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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Fim, pelo menos por enquanto...

A minha crescente falta de tempo não podia deixar de ter como consequência um certo abandono do blogue como se verificou nos últimos dias. Ora, eu entendo que num blogue individual é absolutamente necessário publicar diariamente ou quase sempre diariamente e isso muito dificilmente acontecerá nos próximos tempos.

Por esse motivo, tomei a difícil decisão de suspender este blogue. De qualquer forma esta decisão não marca o meu abandono da blogosfera, visto que continuarei a escrever n' O Insurgente e, a outro nível, no meu outro blogue Humanae Litterae, onde espero publicar, pelo menos semanalmente, alguns artigos que estão em preparação.

A todos os que me visitam, obrigado. Continuaremos a nos vermos (lermos)...

Estado de graça

Segundo a TSF os portugueses estão satisfeitos com José Sócrates e, segundo Miguel Coutinho, ouvido pela TSF, o governo está em estado de graça.

Que o governo esteja em estado de graça por parte da população, parece-me absolutamente normal. Afinal foi o povo que lhe deu a maioria absoluta e, por outro lado, o governo até agora também ainda não teve tempo para fazer fosse o que fosse.

Só espero é que o estado de graça dado pelo povo não se estenda também à comunicação social. Não que advogue comportamentos agressivos como aquele que os media tiveram em relação a Santana Lopes (apesar deste ter potenciado este comportamento com alguns erros). Espero é que a comunicação social não comece a deixar passar, ou branquear, situações que, se fossem com o PSD, era motivo para desatarem para aí aos gritos estridentes.

Bem, mas se isso acontecer, para isso estão cá os blogs.

Impropérios de Sexta-Feira Santa

V/. Popule meus, quid feci tibi? aut in quo contristavi te? Responde mihi.
V/. Quia eduxi te de terra Aegypti, parasti crucem Salvatori tuo.

C/. Agios o Theos!
Sanctus Deus!
Agios ischyros!
Sanctus fortis!
Agios athanatos, eleison ymas.
Sanctus immortalis, miserere nobis.

V/. Quia eduxi te per desertum quadraginta annis, et manna cibavi te, et introduxi te in terram satis bonam: parasti Crucem Salvatori tuo. C/. Agios o Theos!

V/. Quid ultra debui facere tibi, et non feci? Ego quidem plantavi te vineam meam speciosissimam: et tu facta es mihi nimis amara: aceto namque sitim meam potasti: et lancea perforasti latus Salvatori tuo. C/. Agios o Theos!

V/. Ego propter te flagellavi Aegyptum cum primogenitus suis: et tu me flagellatum tradidisti.

R/. Popule meus, quid feci tibi? aut in quo contristavi te? Responde mihi.

V/. Ego eduxi te de Aegypto, demerso Pharaone in Mare Rubrum: et tu me tradidisti principibus sacerdotum. R/. Popule meus.

V/. Ego ante te aperui mare: et tu aperuisti lancea latus meum. R/. Popule meus.

V/. Ego ante te praeivi in columna nubis: et tu me duxisti ad praetorium Pilati. R/. Popule meus.

V/. Ego te pavi manna per desertum: et tu me cecidisti alapis et flagellis. R/. Popule meus.

V/. Ego te potavi aqua salutis de petra: et tu me potasti felle, et aceto. R/. Popule meus.

V/. Ego propter te Chananaeorum reges percussi: et tu percussisti arundine caput meum. R/. Popule meus.

V/. Ego dedi tibi sceptrum regale: et tu dedisti capiti meo spineam coronam. R/. Popule meus.

V/. Ego te exaltavi magna virtute: et tu me suspendisti in patibulo Crucis. R/. Popule meus.


Tomás Luis de Victoria (1540-1613)
(pdf)

Devagar, devagarinho...

...mas não parado é como anda este blogue ultimamente. A culpa é do trabalho que não me larga (e ainda bem). Mas, prometo, logo que possa, vou voltar a publicar qualquer coisinha com maior regularidade.

No entanto, não quero deixar de notar que o país parece continuar numa espécie de "estado em suspensão". Aparentemente, nada se mexe, nada se passa no país. Espero que seja apenas um impressão minha.

