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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Margaret Thatcher

A 5 de Maio, fez 25 anos que Margaret Thatcher se tornou primeiro-ministro da Grã-Bretanha, substituindo o trabalhista James Callaghan.

No noticiário das 0h00 da SIC Notícias, já hoje, ao referirem a efeméride, o texto parecia ter sido escrito por um Louça ou Carvalhas (que neste aspecto não se diferenciam muito), pois falou nas suas "políticas ultra-liberais" (com toda a conotação negativa que lhe dão), as "privatizações" (supostamente negativas) e a alegada redução dos "subsídios sociais". Se isto não é um catálogo de malfeitorias que a esquerda radical costuma atribuir ao "neo-liberalismo", então não sei o que é. Sei é que não é de certeza uma apreciação isenta dos 11 anos de governo da Sra. Thatcher.

Provavelmente esta gente não sabe que a Grã-Bretanha em 1979 era um país profundamente depressivo. Os governos trabalhistas, primeiro liderados por Harold Wilson e depois por James Callaghan, não conseguiram tirar o país das crises que as crises petrolíferas de 1973 e também a de 1979 a mergulharam. Também não conseguiram resolver o problema social, em que o governo era fortemente influenciado pelos sindicatos, causa da queda do conservador Edward Heath em 1973, como os dos transportes e o dos mineiros.

As empresas nacionalizadas eram monstros ingovernáveis e o país também. A Grã-Bretanha tinha sido ultrapassada por várias nações europeias, como, por exemplo, a Itália (muitíssimo mais pobre antes da 2.ª Guerra).

Eu sei que a Maggie, juntamente com o Ronnie, provoca grande irritabilidade à esquerda, pois não suportam, apesar de todos os erros também cometidos, o facto destes dois governantes terem acabado com as experiências de socialismo real da União Soviética e satélites, tendo-os levado à falência, e com uma política firme, sem cedências em matérias essenciais.

Isso, a esquerda, mesmo aquela reciclada, nunca lhe perdoará.

Boas-vindas

Embora atrasado não quero deixar de referir aqui a grande contratação que a direita da blogosfera fez esta semana: nada menos nada mais do que Vasco Rato. Há alguns assuntos em que não estou de acordo com ele, mas é sem dúvida um homem que sabe o que diz. Aliás os barnabés começaram logo a espernear. Isto quer dizer que o Vasco já começou a incomodar.

Parabéns ao Paulo Pinto de Mascarenhas pois o seu O Acidental está cada vez melhor.

Vamos falar de cinema e censura,...

... isto é, de Griffith. Não conheço muito da cinematografia de Griffith, mas vi o Intolerance e é, sem dúvida, um dos grandes filmes que alguma vez vi.

Só que o génio de Griffith tornou-se um génio maldito porque não caiu no goto dos "liberais" (no sentido americano) dos EUA, sobretudo pelo filme The birth of a nation. João Bénard da Costa explicou tudo isto na sexta-feira passada no Público.

Como o artigo será retirado dentro de 48 horas, vou passá-lo no que diz respeito a Griffith:

3 - Mas se me puxou o pé para esta conversa foi porque começou hoje, na Cinemateca, uma muito aguardada retrospectiva Griffith. Começou com um dos seus filmes mais famosos: "The Birth of a Nation" (1915), de que é costume dizer-se que marcou o nascimento de uma arte e de uma indústria. A arte do cinema, nunca antes elevada a tais píncaros e que raramente os conheceu tão altos no futuro. A indústria cinematográfica, pois que foi o primeiro filme que, com uma duração de 3 horas e 5 minutos e o custo, inacreditável para a época, de 110 mil dólares, rendeu de lucro líquido 4 milhões de dólares, coisa de fazer empalidecer de raiva os nossos lusos aprendizes de indústrias de hoje, que para aí andam na vozearia do costume.

