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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Mundial de râguebi

Eu sei que a selecção portuguesa já veio embora do campeonato, mas não é por isso que se deve deixar de seguir os jogos. Para já sabe-se que a final vai ser África do Sul contra a Inglaterra. Na fase de grupos a África do Sul ganhou 36-0 aos ingleses, mas ficaria muito admirado que o resultado se repetisse agora.

Quanto aos jogos das meias-finais, a Inglaterra-França foi um jogo pouco espectacular. Não gostei muito. Quanto ao Argentina-África do Sul, foi um jogo muito aberto, com os argentinos a jogarem ao ataque, mas a perderem a bola em situações de ataque que permitiram contra-ataques sul-africanos que deram em ensaios. De qualquer modo, foi um jogo muito mais agradável de ver, com os argentinos a pagarem pelos erros cometidos (pelo menos dois dos ensaios sul-africanos foram consequência directa de erros no ataque argentino).

Os jogos para o 3.º e 4.º lugar e para o 1.º e 2.º vão pôr frente a frente equipas que se defrontaram na primeira fase, nessa altura com vantagem para as equipas do hemisfério sul. Vamos ver se a história se repete...

Trivialidades

Estava eu a ver a RTP-N, meio distraído, quando falam de um rali com automóvei sde competição antigos. Olho para o ecrã e a locutora está a falar de carros como significativos no mundo dos ralis no passado como um Porsche Carrera (e vê-se a imagem de um Porsche Carrera) ou um Lancia Stratos (e vê-se um Datsun 240 Z). Não sei se as imagens eram para ilustrar o texto, mas o facto é que, para além do facto de terem cilindradas aproximadas (2,4 L) ou número de cilindros iguais (6 - embora um em V e o outro em linha), em poucas coisas mais eles são parecidos. Mas, enfim, sempre deu para vir à memória os anos 70, quando eu ia para a estrada vê-los passar (Stratos, Porsches, Escorts, etc.).

O hemisfério norte contra-ataca

O Mundial de râguebi sofreu hoje um desenlace verdadeiramente fantástico com a vitória da Inglaterra sobre a Austrália (12-10) e da França sobre a Nova Zelândia (20-18). Pela primeira vez na história, os All Blacks não estarão presentes nas meias-finais.

No entanto, o hemisfério sul ainda tem hipóteses. A África do Sul joga com as Ilhas Fidji e os argentinos jogam com os escoceses. Os sul-africanos não deverão ter problemas. No outro encontro, os argentinos são favoritos, mas, agora, se calhar é arriscado fazer apostas.

Champions

Os resultados de hoje não saíram da normalidade no que diz respeito ao Porto e ao Benfica.

Quanto ao Porto, fica sabor a pouco. O Porto devia ter vencido o jogo. É claro que o Liverpool fez o que devia e, a partir do momento em que ficou com dez, tratou de jogar como melhor lhe convinha e um ponto é sempre um ponto. O Porto, embora dominador, não conseguiu criar um grande número de jogadas perigosas. Enfim, o dragão teve pouco poder de fogo...

O Benfica teve um resultado mais do que lisonjeiro. O Milan ganhou bem e poderia ter feito mais golos. Houve alturas em que o Milan deu autêntico banho de bola ao Benfica. Mas o Benfica conseguir limitar o estragos e acabou por fazer um golinho. No final, não ficou muito mal na fotografia.

Esperemos agora o que vai fazer o Sporting.

Choraminguices...

Por muito respeito que tenha ao Sporting Club de Portugal, já irrita a constante choraminguice dos seus dirigentes e treinadores sobre a arbitragem. Ainda com o livre indirecto do Dragão entalado na garganta, não há semana em que estes senhores não falem dos árbitros e não tentem pressionar os mesmos.


Agora vão expor à Liga dúvidas sobre a arbitragem (de notar que a TSF escreve “expôr”), tendo ainda como pano de fundo os lances polémicos no jogo com o Estrela.


Independentemente dos erros (reais) cometidos pelo árbitro neste jogo, o que me irrita nesta constante choraminguice e vitimização do Sporting, mais as suas queixinhas contra os árbitros, é que os seus dirigentes são muito lestos a protestar quando o seu clube é prejudicado, mas ficam calados que nem ratos quando até ganham títulos à pala de erros de árbitros. Então não é que o resultado da Supertaça poderia ter sido diferente se o árbitro tivesse marcado o pénalti cometido pelo Tonel? Ao contrário do Sporting, o Jesualdo mencionou o facto, após o jogo, e passou para outra.


