A esquerda e a linguagem
Ontem, Francisco Louçã, na televisão (já não sei em qual), numa crítica ao governo utilizou pelo menos duas vezes a expressão "este governo de direita e de extrema-direita".
O uso de chavões deste tipo é habitual na esquerda (ou será melhor dizer extrema-esquerda?), pois desta forma ao qualificar-se com tanta "autoridade" o oponente político não se discute verdadeiramente as questões.
Também é verdade que para a esquerda não se pode discutir com o adversário, tem é que se destruí-lo.
E por isso se tornaram mestres na linguagem cheias de subentendidos ("extrema-direita" = inimigo do trabalhadores, por exemplo).
Engraçado é isto vir do líder de uma formação política que é verdadeiramente de extrema-esquerda (embora eles não queiram que isso se torne muito evidente).
Espero voltar com mais tempo a este tema do uso de um certo tipo de discurso na política.