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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Das Märchen

Pensei escrever sobre isto, mas o Henrique já o fez e de que maneira. Também já Augusto M. Seabra escreveu dois artigos sobre o assunto (O conto interminável, a ópera dos fogos-fátuos - I e O conto interminável, a ópera dos fogos-fátuos - II).

Ambos o fizeram de modo completamente esclarecedor (muito melhor do que eu poderia fazer), de um modo que as críticas dos jornais não o conseguiram fazer - DN, JN, Público (caderno P2, p. 12) -, que, quando muito, nos informam que, pelo menos, metade dos espectadores no vários espaços saíram no intervalo. Não é que este indicador, por si só, nos diga alguma coisa (acho que houve alguma gente que não sabia ao que ia, não se aperceberam que era uma ópera contemporânea), mas também não é totalmente desprovido de sentido. Nem toda a gente está para ver até ao fim aquilo que lhe desagrada.

Infelizmente, parece que o cepticismo meu artigo anterior era completamente justificado.

P.S. Completamente rídicula aquela afirmação numa peça da RTP em que se dizia (sem rir) que já se afirmava que no mundo da ópera em Portugal haveria um  antes e depois  de Das Märchen. Simplesmente ridículo...

Parturient montes, nascetur ridiculus mus

Hoje, alguma imprensa e também televisão faz muita publicidade à estreia da ópera Das Märchen de Emmanuel Nunes, no São Carlos.

Normalmente quando vejo toda este alarido à volta de qualquer coisa, tenho logo a suspeita que estamos perante de uma tentativa de "épater le bourgeois" e que, se calhar, o mérito intrínseco da obra não iguala o embrulho que lhe querem fazer.

Se calhar estou a ser injusto com o autor, do qual, reconheço, nada conheço (música erudita moderna não é propriamente a minha favorita, embora conheça alguma, tenha cantado alguma e  tenha ido assistir a alguns concertos, mas do Emmanuel Nunes, nada), mas, penso que toda esta espectacularidade que nos querem vender parece mesmo para impressionar papalvos.

Enfim, logo se verá.

O estado da arte (II)

Quando escrevi o meu artigo O estado da arte parti de uma crítica Rigoletto no S. Carlos, o horror que o Henrique Silveira tinha feita da récita inicial do Rigoletto actualmente em cena no Teatro Nacional S. Carlos. Entretanto, o Henrique já escreveu duas sequelas: Rigoletto no S. Carlos - a vergonha continua e Rigoletto no S. Carlos - O canto. O retrato obtido é no mínimo assustador.

Por outro lado, o desastre deste Rigoletto também já foi mencionado pelo João Gonçalves no seu Rigoletto Pátio Bagatela.

Agora é Augusto M. Seabra tem três excelentes artigos no seu blog Letra de Forma: Ah! La maledizione!! - I, Ah! La maledizione!! - II e S. Carlos - I. E ameaça não ficar por aqui.

Parece que o S. Carlos terá batido no fundo. Será que vai continuar a cavar?

O estado da arte...

... musical parece estar, em Portugal, a ir de mal para pior, pelo menos no que diz respeito ao "nosso" (porque pago por todos os contribuintes) Teatro Nacional S. Carlos, pelo menos se acreditarmos no Henrique em mais um dos seus artigos depois de vir de uma representação de ópera. Por mim, não tenho dificuldade em acreditar que é verdade o que ele diz.

É certo que nos últimos tempos não tenho ido a muitos concertos e, quando vou, são aos que se realizam por aqui à volta do Porto. Só para dizer que ainda não houve concerto/representação que o Henrique tivesse comentado em que tenha estado presente. Mas, as suas críticas são tão concretas que é difícil não serem verdadeiras até pela minha própria experiência no campo da música.

Durante muito tempo pertenci a vários coros amadores que cantavam música sacra, com grande predominância para compositores como Haendel, Bach, Haydin, Gounod. Nos anos 80, a acompanhar-nos em alguns dos nossos concertos tivemos a então moribunda Orquestra Sinfónica do Porto, Digo bem, moribunda, pois até o então seu próprio maestro titular, José Atalaya, se queixava de falta de músicos, que tinha que fazer adaptações para executar certas peças, devido a essa falta de músicos, etc.

