Novamente a praxe
Lentamente a justiça vai abordando o problema dos excessos da praxe. Depois dos casos de Macedo de Cavaleiros e de Santarém, chegou a vez de um caso muito mais grave, o caso passado na tuna da Universidade Lusíada de Famalicão em 2001. Com o processo-crime arquivado, a família moveu um processo cível que teve agora uma decisão, com a Universidade Lusíada a ser considerada como responsável.
É bom que as universidades não se demitam das suas responsabilidades, pois a grande parte nada faz para controlar os excessos da praxe. Este caso é demasiado lamentável para se falar muito sobre ele e deveria envergonhar toda academia.
Já por diversas manifestei neste blog a minha oposição às praxes. A conversa da integração não me convence e ler testemunho como este no Correio da Manhã não são muito encorajadores:
"COMEMOS NO CHÃO MAS É DIVERTIDO",
Ricardo Caeiro, 17 anos, Universidade de Évora
As praxes facilitam a integração. Os veteranos metem-nos ovos na cabeça, pintam-nos a cara e as mãos, mas o melhor são os jantares. Comemos no chão, com uma colher, mas é divertido e não pagamos. Ninguém se sente humilhado.
Enfim, cada um diverte-se como quer. Mas actividades como esta não me parecem muito inteligentes. Para se sentirem integrados têm que ser humilhados (mesmo que sintam que não), insultados e outras coisas que tal. Parece-me que os "doutores" têm é problemas de auto-estima.
Por outro lado, nunca percebi onde está o divertimento de andar em rebanho, como meia dúzia de pastores vestidos de negro a dar ordens. Tudo isto é arcaico, básico...
Odi profanum uulgus et arceo