Foi também o primeiro filme que pôs meia América a discutir com outra meia, pois que o ponto de vista de Griffith, sobre o que aconteceu nos estados do Sul após a Guerra da Secessão, horrorizou liberais e deleitou reaccionários. Chamaram-lhe racista, chamaram-lhe tudo. Griffith publicou em sua defesa um manifesto chamado "The Rise and Fall of Free Speech in América", mas passou o resto da vida a tentar redimir-se da tenebrosa fama que os progressistas americanos lhe arranjaram.

Muita água correu sob as pontes. Filmes mudos deixariam de ser vistos. Griffith terminou a carreira em 1931 e morreu em 1948. O escândalo de "The Birth of a Nation" parecia bem sepultado.

Mas, nos anos 70, esses filmes julgados inválidos para o comércio reapareceram em deslumbrantes restauros e foram relançados com pompa e circunstância e acompanhados por orquestras ao vivo, como se usava quando foram feitos. Tudo muito bem, já que era quase unânime a aceitação de genialidade de Griffith, ou de Griffith "como o maior", até que se chegou a "The Birth of a Nation". E, quando se anunciou que o filme ia ser reposto com o mesmo aparato, caiu o Carmo e a Trindade, ou seja, as comunidades negras norte-americanas. Recuperar essa monstruosidade racista, esse filme com brancos pintados de preto, só bons quando apatetados e vilões quando de vara na mão? A polémica de 1915 reacendeu-se em 1985 com muito mais estrétipo e com muito mais ódio. A tal ponto que nenhuma Cinemateca americana ousou apresentar o filme em versão concerto, apesar de ser dos raros casos em que a partitura original se conservou.

A primeira vez em que o filme foi assim mostrado foi em Portugal (Lisboa e Porto) em 1995. Não acreditam? Juro-vos que é verdade. E mesmo assim, a maestra americana - Gillian Anderson - que recuperou a partitura e, com a ajuda do britânico Nicholas Mc Nair, a executou no CCB e no Carlos Alberto, achou-se no dever de preceder tão históricas sessões com um discurso em que disse que, ao rever o filme, não podia calar a sua repulsa e o seu nojo perante tão repugnante racismo, que devia merecer de todos a mesma visceral condenação. Não discutia que "The Birth of a Nation" fosse uma obra-prima, mas era uma obra-prima maldita devido à danada ideologia do seu autor.

Ou seja, quase 90 anos depois da estreia mundial (essa estreia que tão comoventemente Peter Bodganovich recriou em "The Nickelodeon") "o filme em se que fundou uma arte" continua a ser, pelo menos na América, um filme proscrito e um filme censurado.

Na altura, zanguei-me a sério com a "maestrina". E perguntei-lhe que pensava ela do género por excelência do cinema americano, o "western", onde os índios são sempre maus e os "cowboys" são sempre bons. Respondeu-me que índios já os não havia e os negros estavam no Governo americano e, mais dia menos dia, na Casa Branca. Não se deu conta que a resposta fundamenta a censura. Hoje, como ontem, arma de todas as correcções contra todas as incorrecções.

Mudam estas, não mudam aquelas. Estou a dar vivas ao Klu-Klux-Klan? Se é isso que pensam, absolvam depressa os coronéis da Rua da Misericórdia. Eu, por mim, tenho tão pouca misericórdia por eles como pelos que me querem fechar os olhos para a cavalgada final de Lillian Gish e Henry B. Walthall, rodeados por embuçados de branco no nascimento de uma nação.

O politicamente correcto é uma coisa absolutamente abjecta e é sem dúvida uma outra forma de censura. Uma censura que quer eliminar os desalinhados. Tal como Bénard da Costa pergunto: então, onde está a diferença para a velha censura? O politicamente correcto é o pensamento único. É preciso, sempre, mas semore, denunciá-lo sob todas as formas, concordemos ou não com as ideias expressas pelos autores.

Eu gostei de ver (até já o vi por várias vezes) o Ivan Grosnyi (Ivan, o Terrível) de Eisenstein em que se faz a apologia de Estaline (sobretudo a 1.ª parte). Não é por isso que deixo de ter uma grande admiração por este filme. Mas, sobretudo para a esquerda (e também para alguma direita) esse exercício é impossível.

