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Super Flumina

Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

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Liberae sunt enim nostrae cogitationes - Cícero (Mil. 29 - 79) . Um blog de Rui Oliveira superflumina@sapo.pt

Idiotas (in)úteis

Leio no El País que Oliver Stone acha que Chavez é um incompreendido. Coitadinho dele... Se calhar, Chavez é um incompreendido por parte daqueles que não gostam de protoditadores incultos, que espezinham os direitos dos que pensam diferente deles, levam um país rico em petróleo à pobreza, que se querem eternizar do governo, etc. Depois digam que ele é incompreendido.

 

Quanto ao Oliver Stone é mais um daqueles idiotas úteis que vivem num estado ocidental, estado esse onde desfruta de uma excelente vida que só esse mesmo tipo de estados pode proporcionar, para depois propor aos pobres dos latino-americanos tipos de regimes que apenas os condenará à eterna pobreza e exploração na mão de caudillos mais ou menos despóticos.

 

Enfim, apenas um "intelectual" (com todo o que a palavra nesta acepção tem de pejorativo", mais um daquele tipo que ficaram apanhados pelos cantos de sereia do comunismo (fosse ele do tipo soviético, chinês ou qualquer outra coisa).

Preocupações...

O senhor Albino Almeida, eterno presidente da CONFAP, diz que a visita papal e correspondente tolerância de ponto é um grande transtorno para os pais. A outra confederação, CNIPE, também se mostra desagradada, pois diz que este facto vai obrigar muitos pais a faltar ao trabalho.

 

Estou comovido com tanta sensibilidade para com os pais e as suas dificuldades. É claro que quando os funcionários públicos fazem greves os pais também sofrem. Quando os trabalhadores dos transportes colectivos fazem greve, os pais voltam a sofrer. Se os professores fazem greves, os pais voltam a sofrer. Há provas de aferição, ficas com as filhas em casa durante a manhã (foi o que me aconteceu hoje).

 

Tantas e tantas situações em que os pais têm que arranjar soluções para os filhos, mas foi no caso da visita do Papa que estes senhores  decidiram fazer coro. De qualquer modo, nunca pensei em me queixar contra estas situações por não ter onde pôr os filhos. As escolas não são depósitos de meninos e, por mim, até prefiro que as minhas filhas estejam na escola apenas quando têm aulas.

 

A visita do Papa mexe com a cabecinha de muita gente; levantama questão da laicidade do estado, dos custos da visita (mas apoiam o TGV) e não sei o que mais. Enfim...

Mitos de esquerda

Vi hoje na SIC-Notícias, num daqueles magazines culturais que por lá existem, uma notícia sobre uma peça teatral intitulada em português "Foder e ir às compras" (em inglês "Shopping and Fucking") de um tal Mark Ravenhill que, segundo Gonçalo Amorim, o encenador, "faz um diagnóstico assertivo sobre a sociedade de consumo" (pág. 5 do programa on-line). Este mesmo Gonçalo Amorim diz, na entrevista passada na SIC-N, ao apresentar a peça que "este texto foi escrito pelo Ravenhill em 96 logo a seguir aos anos negros de Thatcher".

 

Ok, já percebemos, os últimos anos da governação trabalhista na Grã-Bretanha nos anos 70 é que foram bons. A indústria era pujante, a economia florescia, os amanhãs cantavam...

 

É engraçado como a mitologia de esquerda vê os anos Thatcher como uma época tenebrosa. Alguma dessa esquerda é completamente incapaz de encontrar algo de mal na URSS ou qualquer outro sistema de socialismo real.

 

Por outro lado, nos textos que fazem parte do programa on-line, há também um bastante interessante de Ana Bigotte Vieira (pág. 13), que indica o quadro ideológico em que esta gente se move, em que ela escreve:

 

Em Shopping and Fucking, como na maioria dos textos da Blank Generation, os protagonistas são rapazes e raparigas novos que cresceram mergulhados na cultura consumista da era Tatcher/Reagan (ao contrário dos seus pais que viveram as esperanças dos anos 60 e 70) e que agora se aborrecem numa sociedade anestesiante e competitiva, onde vigora a lei do mercado e o dinheiro se tornou o valor dominante.

 

Uma vez mais, o blá blá esquerdista, Reagan/Thatcher = mau, idealismos utópicos e irrealizáveis (e que, frequentemente, levaram a sociedades totalitárias e opressivas) = bom.

 

Enfim, tudo bons motivos para não pôr lá os pés.

 

Futebóis

Não fico contente por ganharmos ao Benfica e não ganharmos o campeonato. Penso que esse tipo de contentamento é próprio das equipas pequenas que consideram o seu campeonato feito quando ganham aos rivais que mais detestam. Por isso não estou propriamente contente, pois penso que o Porto hoje só fez o que tinha que fazer: ganhar o jogo, independentemente do adversário.

 

Quanto ao resto, é lógico que preferia, dada a situação em que o Porto já não pode ser campeão, nem ir à Liga dos Campeões, que gostaria muito que o Braga fosse campeão. Mas, isso dificilmente acontecerá. Todavia, ainda é capaz de have uma pequeníssima hipótese... Veremos.

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