"a nation of ankle-bitters"
Quem será esta nação? Bem, se não o sabem, é a blogosfera e quem o diz é um tal Steven Levy que tem uma coluna na Newsweek (cheguei a este senhor através do Instapundit).E porquê? Desconfio que este Levy está com inveja e raiva pela blogosfera, actualmente, conseguir verificar em quase tempo real a veracidade e autenticidade das notícias veículadas pelos "big media".
O que gente como esta lamenta é a perda de monopólio dos media tradicionais que apenas publicavam a histórias que, nos elevados critérios de editores e jornalistas, mereceriam essa publicação. Agora, isso já não é possível, pois como se provou neste Verão, os blogs americanos conseguiram ser eles a promover a agenda em alguns assuntos e os media tiveram que os seguir.
Por outro lado, os blogs permitem que qualquer possa publicar a sua opinião sem passar pela censura editorial de um qualquer media, podendo-se fazer a correcção ou a desmontagem de um qualquer artigo sem precisar de um meio convencional.
E isso leva a que as notícias publicadas pelos media estejam sobre o escrutínio muito mais apertado, pois os milhares e milhares de bloggers têm, reunidos, competências e conhecimentos técnicos que permitem a contestação ou refutação de algumas notícias (ver o caso do Rathergate).
O que o artigo de Steven Levy demonstra é o desconforto que os media tradicionais sentem perante a capacidade de escrutínio e verificação que os bloggers demonstram e que põem fim ao monopólio noticioso.
De todo o modo, os meus comentários não significam que eu pense como desejável o fim dos media tradicionais. Isso é totalmente impossível e indesejável. Desejável é que os media tomem em devida conta que actualmente terão que ter padrões muito mais elevados na forma como fazem jornalismo, pois a partir de agora têm pessoas cuja opinião pode chegar as milhares de pessoas em todo o mundo bastando para isso ter um computador e um modem.
Post scriptum. Por estes exemplos do Blasfémias se pode ver como os blogs fazem com que os media tenham que ser muito mais exigentes com o que escrevem.