A patrulha ideológica do politicamente correcto nada perdoa e decreta o seu index de obras que não se podem ler, ver ou ouvir e que são demonizadas. Nos EUA a situação é particularmente má, com muitos grupos designados como de "defesa dos direitos/liberdades civis" a tentarem coarctar a liberdade de expressão a tudo que não se conforme ao "politicamente correcto". O exemplo dado por Bénard da Costa é elucidativo, mas está longe de ser único.

A isenção dos diplomatas...

Lembram-se da carta que 52 ex-diplomatas britânicos escreveram a Tony Blair criticando a política do governo britânico em relação aos países árabes e ao conflito do Médio-Oriente?

Pois os ditos ex-diplomatas "esqueceram-se" de mencionar os seus próprios interesses no assunto, estando grande parte deles envolvidos em companhias que procuram contratos no Médio-Oriente e outros fazendo parte de organizações pró-árabes.

Segundo esta notícia do The Telegraph (destaque meu):

Some of the most prominent former diplomats who condemned Tony Blair's policies in the Middle Eats have business links with Arab governments, The Telegraph can reveal.

In a letter published last week, 52 former British diplomats condemned the invasion of Iraq and the Government's support for Israel.

The letter failed to disclose, however, that several of the key signatories, including Oliver Miles, the former British ambassador to Libya who instigated the letter, are paid by pro-Arab organisations.

Some of the others hold positions in companies seeking lucrative Middle East contracts, while others have unpaid positions with pro-Arab organisations.

The disclosure last night prompted allegations - denied by the diplomats - that they were merely promoting the interests of their clients. Andrew Dismore, the Labour MP for Hendon, said: "If an MP had made statements like these without declaring an interest in the subject they would have been before the standards and privileges committee we would have had their guts for garters.

"This casts a very different light on what the former diplomats have said."

De facto...

Ah!... hoje foi dia de cortejo

Ainda bem que hoje não tive que me deslocar para o centro do Porto, pois com o cortejo da Queima aquilo deve ter sido uma bagunçada das grandes.

Sinceramente pergunto-me a mim mesmo qual é o interesse do cortejo. Não percebo, nunca percebi, nunca participei e mais, nunca me trajei nos cinco anos que passei na FLUP (também já não tinha nem idade, nem paciência para isso). Nunca praxei, mas também nunca fui praxado. Tudo isso é de uma infantilidade atroz.

Que houvesse uma semana de festejos antes das frequências e exames de fim de ano, muito bem. Mas, tal como as coisas são, parece-me uma idiotice completa. E depois, parar o centro de uma cidade... só no terceiro mundo.

26 de Maio de 2004

Espero que esse dia seja tão fabuloso como o de 27 de Maio de 1987. Então o Bayern caiu aos nossos pés por 2-1, após uma 2.ª parte espectacular. Seja o Mónaco, seja o Chelsea, não vem muito para o caso, agora importa é vencer.

Por isso, para celebrar a vitória de hoje, parece-me apropriado apresentar aqui este poema de Pedro Homem de Mello dedicado ao F. C. Porto:

ALELUIA

Dúvida? Não. Mas, luz, realidade
e sonho que, na luta, amadurece.
- O de tornar maior esta cidade.
Eis o desejo que traduz a prece.
Só quem não sente o ardor da juventude
poderá vê-la, de olhos descuidados.
Porto - palavra exacta. Nunca ilude.
Renasce, nela, a ala dos namorados!
Deram tudo por nós estes atletas.
Seu trajo tem a cor das próprias veias
e a brancura das asas dos poetas...
Ó fé de que andam nossas almas cheias!
Não há derrotas quando é firme o passo.
Ninguém fale em perder! Ninguém recua...
E a mocidade invicta em cada abraço
a si mais nos estreita. A pátria é sua.
E, de hora a hora, cresce o baluarte!
Lembro a torre dos Clérigos, às vezes...
Um anjo dá sinal quando ele parte...
São sempre heróis! São sempre portugueses!
E, azul e branca, essa bandeira avança...
Azul, branca, indomável, imortal.
Como não pôr no Porto uma esperança
se "daqui houve nome Portugal"?

