalista caracteriza Jorge de Sá, com um perfil profissional que chama atenção para os seus cargos na Dinensino, confrontado-o com o seu depoimento, em que alega nada saber. O tipo de verbos que utilizados e comentários valorativos (do género "ainda mais amnésica do que as outras [...], o que não é dizer pouco") também contribuem para essa descredibilização. Outros processos que criam uma aparente objectividade são também analisados.

Como conclusão, Isabel Margarida Duarte refere o seguinte (destaques meus):
A utilização de mecanismos de autentificação ou de aparente objectividade por parte do jornalista, como é o caso da citação em DD [discurso directo], ou de outro qualquer modo de relato de palavras do locutor citado, talvez faça parte da cultura jornalística, da necessidade que o jornalista tem de se defender por trás das palavras dos outros, parecendo estar a ser objectivo. Mas relatar palavras dos outros pode ter muitas intenções além desta. Aquela de que dei conta, neste texto, é a que consiste em mostrar, através das palavras do locutor citado, como esse locutor é completamente indigno do nosso crédito. E no "nosso", incluem, cumplicemente, L1, o jornalista e os leitores do jornal, cuja apreciação ética, se o texto do primeiro foi eficaz, argumentativamente, não pode deixar de ser coincidente.
Em resumo, o relato de discurso está ao dispor, nos textos de imprensa como nos de ficção, da intencionalidade comunicativa e argumentativa do relator.
[...]O relato de discurso consiste pois, não numa forma de tornar objectiva e real uma narrativa (jornalística ou literária), mas, pelo contrário, numa forma de fingir que ela é objectiva e real, ou seja, num modo de, criando instrumentos de verosimilhança, a ficcionalizar
. Um texto muito interessante de análise de um texto jornalístico com que muita gente seria capaz de aprender algo e a ler as notícias de outra maneira. Recomendo a sua leitura integral.

Contrariados, mas lá o despediram...

O Guardian demorou, mas lá acabou por despedir Dilpazier Aslam, conforme informa aqui, onde tenta explicar o historial que levou à contratação de um jornalista que é membro de uma organização islamita radical, Hizb ut-Tahrir, ilegalizada em vários países europeus, mas legal na Grã-Bretanha, que tem no seu sítio web vários textos abertamente anti-semíticos e anti-ocidentais.

O artigo que Dilzapier Aslam escreveu para o Guardian depois dos atentados é, como se pode verificar, absolutamente lamentável. De qualquer modo, acredito que, se não fosse a rápida resposta dos leitores e das blogosfera anglo-saxónica, o Guardian nunca teria despedido este "jornalista". Peças jornalísticas anti-semíticas e desculpabilizadoras do terrorismo é coisa que não falta no Guardian.

Não podia estar mais de acordo com o que disse o Fernando nesta entrada acerca deste "jornalista":
Um verme escrevinhador ousa gabar-se dos atentados de Londres nas páginas de um jornal britânico e justificá-los como actos de “petulância”. Se calhar estão bem um para o outro. Mas estão todos claramente a mais em qualquer sociedade decente que não tenha perdido os últimos vestígios de coragem e de dignidade.
Por outro lado, há uma coisa que me intriga: será que os jornais, com as suas manias politicamente correctas, não aprendem nada com os erros do passado?

Numa tentativa de aumentar a "diversidade" nas redacções os jornais contratam jornalistas vindos de diversos tipos de minorias. Mas, frequentemente, estas políticas dão "barraca", pois as pessoas que entram por este esquema não são devidamente avaliadas. Foi o que aconteceu com Jason Blair, com todas as consequências que isso teve para o NYT. Quando outros factores, para além dos profissionais, entram em jogo, a competência sai sempre a perder. Isto de considerar que a "diversidade" é sempre um ganho absoluto, seja em circunstância for é uma perfeita idiotice.

Para além de podermos também ter que discutir o próprio conceito de "diversidade"...

O Alcorão e o primado da lei

Leitura recomendada o artigo Il Corano e il primato della Legge da Magdam Allam, sobre as relações, na Europa, entre a justiça e o Islão.
I terroristi islamici hanno colpito nuovamente Londra mentre il premier britannico Tony Blair sta trattando con un gruppo di «esponenti islamici » sulle nuove misure per contrastare il terrorismo, dopo aver incassato una fatwa (un responso legale islamico) di condanna dei kamikaze dello scorso 7 luglio. In altri termini, il governo di uno Stato sovrano ha ritenuto opportuno sottoporre le proprie decisioni all'approvazione di alcuni cittadini a cui è stato attribuito in modo del tutto discutibile lo status di rappresentanti di una supposta «comunità islamica», percepita come un corpo a sé stante in seno allo Stato di diritto.