Portanto, já estamos avisados, vamos ter choraminguice até ao final. E mesmo que sejam campeões vão continuar a resmungar.


Antes o Calimero...

Râguebi

O campeonato de mundo de râguebi tem andado a fazer furor na blogosfera devido à presença da selecção portuguesa. É claro que os nossos rapazes pouco podem fazer neste campeonato, talvez tentar ganhar à Roménia e pouco mais (isto é, perder com poucos com a Itália), para além do que já fizeram até agora, que não foi mau.

Não vou entrar aqui em comparações com as selecções nacionais de futebol ou de basquetebol ou dos respectivos méritos ou deméritos. Apenas digo que ter estado no Campeonato não foi mau, até porque pode não se vir a repetir tão cedo.

Mas até foi bom tanta publicidade à volta de um desporto que considero absolutamente espectacular quando jogado a alto nível. Cresci nos anos setenta a ver os jogos dos torneios das Cinco Nações aos sábados à tarde na RTP, num tempo em que o País de Gales era o habitual dominador com jogadores fantásticos como JPR Williams, JJ Williams ou Gareth Edwards.

Jogado ao nível das equipas do Torneio das Seis Nações ou da Tri-Nations Series, é um desporto de altíssimo nível. Mas estas nações são apenas 9 entre as 20 do Campeonato do Mundo. A estas 9, junta-se ainda a Argentina.

Isto quer dizer que há 10 equipas excelentes que, normalmente, estão bastante acima das outras dez e, mesmo entre dez, há algumas diferenças (por vezes surpreendentes, como a vitória da África do Sul sobre a Inglaterra por 36-0 ontem).

Por isso, resultados desnivelados serão sempre de esperar e há muita gente que pensa que isso é mau para o râguebi. Não tenho tanta certeza disto, pelo que se pode ver no estádio Gerland hoje, com recorde de assistência para um jogo que já se sabia, sem qualquer dúvida, como iria acabar. A atitude dos jogadores portugueses fez com que o jogo vale-se a pena ser visto.

Para quem possa, aconselho vivamente que se veja este campeonato do mundo. Mesmo nos jogos á partida menos interessante poder-se-á ver jogadas bastantes espectaculares. Veja o caso da dificuldade da Irlanda para bater a Geórgia (14-10) hoje.

Por vezes compensa...

Já passam das 3 das manhã e ainda estou a televisão. Neste caso, atletismo (que juntamente com o futebol e o automobilismo foram o trio de desportos que mais gosto).

Apesar de agora se estar apenas em eliminatórias (depois da maratona masculina corrida em quase 2h 16 para o vencedor), já valeu a pena ver a 2.ª eliminatóira dos 3000 M obstáculos femininos. A Sara Moreira não se deu por vencida e chegou à final. A rapariga tem garra, espero é que nunca seja atacada pelo complexo Fenando Mamede.

Na Maratona, o nosso melhor classificado foi o Chaíça em 22.º. Estou com saudades de ver um meio-fundo e fundo português mais poderoso, mas parece-me que não é por aí que vamos conseguir alguma coisa.

Grand Prix du Centennaire

Há cem anos atrás, mais precisamente em 26 e 27 de Junho de 1906, disputou-se a primeira corrida de automóveis a que se deu o nome de "Grand Prix": foi o Grand Prix de l'Automobile Club de France, antepassado directo da Fórmula 1 actual. Por isso, o Grande Prémio de França que se disputa este ano, neste fim-de-semana, também é o Grand Prix du Centennaire.

A história da criação deste grande prémio automobilístico é uma história que nasce do descontentamento francês em relação à prova mais famosa da época. Se o Grand Prix de l'ACF pode ser considerado o antepassado directos dos grandes prémios actuais, é certo que já havia diversas corridas para os tipos de carros que disputaram o primeiro grande prémio da história. Por exemplo, a prova mais famosa da época era a Coupe Gordon Bennet.