                      Pedro Homem de Mello

A credibilidade da ONU

Interessante esta notícia da CNN. Os países anti-democráticos estão cada vez mais representados na ONU. O Sudão, apesar do genocídio praticado pelo governo (árabe) contra as populações cristãs e animistas do sul (negras) e as populações muçulmanas (mas negras) do Darfur, vai manter o seu lugar na comissão de direitos humanos da ONU.

É claro que os blogs de esquerda que por aí pululam preferem berrar contra Israel e o alegado genocídio contra os palestinianos. No entanto, denunciar verdadeiros genocidas como estes do Sudão, não vi muitos (uma ou outra excepção).

É que a política moralista, usada sobretudo contra as democracias ocidentais, tem uma finalidade política e não moral: derrubar a democracia representativa que, para muitos deles (não digo todos, o chamado socialismo democrático normalmente não participa, pelo menos explícita e conscientemente nesta farsa), é o verdadeiro inimigo pois ele impede-os de alcançar as utopias sonhadas (que como se sabe levaram ã milhões de mortos).

Por isso, a hipocrisia moral de formações partidárias como o Bloco de Esquerda é algo de desprezível e que devemos denunciar sempre que for necessário (na prática, todos os dias).

Quanto à ONU, se quiser ser credível, tem que ser reformar de uma maneira radical. Até o Canadá o deseja, o que já não é dizer pouco (lamento mas perdi a hiperligação para esta notícia)

Democracias...

A UE tem uma noção curiosa de democracia e soberania dos povos. Ouvi ontem que Romano Prodi avisou a Grã-Bretanha que poderia ser obrigada a sair da UE se por acaso o resultado do referendo fosse negativo.

Não me parece que no caso dos britânicos esta ameaça influencie muito o seu sentido de voto. Se acharem que deverão recusar o Tratado, recusa-lo-ão na mesma. Mas esta tentativa de coerção diz muito do respeito que os eurocratas têm pelo voto popular.

E ainda há italianos que acham que estão mal com o Berlusconi. Este Prodi é uma autêntica desgraça...

Arrogância

O nosso torquemada de pacotilha, também conhecido por Francisco Louçã, tem a mania de ver teorias conspirativas do grande capital em tudo e mais alguma coisa que o governo faça. Ontem, foi com a Carlyle. É óbvio que o BE limita-se a atirar atoardas para o ar, não as prova, mas faz o seu circo mediático pois passa em tudo que é meio de comunicação e quase sempre sob a luz favorável dos "compagnons de route" jornalistas.

Em política, irritam-me sempre aqueles que pensam deter toda a verdade e que pensam ainda ter superioridade moral sobre os seus adversários. E irritam-me porque se trata de verdadeiros ditadores em potência quando chegam a lugares de governo. Começam com as purgas e só param em campos de concentração para opositores.

Tortura no Iraque

Não se pode esperar numa guerra que sejam sempre respeitados todos os direitos humanos, mas a tortura a prisioneiros de guerra é sempre algo de nojento e impróprio de um país civilizado.

O que foi divulgado no programa "60 minutos" da CBS não é algo de novo no que diz respeito aos cenários de guerras (na Bósnia houve muitos relatos deste tipo), mas era a última coisa que os americanos se podiam permitir fazer.

É óbvio que não posso criticar todos os soldados americanos por isso. Os que o fizeram - e também aqueles que o permitiram - é que devem ser responsabilizados e punidos por este caso, mas é a imagem de todos os EUA que fica afectada.

Se as imagens chegadas de Faluja no início do mês com a morte de 4 seguranças privados americanos chocou toda a gente (e também não podemos generalizar que todos os iraquianos são capazes de actos daqueles), estas imagens não podem deixar de chocar também.

Espero que a justiça militar americana julgue este caso com rapidez e severidade. A tarefa de reconstruir o Iraque já é suficientemente difícil, não precisa de casos destes.

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