Bom ano de 2010
Não se pode, neste momento, esperar muito de 2010 em Portugal. A situação económica e social está longe de ser famosa e, valha a verdade, não é com este governo que Portugal vai lá. Sócrates tudo fará para se manter no poder, inclusive provocar eleições antecipadas se isso lhe for favorável. Por isso, quaisquer medidas para reformar o país estão adiadas para as calendas gregas.
Pelo lado da oposição, espero que o PSD tenha um presidente credível e que os barões, baronetes e simples caciques locais deixem de torpeadar o novo líder como até agora tem sido feito.
Hoje, o facto político foi a mensagem do presidente. Como de costume, haverá interpretações para todos os gostos, mas não se pode deixar de senti-la como um aviso às hostes. Mas não quero deixar de salientar esta passagem:
Se o desequilíbrio das nossas contas externas continuar ao ritmo dos últimos anos, o nosso futuro, o futuro dos nossos filhos, ficará seriamente hipotecado.
Quando gastamos mais do que produzimos, há sempre um momento em que alguém tem de pagar a factura.
Com este aumento da dívida externa e do desemprego, a que se junta o desequilíbrio das contas públicas, podemos caminhar para uma situação explosiva.
Portugal tem de juntar todas as suas forças para inverter esta situação.
Não podemos continuar a ser ultrapassados, em termos de nível de desenvolvimento, por outros países da União Europeia.
Apesar de tudo, não quero deixar de desejar um bom ano de 2010 a todos os que me lêem e esperar que as previsões mais negativas não aconteçam.