Ambicioso e entusiasmante?

David Pontes, director-adjunto do Jornal de Notícias, escreve na secção "Fio de terra" (sem ligação):

Não vale a pena estarmos com meias-medidas: o texto de 20 páginas que José Sócrates leu ontem no Parlamento é um ambicioso e entusiasmante programa de Governo. Ambicioso, porque traça metas bem definidas para tarefas difíceis. Entusiasmante, porque depois de mais de dois anos em que o discurso dominante foi de recriminação do passado e de contenção no presente, as palavaras (sic) de Sócrates vêm cheias de futuro.

Deixando passar o tom panegírico que vem sido habitual na imprensa acerca do governo de Sócrates, eu que ouvi, isto é, que me dei ao trabalho de ouvir um longo e chato discurso pronunciado por Sócrates, não me dei conta destas duas características. Defeito meu? Má-vontade minha em relação ao homem? Talvez.

De facto, Sócrates enunciou uma data de coisas, com uns sound-bytes pelo caminho (as férias judiciais, por exemplo), mas nem uma palavra sobre como conseguir os meios financeiros para sua realização.

Por outro lado, bem pode ter falado no futuro, mas sem a sustentação necessária, é mais ou menos como andar a construir castelos na areia.

Isto é, para mim, Sócrates não disse nada de especialmente digno de registo, limitou-se a dar o rol de coisas que quer fazer (mas que se calhar não sabe como, nem como vai arranjar dinheiro para elas), mas a comunicação social em geral (ver, p. ex., António José Teixeira) ficou em extâse, maravilhada por tanto palavreado oco.

Enfim, cá espero para ver o que o governo realmente faz.

Ode da Primavera

Foram-se as neves e aos campos já a relva regressa
e às árvores a folhagem;
a terra muda a sua face, e, deixando as margens,
os rios decrescem.

Uma Graça mais as duas irmãs, nuas, ousam dançar
com as Ninfas.
Não esperes pela imortalidade, adverte-te o ano e a hora
que arrebata o dia criador.

Ao sopro dos Zéfiros, abranda o frio; à Primavera sucede
o Verão parecedouro, e logo
o copioso Outono espalhará seus frutos; de seguida
a bruma inerte regressa.

Porém o suceder das Luas depressa repara os danos vindos do céu.
Mas nós, logo que tombamos
no lugar onde está o piedoso Eneias, o opulento Tulo e Anco,
mais não somos do que pó e sombra.

Quem sabe se à soma dos dias de hoje
juntarão os deuses supernos as horas de amanhã?
Das mãos ávidas do teu herdeiro se escaparão todos os bens
com que o teu ânimo regalaste.

Uma vez morto e ao magnífico julgamento
de Minos submetido,
nem linguagem, nem eloquência, nem piedade,
te farão viver.

Das infernais trevas, nem Diana liberta
Hipólito casto,
nem Teseu das cadeias do Letes consegue soltar
o caro Pirítoo.

Horácio, Odes IV.7 (trad. Maria Helena da Rocha Pereira)

Um artigo esclarecedor

Via Political Correctness Watch cheguei à leitura deste artigo que fornece, talvez, argumentos mais do que irrefutáveis para recusar a ideia de institucionalização do "same-sex marriage". Bem sei que o problema ainda não se pôs em Portugal, mas não tardará muito...

Como diz o autor, não está em causa uma questão de direitos do hmossexuais, mas uma tentativa de modificar completamente a noção tradicional de casamento de modo a fazer com que ela pareça algo de completa impensável e politicamente incorrecta.

Feminismo e ciência: incompatíveis? - parte II

Na sequência desta minha entrada Feminismo e ciência incompatíveis?, aconselho a leitura deste artigo que põe, nesta questão, os pontos nos ii.

Pelos vistos ainda há esperança. A defesa dos direitos da mulher, como por exemplo a sua não discriminação, não tem que ser incompatível com a ciência. Ainda bem.

O problema é que há muita gente, neste campo, sobrepõe a ideologia à ciência.

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