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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Desejo (act.)

Gostava amanhã de abrir o jornal e ler "Fernandez já não mora aqui".

Post scriptum (às 21h05). Parece que os deuses do Olimpo me concederam este primeiro desejo. Já agora aditanto o meu segundo e terceiros desejos: vencer o Campeonato e a Liga dos Campeões. Serei demasiado ambicioso?

Decadência moral ou regressão?

Que dizer desta notícia?

Não sou daqueles que anda para aí a clamar pela decadência da moral actual quando comparada com a de antanho. Afinal a queixa sobre a decadência dos valores vem já da Antiguidade; parece que há sempre uma saudade por um passado de ouro (verdadeiro ou mitificado...). Por isso não alinho nesse tipo de choradeiras.

Mas, todavia, notícias como esta levam-nos a pensar que algo vai mal no "Reino da Dinamarca", mesmo quando esta "Dinamarca" se chama Alemanha e uma Alemanha governada por sociais-democratas e verdes.

Em nome de um politicamente correcto estúpido, que quer considerar como igual aquilo que efectivamente é diferente, não estarão os direitos e a dignidade das mulheres (no caso específico desta notícia) postos em causa?

Já não é a primeira vez que estas idiotices "pc" põem em causa os direitos individuais, consagrando uma efectiva regressão na história da Humanidade.

As sementes do ódio

Uma ONG norte-americana, Freedom House, através do seu Center for Religious Freedoom acusa a Arábia Saudita de propagandear o ódio nas mesquitas dos Estados Unidos, segundo o seu relatório Saudi publication on hate ideology fill American Mosques, publicado na passada sexta-feira.

Os sítios Little Green Footballs e Laïc Info fazem um resumo dos pontos principais da acusação aos sauditas.

Sem dúvida que um dos problemas fulcrais do terrorismo islâmico tem origem na Península Arábica. Considerações geo-políticas não têm permitido enfrentar este problema, mas talvez seja altura das democracias ocidentais deixarem-se de paninhos quentes.

Sunday bloody sunday

Yes...

I can't believe the news today
Oh, I can't close my eyes
And make it go away
How long...
How long must we sing this song?
How long? How long...
'cause tonight...we can be as one
Tonight...

Broken bottles under children's feet
Bodies strewn across the dead end street
But I won't heed the battle call
It puts my back up
Puts my back up against the wall

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

And the battle's just begun
There's many lost, but tell me who has won
The trench is dug within our hearts
And mothers, children, brothers, sisters
Torn apart

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

How long...
How long must we sing this song?
How long? How long...
'cause tonight...we can be as one
Tonight...tonight...

Sunday, Bloody Sunday
Sunday, Bloody Sunday

Wipe the tears from your eyes
Wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
Oh, wipe your tears away
(Sunday, Bloody Sunday)
Oh, wipe your blood shot eyes
(Sunday, Bloody Sunday)

Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)
Sunday, Bloody Sunday (Sunday, Bloody Sunday)

And it's true we are immune
When fact is fiction and TV reality
And today the millions cry
We eat and drink while tomorrow they die

(Sunday, Bloody Sunday)

The real battle just begun
To claim the victory Jesus won
On...

Sunday Bloody Sunday
Sunday Bloody Sunday...

U2 (War - 1983)

Eleições no Iraque

Apesar dos esforços dos media - só para dar um exemplo, acordei de manhã com a TSF a dizer que os terroristas (eles chamam-lhe "resistência") estavam a cumprir a ameaça de tornar este dia num banho de sangue - os iraquianos foram a votos (embora haja quem pense que só "alguns" o foram ) em números mais do que aceitáveis.

Como de costume, a cobertura noticiosa pelos meios tradicionais foi suficientemente enviesada, pelo que quem quiser saber algo mais concreto tem que recorrer à Internet. Bem, mas isso é algo que nos últimos tempos se tem tornado imprescindível. Os media tradicionais deixaram de ter o monopólio da verdade.

A maioria dos ataques ocorreram em Bagdad ou em zonas de maioria (ou um grande número) de sunitas (e mesmo assim, não em todo o lado). Na maioria do Iraque as eleições decorreram sem problemas de maior. Será que os jornalista não vêem para além de Bagdad e daquela zona central? Será que 3/4 do país não interessa para nada?

Penso que, apesar de tudo, as eleições correram muito melhor do que se poderia esperar (sobretudo para quem só tiver informação através dos media)?

Dilema?

Vital Moreira mostra-se preocupado com o dilema dos militantes sociais-democratas que não sendo particularmente adeptos de Santana queiram restaurar no partido uma alternativa de poder responsável. Neste caso, que caminho deveria seguir esses militantes.