Siamo così arrivati all'Europa del «clero islamico», della fatwa e della sharia, la legge coranica. Dopo essersi distinta come retrovia logistica dei combattenti islamici in Afghanistan, Cecenia, Kashmir, Algeria, Bosnia, Palestina, Egitto, Marocco, Tunisia, Yemen, Iraq, Arabia Saudita, dopo essersi trasformata in una terra di predicazione della Jihad globale intesa come «guerra santa», dopo essersi scoperta «fabbrica di kamikaze » che si fanno esplodere fuori e dentro i propri confini, l'Europa emerge ora comeavanguardia mondiale di uno Stato teocratico islamico in nuce i cui leader sentenziano ciò che i musulmani debbono fare o meno. Tutto ciò all'interno di uno Stato di diritto dove vige un'unica legge che dovrebbe essere osservata da tutti i cittadini e residenti. Tutto ciò tra l'assenso, addirittura la compiacenza delle autorità europee, e perlopiù tra l'indifferenza dell'opinione pubblica.
Mais adiante:
Ma ci rendiamo veramente conto di quello che stiamo combinando? Stiamo legittimando il doppio binario giuridico in seno allo Stato di diritto, la legge ordinaria per gli autoctoni e la sharia per i musulmani. E' mai possibile che i musulmani per condannare il terrorismo, il massacro indiscriminato di innocenti, i kamikaze di Bin Laden, debbano obbligatoriamente far riferimento e trarre una legittimità dal Corano? Chi ha detto che i musulmani non debbano invece, al pari di tutti gli altri cittadini, far riferimento alle leggi dello Stato laico e al sistema di valori fondanti della civiltà umana che salvaguardano la sacralità della vita di tutti? E che cosa accadrebbe se in un domani, sempre facendo riferimento al Corano, gli stessi barbuti di Londra e Madrid dovessero sentenziare diversamente da quanto prescrivono le nostre leggi e contemplano i nostri valori?

Intanto noi oggi, plaudendo alla loro condanna del terrorismo nel nome del Corano, li abbiamo già legittimati come referenti giuridici, abbiamo attribuito loro un potere che abbraccia la sfera della rappresentatività religiosa e politica. Come potremmo in un domani dire loro ci andavate bene quando condannavate le bombe di Madrid e Londra, manon ci andate più bene quando osannate lebombedi Gerusalemme e Bagdad? Inoltre, una volta istituito il doppio binario giuridico, una volta accreditata la sharia in Occidente come fonte legittimante dei valori e della vita dei musulmani, come potremmo rifiutare e denunciare le fatwa emesse da altri sedicenti imam, ulema o mufti? Cosa farà l'Occidente di fronte allo scontro tra opposte fazioni islamiche che si delegittimano e condannano a vicenda a suon di fatwa?
Por mim, o autor tem toda a razão. Será que os políticos europeus (neste caso particular, os britânicos) estão a ver bem o problema em que se estão a meter?

Manutenção

Já há algum tempo que precisava de fazer uma limpeza na coluna da direita, pois havia ligações que já não levavam a lado algum. Assim, fiz uma pequena remodelação eliminado aqueles que estavam inválidos.

Aproveitei, também, para introduzir novas ligações. Destas, quero destacar o blog The Guest of Time, verdadeiramente brilhante.

Este já levou um par de patins...

Ouço o Mário Crespo dizer que José Sócrates propôs ao Presidente da República a exoneração de Luís Campos e Cunha (segundo é dito a seu pedido)...

Era de esperar, depois de ter criticado, no último sábado, uma vaca sagrada do socialismo (o investimento público), sendo patente o duplo discurso no governo a esse propósito (basta ouvir as declarações de hoje de Mário Lino), Sócrates escolheu o socialismo...

A credibilidade do governo vai pelas ruas da amargura..

Edward Heath (1916-2005)

Sir Edward Heath foi o primeiro-ministro britânico que fez a Grã-Bretanha entrar na então Comunidade Económica Europeia (juntamente com a Irlanda e a Dinamarca), naquilo que se pode considerar como o primeiro alargamento, a 1 de Janeiro de 1973.

Mas ele é também o primeiro chefe de governo britânico de que me lembro. E lembro-me que o seu mandato, para além dessa coroa de glória, foi muito conturbado na sua parte final, sobretudo pela greve de mineiros liderada por Arthur Scargill - que dez anos mais tarde tentou a mesma gracinha contra a Dama de Ferro e lixou-se, nunca o sindicato dos mineiros teve mais a força de outrora (os tempos também estava a mudar, mas a esquerda sindicalista, empedernida como é, não se deu conta disso)- e que levou às eleições de 1974 que Heath perdeu para Harold Wilson (trabalhista).

Ainda por cima o seu mandato sofre em comparação com o que Margaret Thatcher, de quem ele nunca se aproximou, conseguiu mais tarde, quando no final de década de 70 pôs os conservadores no poder por mais de uma década.

De qualquer modo, ter ouvido, hoje, a notícia da sua morte, fez-me a memória voltar a 30 anos atrás numa altura, 1973/74, em que o mundo estava também em grande ebulição.

Quanto a Edward Heath, a história há-de dar o seu veredicto sobre a sua acção política.

Os novos servos dos tempos modernos

Do sempre recomendável Ivan Rioufol, na sua coluna semanal Le Bloc-notes:
A propos du modèle français, de nouveau défendu hier par Jacques Chirac : l'emploi public a progressé de 24% entre 1982 et 2003, selon un rapport officiel diffusé lundi. Fin 2003, les fonctionnaires représentaient 5 millions de personnes, soit un salarié sur cinq. Selon les calculs de l'association des Contribuables associés, les Français consacrent 196 jours sur 365 – soit jusqu'au 16 juillet – à financer le secteur public. Ils travaillent donc un jour sur deux pour l'Etat. Commentaire de l'association : «Au Moyen Age, un homme était considéré comme serf lorsqu'il devait payer plus de 40 jours à son seigneur».
A França sempre orgulhosa da sua herança bonapartista.

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