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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

QVO VADIS GALLIA?

No Jornal de Notícias de hoje, leio uma pequena notícia que acaba assim:

O ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Michel Barnier, exigiu, porém, a participação na conferência do "conjunto das forças políticas (iraquianas)", incluindo "aquelas que escolheram resistir pelas armas", bem como a inscrição na ordem do dia da "questão da retirada" das forças presentes no Iraque.

Se ontem aqui critiquei a possibilidade da Itália ter pago um resgaste pelas duas Simona, a política da França desde o rapto dos seus jornalistas é cada vez mais errática e, mesmo, estúpida. Será que Barnier, numa conferência da UE, também quererá a participação de, por exemplo, do movimento de libertação da Córsega, da ETA ou do Real IRA?

A chamada resistência iraquiana não quer saber do seu próprio povo, pois se quisssse bem ao povo não matava 37 crianças como o acabou de fazer esta manhã.

Chirac e o seu governo, com algumas honrosas excepções, vivem noutro planeta e estão completamente desligados da realidade. Enfim, espero, mas sem muita certeza disso, que Chirac acabe o mandato com alguma dignidade.

Inquietações

O dia está mau para dar muita atenção ao blog, pois as traduções acumulam-se e é preciso dar saída.

De qualquer modo não queria deixar de comentar a libertação das duas Simona, facto feliz, sem dúvida. Mas, uma inquietação fica no ar: terá o governo italiano pago um resgaste de 1 milhão de dólares? É que se pagou, não sei se terá sido uma boa opção. No programa da France 5, C dans l'air, o correspondente em Bagdad dava conta da inquietação de todos os estrangeiros civis a viverem no Iraque que, a partir de agora, e a ser verdade o pagamento do resgaste (que em Bagdad ninguém duvidava), poderiam ser considerados pelos vários grupos (desde terroristas a simples bandidos) como dinheiro em caixa. A vida poderá tornar-se mais difícil. Vamos a ver como evolui a situação.

28 de Setembro de 1974

Esta data diz alguma coisa aos meus leitores? Ainda se lembram do que aconteceu há 30 anos?

Pois bem, há precisamente 30 anos, o processo revolucionário português começava a virar decididamente à esquerda, viragem consumada em 11 de Março de 1975 e travada pelo 25 de Novembro de 1975.

Na sequência da chamada manifestação da Maioria Silenciosa, a esquerda e extrema-esquerda montou barricadas por todo o país, embora concentrando-se sobretudo em Lisboa, radicalizando o clima político do país. Spínola demitiu-se e Costa Gomes passou a ser o novo presidente da República. Começaram a ser tomadas medidas socializantes e o país começa a ficar cada vez mais agitado. Enfim, ia começar o desvario revolucionário...

"a nation of ankle-bitters"

Quem será esta nação? Bem, se não o sabem, é a blogosfera e quem o diz é um tal Steven Levy que tem uma coluna na Newsweek (cheguei a este senhor através do Instapundit).

E porquê? Desconfio que este Levy está com inveja e raiva pela blogosfera, actualmente, conseguir verificar em quase tempo real a veracidade e autenticidade das notícias veículadas pelos "big media".

O que gente como esta lamenta é a perda de monopólio dos media tradicionais que apenas publicavam a histórias que, nos elevados critérios de editores e jornalistas, mereceriam essa publicação. Agora, isso já não é possível, pois como se provou neste Verão, os blogs americanos conseguiram ser eles a promover a agenda em alguns assuntos e os media tiveram que os seguir.

Por outro lado, os blogs permitem que qualquer possa publicar a sua opinião sem passar pela censura editorial de um qualquer media, podendo-se fazer a correcção ou a desmontagem de um qualquer artigo sem precisar de um meio convencional.

E isso leva a que as notícias publicadas pelos media estejam sobre o escrutínio muito mais apertado, pois os milhares e milhares de bloggers têm, reunidos, competências e conhecimentos técnicos que permitem a contestação ou refutação de algumas notícias (ver o caso do Rathergate).

O que o artigo de Steven Levy demonstra é o desconforto que os media tradicionais sentem perante a capacidade de escrutínio e verificação que os bloggers demonstram e que põem fim ao monopólio noticioso.

