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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Eu também quero uma fundação... (2)

A Dona Pilar del Rio acha que a polémica acerca da instalação da Fundação José Saramago é "rasca, absurda e estúpida". Pelos vistos, a senhora acha que questionar o modo como os dinheiros públicos são utilizados é rasca, absurdo e estúpido. É preciso ter lata.

 

O que está em causa é que a Fundação é uma entidade privada que quer viver (ou receber) à custa de (montantes avultados) de dinheiros públicos. Assim é fácil fazer uma fundação. Não há nada de mesquinhez ou inveja querer saber como é gasto o dinheiro dos contribuintes. Não está em causa a qualidade literária do escritor, tem é que se saber é se o dinheiro públiclo vair ser bem aplicado. E, para mim, neste caso, não!

 

Para que servirá a Casa dos Bicos. Segundo uma notícia no sítio da Fundação diz-se que:

 

"(...) a Casa estará aberta a Lisboa e à Cultura, que será um centro de debates de ideias, encontros literários, apresentações de livros, recitais, projecções de cinema não comercial, exposições e todas aquelas propostas que a sociedade vá procurando. Cinco andares para a cultura e para o debate cívico no centro de Lisboa: esse é o projecto da Fundação José Saramago para a Casa dos Bicos, desta forma restituída ao uso público."

 

E para fazer isto é preciso o dinheiro dos contribuintes? Será que a "cultura e debate cívico" que aí se fará será de todos os quadrantes políticos, ou defenderá apenas a visão política e cultural esquerdista e esquerdizante do Senhor Saramago? É que o dinheiro dos contribuintes é de contribuintes que vão da extrema-direita à extrema-esquerda.

 

Eu acho muito bem que Saramago queira contribuir para a cultura e o debate cívico, mas, de preferência, que o faça com o seu dinheiro.

Cada tiro, cada melro

No seguimento da falsa afirmação de que os glaciadors dos Himalaias derreteriam até 2035, (meu post anterior), agora o Telegraph vem dizer que a redução do gelo nos Alpes, Andes e África devida ao aquecimento global afirmada pelo relatório de 2007 do IPCC foi baseada num artigo de uma revista e numa tese de mestrado que recolheram opiniões de montanhistas e guias de montanha, mas sem dados científicos.

 

Sinceramente não sei se o gelo está em retracção ou não nas mais altas montanhas do mundo, mas o que se pode concluir daqui é que o IPCC está é mais interessado em fazer política.

Ciência de trazer por casa

Nesta coisa do aquecimento global ou das alterações climáticas, como lhe quiserem chamar, sou naturalmente céptico, embora admita rever a minha opinião se me pudrem provar do contrário. Obviamente, haverá quem diga que a ciência já provou para além das dúvidas que o aquecimento global antropogénico é uma realidade. Peço desculpa, mas discordo. E discordo porque o que vejo é relatórios do IPCC cada vez mais politizados e verdades contadas a metade e um Climategate que, embora não invalide muito do que os cientistas afirmam, demonstra uma vontade de ocultar a verdadeiras verdades incovenientes.

 

E, depois, vêm notícias como esta em que o IPCC vai verificar se a aquela previsão sobre os glaciares do Himalaias derreterem até 2035 é fiável ou não. Esta previsão foi baseada numa entrevista telefónica a um cientista indiano que depois foi retomada num relatório do WWF de 2005, que o IPCC, preguiçosamente, incorporou no seu relatório de 2007 sobre os glaciares, sem se preocupar em seguir o rastro da informação original para verificar se ela tinha alguma base científica, coisa que não tinha, pois o cientista indiano que então disse isso, veio depois dizer que era apenas uma especulação. Tudo isto vem descrito nesta notícia do Times.

 

Isto é verdadeiramente ridículo e afecta, e muito, a credibilidade do IPCC. Isto não é ciência. Como é que não se vai procurar uma afirmação tão espectacular e verificar a sua sustentabilidade científica. Por estas e por outras é que me parece que o IPCC não pode ser levado muito a sério.

 

 

Ironias...

Eu ia fazer um post sobre as declarações da Manuela Ferreira Leita, mas o Bruno Alves antecipou-se e só posso dizer que concordo completamente com ele.

 

Podemos falar da felicidade ou infelicidade das declarações, mas as afirmações de Alberto Martins são completamente desajustadas. Alberto Martins não é um iletrado, pelo que a interpretação absolutamente espúria que ele faz das declarações de MFL são pode ser má-fé.

 

Já agora, concordo absolutamente como João Gonçalves sobre o "debate" da SIC-N. Até meteu impressão aquela gentinha. O tempo que eles perdaram à volta de uma coisa que, obviamente, não entenderam.

 

Enfim...

ὕϐρις - Hybris

Se o Tiago Mendes fosse uma personagem de um tragédia grega clássica seria, sem dúvida, culpado de ὕϐρις.

Para alguém que diz querer-se despedir sem dramas, a sua última série de 8-posts-8 é, sem dúvida, caracterizadora do alto conceito, todo self-righteous, que o Tiago tem de si próprio, bem como demonstradora da intolerância para quem pensa diferente.

E tudo começou, apenas porque o André citou um texto de Francisco José Viegas que, independentemente dos seus méritos estilísticos, dizia apenas uma só coisa, que não pode haver assuntos tabus, foi logo acusado de tudo e mais alguma coisa.

Enfim, gente sensível.

Vantagens da religião

O CAA tem-se esmerado nos últimos meses numa encarniçada luta contra a religião, e a Igreja Católica em particular. Ainda ontem colocou mais um artigo que obviamente gerou uma enorme catadupa de comentários. Devo dizer que nas primeiras discussões ainda participei, mas que agora desisti porque, de facto, lá não se aprende nada.

Eu sou católico, em parte por tradição familiar e, na sua maior parte, por escolha própria. E, digo por escolha própria, porque tive a oportunidade de ler muito sobre o assunto, sobre as várias religiões, sobre o ateísmo e agnosticismo, e cheguei a conclusão que continua a fazer sentido a ideia de Deus.

Não pretendo aqui explicar como e porquê cheguei a esta conclusão, apenas quero dizer que o ser crente pode ser uma escolha perfeitamente racional, isto é, usando a faculdade de raciocínio, própria da espécie humana. Pensar que as pessoas são religiosas por serem ignorantes ou por crendice é má-fé.

Todavia, afastei-me um pouco do objectivo desta entrada, que era apenas de dar conhecimento deste pequeno estudo que afirma que as pessoas que crêem (numa qualquer religião) são menos susceptíveis de se suicidarem.

Afinal, parece que ter uma religião sempre tem vantagens...

 

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