No entanto, penso que Vital Moreira parte de uma premissa errada: a de que do lado do PS há uma alternativa de poder mais credível do que a de Santana Lopes. Ora como se sabe o PS de Sócrates não é uma alternativa mais credível do que a de Santana. Pode parecê-lo, mas não é. E se o PS for governo, teremos rapidamente a prova.

Acredito que um governo Santana Lopes saído das eleições será, apesar de tudo, melhor do que qualquer governo saído do PS de Sócrates. Por isso, não tenho nenhum dilema. Não gosto de Santana como chefe do meu partido, mas voto sem qualquer peso na consciência.

Obra de arte

A 8 de Janeiro, falei aqui do caso da Figueira da Foz e do lavatório cujos cacos foram para ao lixo atirados por uma funcionária de limpeza.

Hoje o Jornal de Notícias, na sua secção Cultura, volta a falar no assunto. Em caixa, Paulo Cunha e Silva, director do Instituto das Artes, diz o seguinte:

A obra de arte deixou de ter legitimidade por si - é o artista que lhe confere esse estatuto. Além de vir complementar o anedotário da arte contemporânea, a sucessão deste tipo de equívocos acabou por introduzir uma questão muito interessante, a do conflito entre as obras de arte e o próprio Mundo. O senso comum orquestra a perplexidade e a resistência para rejeitar determinadas criações. A ideia de que não passam de lixo - ou que poderiam ter sido concebidas por qualquer um - acaba por dissolver a aura de objecto artístico e restituí-lo para o local onde ele deve estar. A realidade. O lixo. Em última instância, esse cidadão delimita as fronteiras - que, entretanto, se terão diluído - do conceito de museu enquanto caixote do luxo e não caixote do lixo. O problema é que essas obras de arte não foram concebidas por esse anónimo, que não tem estatuto de legitimação. Esse esforço só pode ser exercido pelo artista, designação conferida, nomeadamente, pelo crítico de arte e pela própria sociedade. No final, a questão deixou de ser "o que é uma obra de arte?", mas, antes, "o que é um artista?".

Tal como na literatura, não acredito numa definição essencialística da obra de arte em geral, mas também não acredito no extremo oposto.

Vítor Manuel Aguiar e Silva (in Teoria da Literatura, Almedina, 8.ª ed., p. 33), depois de considerar que:

(...) a obra literária só adquire efectiva existência como obra literária, como objecto estético, quando é lida e interpretada por um leitor, em conformidade com determinados conhecimentos, determinadas convenções e práticas institucionais.

Diz o seguinte na p. 34:

Julgamos, todavia, que o reconhecimento da verdade daquele princípio não implica a minimização e até a destruição da obra literária como estrutura artística relativamente autónoma, passando-se do extremo representado pela "falácia objectivista" denunicada por Earl Miner para o extremo da "falácia cognitivista" advogada pelo mesmo autor (...).

Apesar de nunca me ter debruçado sobre este problema na arte em geral, penso que o afirmado por Aguiar e Silva em relação à literatura também poderá ser válido para as outras artes. Talvez por isso, relativamente a este tipo de arte contemporânea, mais as suas manias da "performance", tenho muito dificuldade de considerar isto como arte. Se calhar estou errado, mas não basta alguém considerar-se como artista para que eu considere que o que ele faz é obra de arte (mesmo sabendo eu dos conceito e conveções, etc. que subjazem a esse tipo de arte).

Carlos Magno

No meu outro blogue, Humanae Litterae, assinalando os 1191 anos da morte de Carlos Magno, um artigo com uma tradução minha de um dos capítulos da Vita Karoli Magni.

Desde já aviso, tipo captatio beneuolentiae, que não sou um latinista, mas apenas alguém que, sendo tradutor profissional, gosta muito, partir do que aprendeu nos dois anos de Latim na Faculdade, fazer experiências de tradução nesta língua.

Sondagens

Toda a gente sabe que elas valem o que valem e que, depois, no dia das eleições, as pessoas indecisas costumam raciocinar de modo diferente quando vão votar. Afinal, por exemplo, embora não me tivesse na altura preocupado muito com o assunto (sabia que nunca votaria no Fernando Gomes), não conheço sondagem que tenha dado vitória ao Rui Rio aqui no Porto nas últimas autárquicas.

De qualquer modo, apesar de não me fiar muito nelas, parace-me altamente errado atacá-las como o fez Santana Lopes. Não sei se não será mesmo contraproducente, pois parece a birra de um menino com mau perder.

Numa metáfora futebolística, o jogo ainda vai a meio e não são os assobios do público e da claque adversária que podem impedir uma equipa de ganhar. Santana têm é que jogar bem e, neste caso, não se esquecer que o seu principal adversário é o PS e ninguém mais. Todos os outros não contam para o Totobola.

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