De todo o modo, os meus comentários não significam que eu pense como desejável o fim dos media tradicionais. Isso é totalmente impossível e indesejável. Desejável é que os media tomem em devida conta que actualmente terão que ter padrões muito mais elevados na forma como fazem jornalismo, pois a partir de agora têm pessoas cuja opinião pode chegar as milhares de pessoas em todo o mundo bastando para isso ter um computador e um modem.

Post scriptum. Por estes exemplos do Blasfémias se pode ver como os blogs fazem com que os media tenham que ser muito mais exigentes com o que escrevem.

Más notícias para o Bloco...

... pois não é que a realidade parece desmentir, uma por uma, todas as suas alegações e certezas?

No Libération de hoje, numa entrevista, o jornalista Jonathan Randall afirma que:

Il est de bon ton de dire que les Américains ont fabriqué Ben Laden. Ce n'est pas vrai. Comme souvent, c'est la négligence et un enchaînement d'événements...

Como o jornalista do Libération descreve que o livro que Randall escreveu sobre Bin Laden é o mais completo e o mais rigoroso que se escreveu até hoje sobre o famoso terrorista, penso que esta opinião será mais qualificada do que a de qualquer Louçã, Rosas ou Portas (Miguel).

De qualquer modo aconselho a leitura da breve entrevista que acho perfeitamente elucidativa.

Afinal o campeonato ainda não tinha acabado

Pelos lados da Luz andava uma estranha euforia. Após três jornadas da SuperLiga, já pensavam estar em Maio com o campeonato ganho.

Parece-me que o jogo de hoje com pôs as coisas numa perspectiva mais realística. O Benfica não tem ainda uma grande equipa.

Só falta o Porto acertar uns pormenores e lá para fins de Outubro estaremos instalados no comando sem problemas...

Sócrates no PS

Bem, ao fim deste tempo todo, lá temos um secretário-geral do PS. Sócrates ganhou por muitos (verdadeira cabazada), ficamos a saber que a esquerda do PS (a pura e dura e que pensa ainda em termos de facismo e anti-facismo) tem cerca de 17% e que a família Soares não mete medo a ninguém no PS.

De qualquer modo, quem neste momento deve estar a amaldiçoar o presidente Sampaio ainda com maior vigor são aqueles rapazinhos e rapariguinhas do BE, pois se com eleições antecipadas com o PS de Ferro ainda poderia ter esperanças de chegar ao poder, com o PS de Sócrates, à partida, isso está-lhes vedado. A oportunidade do século foi perdida. E isso eles nunca perdoarão a Sampaio...

Ah, é verdade, voltemos à vaca fria. Sócrates tem o PS na mão (ou será o aparelho do PS que tem Sócrates na mão?) e vamos lá ver agora o que é que se vai passar. Conseguirá mostrar ideias diferentes. Não aposto muito, mas a ver vamos. Este é o primeiro dia do resto da vida dele...

Quem foi que disse isto?

"We know we can't count on the French. We know we can't count on the Russians. We know that Iraq is a danger to the United States, and we reserve the right to take pre-emptive action whenever we feel it's in our national interest.".

George W. Bush? wrong answer.

Quem terá sido o autor desta afirmação terá sido John Kerry, segundo Peter King, um republicano de Nova Iorque, que participou com Kerry num "Crossfire" da CNN em 1997.

O que terá mudado desde então? Ah! já sei... o presidente dos EUA em 1997 era Bill Clinton esse bem-amado das esquerdas mundiais.

Kerry já tem na América a fama de dizer uma coisa e o seu contrário, mas cada vez mais se vê que ele não tem qualquer ideia na cabeça.

Anti-semitismo?

A França não quer passar por anti-semita e até diz que tem uma legislação bastante avançada para prevenir esses casos. Todavia, depois acontece casos como este.

Se chamar "sale juif" e desejar que ele vá arder para Israel não é anti-semitismo, então o que será? Nem era preciso uma lei específica sobre o anti-semitismo, pois trata-se de uma expressão que refere especificamente o carácter rácico do oponente. Enfim, francesices...

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