Esta competição foi criada por James Gordon-Bennet, filho do proprietário do New York Herald, que vivia em França, seu país de adopção, que decidiu, no final de 1899, criar uma competição internacional, com o seu nome, disputada por todas as nações, cada uma representada por três nações cujas viaturas tinham que ser fabricadas inteiramente nesse país (acessórios e tudo). A organização foi dada ao ACF e as seguintes seriam dadas ao país que vencesse a competição. Em França, na altura o país com a indústria automóvel mais desenvolvida do mundo, o caso deu logo escândalo, pois se a maioria dos países do mundo tinham dificuldades para apresentar três carros na prova, a França tinha várias marcas que o podiam fazer. O ACF escolheu a Panhard-Levassor, deixando de fora, por exemplo a Mors (bastante forte nesse ano).

Embora os franceses tivessem dominado praticamente todas as edições desta competição, excepto 1902 e 1903, ganhas, respectivamente pelo Napier de Edge (Grã-Bretanha) e o Mercedes de Jenatzy (Alemanha), o descontentamento entre as marcas francesas aumentavam cada vez mais. Em 1904 e 1905, o ACF teve que escolher os seus três representantes através de eliminatórias em provas com mais de 500 km, pois várias marcas tinham carros preparados para disputarem a prova.

Os franceses pensavam que a regra de 3 viaturas por nação era injusta para a sua indústria automóvel (a mais pujante de então). Por isso, desde o final de 1904, o ACF idealizou o projecto da realização de um Grand Prix de l'ACF, em que os franceses teriam direito a 18 automóveis, a Inglaterra e a Alemanha 6, os Estados Unidos, Áustria, Itália, Bélgica e Suíça 3. Adiada a sua realização em 1905, ele acabou por ser realizar em 1906.

Em 1906, é desenhado um circuito com um perímetro de 103,180 km (!) em Le Mans (nada a ver com o circuito actual das 24 horas), que seria percorrido 12 vezes em dois dias, totalizando uma distância de 1238,160 km (!!).

Após 6 voltas no primeiro dia os carros iam para um parque fechado, onde nenhuma intervenção era autorizada, partindo no dia seguinte separados pelas distâncias com que tinham acabado o dia anterior.

As regras para os automóveis eram simples: peso máximo de 1000 kg (7 kg de tolerância para os equipados com magneto). Os carros em presença tinham cilindradas que iam dos modestos 7433 cm3 do Grégoire até aos 18279 cm3 do Panhard-Levassor, com motores de 4 cilindros.

O vencedor foi Ferenc Szisz um emigrante húngaro, que primeiro foi mecânico depois pilot principal da Renault, ao voltante do seu Renault de 12986 cm3 que percorreu a distância total em 12h 14m 07s à média de 101,195 km/h, bem à frente do segundo classificado, o italiano Felice Nazzaro (Fiat 16286 cm3), que gastou 12h 46m 26,2s.

Um novo passo em frente foi dado no automobilismo foi dado com a realização deste grande prémio, embora, provavelmente, na época, pouca gente se tivesse apercebido disso (por exemplo, os ingleses boicotaram a prova, mas ninguém notou a sua falta).

Estes eurocratas estão loucos

O que é que leva o eurocratas europeus a dizerem que a União Europeia ganhou os Jogos Olímpicos porque tiveram mais medalhas do que a China e os EUA. Só a insanidade total poderia levar a dizer isso.

Primeiro a Europa não é um país, são 25 países, o que permite levar muitos atletas por prova. Por exemplo, no atletismo só se pode levar no máximo três atletas por prova. Se não fosse esse o caso, por exemplo, nos 100 metros, os EUA têm mais de uma ou duas dezenas de atletas capazes de fazerem os mínimos, mas só podem levar três. Por outro lado, nos 5000 ou 10000 metros, os etíopes e quenianos têm dezenas de atletas capazes de fazerem os mínimos. Também eles só podem levar três por prova. Se a UE fosse como um país, teria muito menos atletas em prova e nunca poderia ter ganho tantas medalhas. Por exemplo, no halterofilismo, os chineses não puderem levar todos os atletas que queriam, pois haveria categorias em que eles teriam ganho todas as medalhas.

Este tipo de declarações só traz o ridículo a quem as faz. Mas do Prodi tudo se espera... coitados dos italianos se ele ganhar as próximas eleições italianas. Os italianos passariam a ter saudades de Berlusconi.

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