Mas o que me chocava mais na altura era a atitude dos músicos, que eu diria, de um modo simpático, ser muito pouco profissional. Por um lado, com ou sem razão, o desdém que eles tinham pelo maestro titular. Fartavam-se de nos dizerem que o Atalaya não percebia nada daquilo, etc. etc. Por outro lado, nos ensaios, dizer que davam o litro era utopia. Eu sei que nós éramos amadores (isto é, o coro, não os solistas que eram profissionais e pagos a preço de mercado), mas tocar era a profissão deles. No entanto, às vezes parecia que tanto se lhes dava, como se lhes deu.

O que mes espanta é que passados vinte e poucos anos, ao ler as críticas do Henrique parece que estou a ver um quadro  passado. Solistas, embora profissionais, que deixam algo a desejar (ao menos os nossos eram nacionais e se alguns dos que cantaram connosco eram bons, outros tinha a sua categoria, no mínimo, sobrestimada), direcções algo erráticas (o José Atalya era, por vezes, para o coro, um pesadelo, pois raramente nos dava entradas, o que num coro amador era um pouco problemático, mesmo havendo muitos de nós a saber ler música), desequilíbrio entre os sons dos vários naipes da OSP (entre outras coisas).

É triste que estas coisas se passem no TNSC que, até por ser público, tinha obrigação de evoluir. Coisas que poderiam ser admissíveis há vinte e cinco anos, não o podem ser actualmente. Quando vou a um concerto (não é muito normal ir a uma ópera, é um género que não gosto muito), espero ter o prazer de ouvir um bom concerto. Não me considero sequer um melómano, mas já ouvi música suficiente nos últimos 30 anos, já cantei em mais concertos dos que me consigo lembrar (e, apesar de amador e não ganhar nada com isso, sempre fui crítico de mim mesmo), pelo que acho que devo esperar um mínimo de competência e respeito pelo público.

Infelizmente isso parece não estar a acontecer no São Carlos.

C'est en septembre

Les oliviers baissent les bras
Les raisins rougissent du nez
Et le sable est devenu froid
Oh blanc soleil
Maitres baigneurs et saisonniers
Retournent à leurs vrais métiers
Et les santons seront sculptés
Avant Noël

C'est en septembre
Quand les voiliers sont dévoilés
Et que la plage, tremblent sous l'ombre
D'un automne débronzé
C'est en septembre
Que l'on peut vivre pour de vrai

En été mon pays à moi
En été c'est n'importe quoi
Les caravanes le camping-gaz
Au grand soleil
La grande foire aux illusions
Les slips trop courts, les shorts trop longs
Les hollandaises et leurs melons
De cavaillon

C'est en septembre
Quand l'été remet ses souliers
Et que la plage est comme un ventre
Que personne n'a touché
C'est en septembre
Que mon pays peut respirer

Pays de mes jeunes années
Là où mon père est enterré
Mon école était chauffée
Au grand soleil
Au mois de mai, moi je m'en vais
Et je te laisse aux étrangers
Pour aller faire l'étranger moi-même
Sous d'autres ciels

Mais en septembre
Quand je reviens où je suis né
Et que ma plage me reconnaît
Ouvre des bras de fiancée
C'est en septembre
Que je me fais la bonne année

C'est en septembre
Que je m'endors sous l'olivier

Gilbert Bécaud

Joy Division

Fez, em 18 de Maio, 24 anos que Ian Curtis, vocalista do Joy Division, se suicidou por enforcamento na casa de seus pais. Para mim, os Joy Division continuam a ser uma banda de referência que nunca foi substituída na cena musical dos anos 80. Os New Order foram já uma coisa diferente.

Uma das músicas de que mais gosto é sem dúvida "Love will tear us apart" de que tenho uma edição em vinil (bem, em vinil tenho também o álbum "Closer" que é absolutamente extraordinário).


LOVE WILL TEAR US APART

When routine bites hard, and ambitions are low
And resentment rides high, but emotions won't grow
And we're changing our ways, taking different roads
Then love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again

Why is the bedroom so cold, turned away on your side
Is my timing that flawed, our respect runs so dry
Yet there's still this appeal that we've kept through our lives
But love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again

Do you cry out in your sleep. all my failings exposed
Get a taste in my mouth as desperation takes hold
It is something so good, just can't function no more
Whem love, love will tear us apart again
Love, love will tear us apart again

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